Desempenho e parasitismo de borregas Corriedale submetidas a sistemas de alimentação com amendoim forrageiro (Arachis pintoi)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7815Palavras-chave:
Leguminosa forrageira; Leguminosa tropical; Pastejo restringido; Taninos condensados; Verminose.Resumo
Objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes sistemas de alimentação com amendoim forrageiro (Arachis pintoi) sobre o desempenho e parasitismo de borregas Corriedale. Foram avaliados três sistemas de alimentação em pastejo contínuo com ajuste de carga: 1- animais mantidos exclusivamente em campo nativo; 2- animais mantidos em campo nativo e duas horas diárias de acesso a pastagem de amendoim forrageiro; 3- animais mantidos exclusivamente em pastagem de amendoim forrageiro. Os animais foram distribuídos em delineamento completamente casualizado com dez repetições. Foram mensurados: peso médio, índice de massa corporal, escore de condição corporal, nível de anemia pelo método Famacha©, nível de hematócrito e contagem de ovos por grama de fezes. Os sistemas de alimentação, graus de infestação parasitária e sua interação foram comparados, em dois anos experimentais, através de análise de variância, teste de Fisher e teste não paramétrico de Kruskall-Wallis. A infestação parasitária foi menor no primeiro ano, 2018, independentemente do sistema de alimentação. Os sistemas de alimentação com uso de amendoim forrageiro apresentaram desempenho animal superior e menor infestação parasitária das borregas. O uso de amendoim forrageiro sob pastejo pode ser uma ferramenta no controle estratégico da verminose em borregas, desde que integrado a outros métodos de controle parasitário. Devido as condições climáticas a infestação parasitária foi diferente nos dois anos experimentais, independentemente dos sistemas de alimentação, o que pode ser uma limitação do estudo.
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