Empatia e reconhecimento de expressões faciais de emoções básicas e complexas, em estudantes de Medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7835Palavras-chave:
Empatia; Expressão facial; Emoções; Estudantes.Resumo
Objetivo: Avaliar a empatia e o processo humanístico na relação paciente-estudantes de medicina, sendo estes, acadêmicos do primeiro ao quarto ano do curso de Medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Métodos: O estudo, realizado de modo quantitativo, observacional e transversal, analisou 84 acadêmicos voluntários de medicina, do 1º ao 4º ano, por meio de questionários aplicados (Escala Jefferson, dados sociodemográficos e Read mind in the eyes). Os dados foram tabulados via Excel 2010 e analisados por meio do teste t-student com 95% de confiabilidade para as três escalas. Resultados: 84 acadêmicos aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, preenchendo adequadamente ao TCLE e aos questionários. Dessa amostra, 21,43% pertenciam ao primeiro, 30,95%, ao segundo, 9,52% ao terceiro e 38,1% ao quarto anos. Em relação à Escala Jefferson de Empatia, a média foi de 84,59 pontos para o grupo do 1º ao 2º ano, e de 84,85 pontos para o grupo do 3º ao 4º ano; a média feminina (N = 43) foi de 83,91 pontos e a masculina (N = 41), de 85,56 pontos. No instrumento Read The Mind In The Eyes, a média feminina foi de 26,44 e a masculina, de 25,80. Em relação ao ano de faculdade, a média foi de 26,21 para o 1º e 2º anos, e de 26,05 para o 3º e 4º anos. Conclusão: Foi observado que o grau de empatia entre os acadêmicos do 1º ao 4º ano, bem como entre o sexo feminino e masculino, não foi estatisticamente significante.
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