Impacto da violência urbana aos trabalhadores nas Estratégias de Saúde da Família em áreas de risco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7892Palavras-chave:
Violência; Atenção primária à saúde; Assistência à saúde; Política pública; SegurançaResumo
Objetivou-se refletir sobre o impacto da violência urbana na vivência dos profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família no desenvolvimento da assistência em áreas de risco. Trata-se de estudo de reflexão crítica, com abordagem qualitativa, descritiva, ancorada na experiência vivenciada durante a coleta de dados de uma pesquisa transversal realizada nas unidades de Estratégia de Saúde da Família, no município do Rio de Janeiro, com 88 profissionais de saúde. Os resultados apontam nestes ambientes, os profissionais de saúde que atuam em áreas de risco, e sentem-se receosos e tentam reagir positivamente diante das adversidades no desenvolvimento da assistência à saúde. No entanto, o atendimento ao usuário fica prejudicado devido aos altos índices de violência urbana, situações estas que englobam questões de ordem psicológicas, físicas e social. Concluiu-se a partir das reflexões realizadas, que são necessárias medidas preventivas de ordem primária, secundária e terciária, com investimentos a curto, médio e longo prazo, além do empenho governamental, social, política pública e de saúde pública, no sentido de minimizar o problema da violência urbana visando uma assistência com qualidade e segurança aos usuários da Estratégia de Saúde da Família. Este estudo busca contribuir para a enfermagem, equipe multiprofissional, Saúde Coletiva e para a sociedade como um todo.
Referências
Brasil. (1988, 05 outubro). Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil:
texto promulgado em 05 de outubro de 1988. Brasília. Disponível em: http://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/CON1988.pdf.
Brasil. (2011). Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Brasília. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html.
Campos, W. L. M. (2004, 09 julho). Os números da violência urbana no Brasil no século XXI. DireitoNet. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1663/Os-numeros-da-violencia-urbana-no-Brasil-no-seculo-XXI.
Carmo, M. E., & Guizardi, F. L. (2018). O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social. Cadernos de Saúde Pública, 34(3), e00101417. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00101417.
Durkheim, E. (1999). Emile Durkheim: sociologia (9ª ed.). São Paulo: Ática.
Durkheim, E. (2005). As regras do método sociológico. São Paulo: Martin Claret.
Guillemin, M., & Gillam, L. (2004). Ethics, reflexivity and "ethically important moments" in research. Qualitative Inquiry, 10(2), 261-280. doi: https://doi.org/10.1177/1077800403262360.
Institute for Economics & Peace. (2018). Global Peace Index 2018: measuring peace in a complex world. Sydney: Institute for Economics & Peace. Disponível em: http://visionofhumanity.org/app/uploads/2018/06/Global-Peace-Index-2018-2.pdf.
Leite, I. C. M., & Lima, R. R. T. (2020). Educação permanente em saúde: uma possibilidade para aperfeiçoar o trabalho em uma Escola Técnica do Sistema Único de Saúde?. Research, Society and Development, 9(3), e11932291. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2291.
Machado, C. B., Daher, D. V., Teixeira, E. R., & Acioli, S. (2016). Violência urbana e repercussão nas práticas de cuidado no território da saúde da família. Revista Enfermagem UERJ, 24(5), e25458. doi: https://doi.org/10.12957/reuerj.2016.25458.
Minayo, M. C. S., & Souza, E. R. (1997). Violência e saúde como um campo interdisciplinar e de ação coletiva. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 4(3), 513-531. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-59701997000300006.
Monte, J. (2007, 10 outubro) A violência urbana e suas formas de prevenção. DireitoNet. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3762/A-violencia-urbana-e-suas-formas-de-prevencao.
Organização das Nações Unidas Brasil – ONUBR. (2017, 17 maio). Brasil tem nona maior taxa de homicídio das Américas, diz OMS. Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-tem-nona-maior-taxa-de-homicidio-das-americas-diz-oms/.
Sampaio, R. A. (2012). Da noção de violência urbana à compreensão da violência do processo de urbanização: apontamentos para uma inversão analítica a partir da geografia urbana [dissertação de mestrado]. Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-29082012-103945/publico/2011_RenataAlvesSampaio.pdf.
Santos, M. S., Silva, J. G., & Branco, J. G. O. (2017). O enfrentamento à violência no âmbito da estratégia saúde da família: desafios para a atenção básica. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 30(2), 229-238. doi: https://doi.org/10.5020/18061230.2017.p229.
Zenaide, M. N. T. (2000, agosto). Fundamentos teóricos sobre a violência. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/nazarezenaide/nazare_violencia.html.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Cassia Gonçalves Santos da Silveira; Barbara Pompeu Christovam; Joselia Braz dos Santos Ferreira; Selma Petra Chaves Sá; Ana Maria Fernandes Pitta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.