Desempenho de semeadora-adubadora pneumática e mecânica em diferentes velocidades na soja

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.7947

Palavras-chave:

Glycine max; Semeadura; Plantabilidade; Uniformidade; Emergência.

Resumo

A semeadura é uma operação que interfere no desenvolvimento das plantas de soja e consequentemente produtividade da cultura, que tanto mecanismos de distribuição de sementes quanto velocidade de semeadura podem prejudicar o sucesso da cultura. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a interferência da distribuição mecânica e pneumática de sementes em diferentes velocidades tanto no desenvolvimento quanto na produtividade da soja em Latossolo. O trabalho foi desenvolvido utilizando delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 2 x 3, sendo dois sistemas de distribuição de sementes e três velocidades de semeadura, com quatro repetições, totalizando 24 unidades experimentais. No primeiro fator se utilizou os sistemas dosadores de distribuição de sementes (semeadora mecânica e pneumática, com vácuo negativo). No segundo, foram diferentes velocidades de operação (4, 8 e 12 km h-1). Durante o ciclo da cultura foram avaliados distribuição longitudinal das plantas, altura e diâmetro de coleto e após a colheita, massa de mil grãos e produtividade. Foi obtido maior número de plantas, maior massa de mil grãos e maior altura de plantas no mecanismo pneumático de distribuição de sementes de soja na região Centro-Oeste, Prudentópolis-PR. As velocidades de 4 e 8 km h-1 apresentam-se mais adequadas para a semeadura de soja tanto para semeadora mecânica quanto pneumática. O mecanismo de semeadura, mecânica ou pneumática, não afeta a produtividade de grãos de soja, quando as condições edafoclimáticas são adequadas para o desenvolvimento da cultura. Ao considerar as condições da região de Prudentópolis-PR, com chuvas bem distribuídas ao logo do período de condução da cultura da soja, indica-se ambos sistemas de distribuição de sementes, sendo adequado utilizar velocidade de semeadura entre 4 e 8 km h-1.

Referências

Alonço, A. S., Silveira, H. A. T., Bellé, M. P., Carpes, D. P., & Machado, O. D. C. (2014). Influência da inclinação transversal e velocidade de operação sobre o desempenho de dosadores pneumáticos com semente de soja. Engenharia na Agricultura, 22(2) 119-127.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2009). Regras para análise de sementes. Brasília. Recuperado de: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/laborat%c3%b3rio/sementes/regras%20para%20analise%20de%20sementes.pdf

Copetti, E. (2004). Prevenir custa menos. Cultivar Máquinas.

Cortez, J. W., Furlani, C. E. A., Silva, R. P., & Lopes, A. (2006). Distribuição longitudinal de sementes de soja e características físicas do solo no plantio direto. Engenharia Agrícola, 26(2) 502-510.

Dias, V. O., Alonço, A. S., Baumhardt, U. B., & Bonotto, G. J. (2009). Distribuição de sementes de milho e soja em função da velocidade e densidade de semeadura. Ciência Rural, 39(6) 1721-1728.

Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2013). Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília.

Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2011). Tecnologias de produção de soja – região central do Brasil 2012 e 2013. Londrina.

Ferreira, D. F. (2011). Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35(6) 1039-1042.

Jasper, R., Jasper, M., Assumpção, P.S.M., Rocil, J., & Garcia, L.C. (2011). Velocidade de semeadura da soja. Engenharia Agrícola, 31(1) 102-110.

Mahl, D., Gamero, C. A., Benez, S. H., Furlani, C. E. A., & Silva, A. R. B. (2004). Demanda energética e eficiência da distribuição de sementes de milho sob variação de velocidade e condição de solo. Engenharia Agrícola, 24(1) 150-157.

Mantovani, E. C., Bertaux, S. & Rocha, F. E. C. Avaliação da eficiência operacional de diferentes semeadoras-adubadoras de milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 27(12) 1579-1586.

Mapa – Ministério da Agricultura e Abastecimento. (2016). Recuperado de: http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/soja.

Mattar, D. M. P. (2010). Influência do deslizamento da roda motora de uma semeadora/adubadora de plantio direto no espaçamento longitudinal de sementes de milho. 67 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Melo, R. P., Albiero, D., Monteiro, L. A., Souza, F. H., & Silva, J. G. (2013). Qualidade na distribuição de sementes de milho em semeadoras em um solo cearense. Revista Ciência Agronômica, 44(1) 94-101.

Pinheiro N. R., Lucca E. B., A.; Scapim, C. A., Bortolotto, V. C., & Pinheiro, A. C. (2008). Desempenho de mecanismos dosadores de sementes em diferentes velocidades e condições de cobertura do solo. Acta Scientiarum Agronnmy, 30() 611-617.

Santos, A. J. M., Gamero, C. A., Oliveira, R. B., & Villen, A. C. (2011). Análise espacial da distribuição longitudinal de sementes de milho em uma semeadora-adubadora de precisão. Bioscience Journal, 27(1) 16-23.

Silva, M. C. da, & Gamero, C. A. (2010). Qualidade da operação de semeadura de uma semeadora-adubadora de Plantio direto em função do tipo de martelete e velocidade de deslocamento. Revista Energia na Agricultura, 25(1) 85-102.

Trogello, E., Modolo, A. J., Scarsi, M., & Dallacort, R. (2013). Manejos de cobertura, mecanismos sulcadores e velocidades de operação sobre a semeadura direta da cultura do milho. Bragantia, 72(1) 101-109.

Tourino, M. C. C., Rezende, P. M., Silva, L. A., & Almeida L. G. P. (2009). Semeadoras-adubadoras em semeadura convencional de soja. Ciência Rural, 39(1).

Downloads

Publicado

04/10/2020

Como Citar

MOLETA, I. .; RAMPIM, L. .; CONRADO, P. M. .; CZEKALSKI, A. M. .; POTT, C. A. .; FARIA, V. de O.; SPLIETHOFF, J.; BRITO, T. S. .; MARTINS, L. de O. .; WENDLER, C. D. . Desempenho de semeadora-adubadora pneumática e mecânica em diferentes velocidades na soja. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e4629107947, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.7947. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7947. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas