Qualidade do sono de mães de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7987

Palavras-chave:

Sono; Período pós-parto; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

Resumo

Objetivo: Verificar a qualidade do sono de mães que possuem recém-nascido internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal, com abordagem quantitativa das variáveis. Realizou-se em uma maternidade do município de Manaus, com a participação de 120 mulheres de idade superior a 18 anos, com o mínimo de 72 horas pós-parto e com recém-nascido em terapia intensiva. Tal estudo utilizou Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh, o Inventário de Ansiedade Estado e a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburg, por meio de um questionário estruturado. Os dados foram analisados no software SPSS versão 21, fez-se a análise descritiva considerando as medidas de tendência central. Foi realizada análise associando dos escores de qualidade de sono com as variáveis de ansiedade e depressão pós-parto. Resultados: Verificou-se que cerca de 79,2% (n=95) das participantes apresentaram problemas em relação a qualidade do sono. Dentre os problemas de sono mais citados destacam-se: acordar no meio da noite ou muito cedo de manhã, levantar para usar o banheiro, sentir muito calor e não conseguir dormir dentro de meia hora. Cerca de 70% (n=84) apresentaram ansiedade patológica, no entanto, apenas 33% (n=40) apresentaram probabilidade para depressão pós-parto. Conclusão: A internação de um recém-nascido, atrelado a outros fatores ambientais e sociais, influenciam o sono dessas mães, afetando a qualidade de vida desta puérpera, de modo a estar associado a ansiedade e pode contribuir para a probabilidade de depressão pós-parto.

Biografia do Autor

Maísa Silva de Castro, Universidade Federal do Amazonas

Discente na Escola de Enfermagem de Manaus (EEM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Membro do grupo de Pesquisa e Estudos em Enfermagem na atenção integral a saúde da mulher, adolescente e criança (PEEMAC).

Raquel Faria da Silva Lima, Universidade Federal do Amazonas

Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Mestre em Enfermagem  e Enfermeira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).  Coordenadora do Programa de Residencia em Enfermagem Obstétrica e Professora adjunto da Escola de Enfermagem de Manaus - Universidade Federal do Amazonas. Líder do grupo de pesquisa PEEMAC (Pesquisa e Estudos em Enfermagem na atenção integral a saúde da mulher, adolescente e criança).

Marialda Moreira Christoffel, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará, Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo\UNIFESP e Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-doutorado Escola de Enfermagem Ribeirão Preto - EERP-USP.  Docente Associada do Programa de Pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery e do Curso de Graduação de Enfermagem e Obstetrícia do Campus de Macaé\RJ da Universidade Federal do Rio de Janeiro.  Membro da Diretoria Colegiada do Núcleo de Pesquisa de Enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente (NUPESC\DEMI\EEAN). Coordena Grupo de Pesquisa em Enfermagem do recém-nascido e sua família CNPq.

Ana Gabriela Lucena Brito, Universidade Federal do Amazonas

Discente na Escola de Enfermagem de Manaus (EEM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Membro do grupo de Pesquisa e Estudos em Enfermagem na atenção integral a saúde da mulher, adolescente e criança (PEEMAC).

Andressa Menescal Coelho Azevedo, Universidade Federal do Amazonas

Especialista (modalidade residência) em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Federal do Amazonas

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Publicado

03/09/2020

Como Citar

CASTRO, M. S. de .; LIMA, R. F. da S. .; CHRISTOFFEL, M. M.; BRITO, A. G. L. .; AZEVEDO, A. M. C. . Qualidade do sono de mães de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 9, p. e697997987, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i9.7987. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7987. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde