Estudo do potencial evocado auditivo P300 antes e após o treinamento auditivo acusticamente controlado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8102Palavras-chave:
Potenciais evocados auditivos; Estimulação auditiva; Eletrofisiologia; Percepção auditiva; Audição.Resumo
Objetivo: avaliar os resultados do potencial P300 em indivíduos com diagnóstico de Transtorno do Processamento Aditivo Central, antes e após o Treinamento Auditivo Acusticamente Controlado. Métodos: Estudo tipo observacional, descritivo e longitudinal. Participaram do estudo cinco crianças de oito a 14 anos de idade. Foi realizada a avaliação e reavaliação do processamento auditivo central e P300 antes e após a aplicação do programa de Treinamento Auditivo Acusticamente Controlado. Resultados: Foi realizada análise descritiva dos dados de medidas pré e pós terapêuticas. Verificou-se melhora dos mecanismos auditivos, principalmente monoaurais de baixa redundância e dicóticos. Observou-se que dos cinco pacientes avaliados, quatro tiveram aumento da amplitude e em três ocorreram mudanças da latência do P3, com a redução dos valores obtidos pré e pós treinamento auditivo. Conclusão: Pode-se observar mudanças nos parâmetros do potencial P300 resultantes da plasticidade neural após Treinamento Auditivo Acusticamente Controlado demonstrando a importância do uso conjunto de medidas objetivas e comportamentais para monitoramento do processo terapêutico.
Referências
Alonso, R., & Schochat, E. (2009). The efficacyof formal auditory training in childrenwith (central) auditory processing disorder: behavioral and electrophysiological evaluation. Braz J Otorhinolaryngol. 75(5), 726-32. https://doi.org/10.1590/S1808-86942009000500019.
Alvarenga, K. F., Araújo, E. S., Ferraz, E., &Crenitte, P. A. P. (2013). P300 auditory cognitive evoked potential as na indicator of therapeutical evolution in students with developmental dyslexia. CoDAS 25(6), 500-05. https://doi.org/10.1590/S2317-17822014000100002.
Carvalho, N. G., Novelli, C. V. L., & Colella-Santos, M. F. (2015). Fatores na infância e adolescência que podem influenciar o processamento auditivo: revisão sistemática. Revista CEFAC, 17(5), 1590-1603. https://doi.org/10.1590/1982-0216201517519014
Chermak, G. D., & Musiek, F. E. (1992). Managing central auditory processing disorders in children and youth. Am J Audiol. 1(3), 61-5.
Chermak, G. D., & Musiek, F. E. (1995). Three commonly asked questions about central auditory processing disorders management. Am J Audiol. 4(1):15-8.
Crippa, B. L., Aita, A. D. C., & Ferreira, M. I. D. C. (2011). Padronização das respostas eletrofisiológicas para o P300 em adultos normouvintes. Distúrb Comum. 23(3), 325-33.
Farias, L. S., Toniolo, I. F., & Cóser, P. L. (2004). P300: electrophysiological avaliation of hearing in children who haven ever repeated and who have repeated at school. Rev Bras Otorrinolaringol. 70(2), 194-199. https://doi.org/10.1590/S0034-72992004000200009.
Fillipini, R., Brito, N. F. S., Neves-Lobo, I. F., & Schochat, E. (2014). Maintenance of auditory abilities after auditory training. Audiol Commun Res. 19 (2), 112-116. https://doi.org/10.1590/S2317-64312014000200003.
Jasper, H. A. (1958). The ten-twenty system of the International Federation. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 10, 371-75.
Leite, R. A., Wertzner, H. F., & Matas, C. G. (2010). Potenciais evocados auditivos de longa latência em crianças com transtorno fonológico. Pró-Fono R. Atual. Cient. 22(4), 561-566. https://doi.org/10.1590/S0104-56872010000400034.
Lopes, A. C. (2013). Determinação dos limiares pelas conduções aérea e óssea. Audiometria tonal liminar. São Paulo: Santos.
Ma, X., Mc Pherson, B., & Ma, L. (2016). Electrophysiological assessment of auditory processing disorder in children with non-syndromic cleft lip and/or palate. Peer J. 4, e2383. DOI: 10.7717/peerj.2383.
Matas, C. G., Silva, F. B. L., Carrico, B., Leite, R. A., & Magliaro, F. C. L. (2015). Long-latency auditory evoked potentials with sound field in normal-hearing children. Audiol Commun Res. 20(4), 305-12. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2014-1525.
McPherson, D. L. (1996). Long latency auditory evoked potentials. In:Late potentials of the auditory system. Singular Publishing Group, Inc, San Diego.
Melo, Â., Mezzomo, C. L., Garcia, M. V., & Biaggio, E.P.V. (2018). Computerized auditory training in students: electrophysiological and subjective analysis of therapeutic effectiveness. International Archives of Otorhinolaryngology. 22(1),23-32. https://doi.org/10.1055/s-0037-1600121.
Musiek, F. E., & Schochat, E. (1998). Auditory training and central auditory processing disorders: a case study. Semin Hear. 19(4),357-66.
Papagiannopoulou, E.A., & Lagopoulos, J. (2017). P300 event-related potentials in children with dyslexia . J. Ann. of Dyslexia 67, 99.
Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pereira, L. D. (2013). Distúrbio da audição. Características do indivíduo com distúrbio do processamento auditivo. Manifestações de um DPA(C). Quais as causas? São Paulo: Santos.
Regaçone, S. F., Gução, A. C. B., & Frizzo, A. C. F. (2013). Eletrofisiologia: Perspectivas atuais de sua aplicação clínica em Fonoaudiologia. Verba Volant, 4(1), 1-20. Recuperado de <http://hdl.handle.net/11449/115281>.
Regaçone, S. F., Gução, A. C. B., Giacheti, C. M., Romero, A. C. L., &Frizzo, A. C. F. (2014). Long latency auditory evoked potentials in students with specific learning disorders. Audiol Commun Res. 19(1),13-8.
Samelli, A. G., & Mecca, F. F. D. N. (2010). Treinamento auditivo para transtorno do processamento auditivo: uma proposta de intervenção terapêutica. Rev. CEFAC Apr; 12( 2 ), 235-241. https://doi.org/10.1590/S1516-18462010005000006.
Souza, J., Rocha, V.O., Berticelli, A. Z., Didoné, D. D., & Sleifer P. (2017). Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência – P3 em crianças com e sem queixas de dificuldade de aprendizagem. Audiol Commun Res.: 22, e1690. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2016-1690.
Stroiek, S., Quevedo, L. S., Kieling, C. H., & Battezini A. C. L. (2015). Treinamento auditivo nas alterações do processamento auditivo: estudo de caso. Revista Cefac, [s.l.], 17(2), 604-614. https://doi.org/10.1590/1982-021620157914.
Soares, A. J. C. S., Sanches, S. G. G., Neves-Lobo, I. F., Carvalho, R. M. M., Matas, C. G., & Cárnio, M. S. (2011). Potenciais evocados auditivos de longa latência e processamento auditivo central em crianças com alterações de leitura e escrita: Dados preliminares. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, 15(4), 486-491. https://doi.org/10.1590/S1809-48722011000400013.
Ubiali, T., Sanfins, M. D., Borges, L. R., & Colella-Santos, M. F. (2016). Contralateral noise stimulation delays P300 latency in school-aged children. PLoS ONE. 11(2),e0148360. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0148360.
Zygouris, N. C., Avramidis, E., Karapetsas, A. V., & Stamoulis, G. I. (2017). Differences in dyslexic students before and after a remediation program: A clinical neuropsychological and eventrelated potential study. Applied Neuropsychology: Child. 1-10.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Gabriela Martins de Medeiros ; Daniela Polo Camargo da Silva ; Maria Madalena Canina Pinheiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.