Através de leituras atentas para não cobrir a verdade: o que permite a literatura?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8113Palavras-chave:
Literatura e humanidade; Conflitos sociais; Vidas de mulheres.Resumo
O presente estudo considera a produção literária da norte-americana Alice Walker, cujas representações trazem questões que submergem das práticas sociais humanas. O objetivo deste trabalho é mostrar as possíveis reflexões que a literatura promove a partir do texto The right to life: What the white man said to the black woman?, escrito e pronunciado por Walker. Metodologicamente, a análise organiza-se a partir dessa narrativa e do escopo de estudos teóricos, especialmente os que consideram a literatura escrita por mulheres negras no século XX e que estão ligadas à crítica sociocultural. Os resultados apontam que a literatura, além de ser o espaço e tempo de reflexão, possibilita que as tensões entre os discursos do opressor e de quem sofre dominação sejam identificadas. Walker confronta a história, denuncia e questiona a responsabilidade do dominador enquanto, de modo coletivo, compartilhada a sua arte literária.
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