Análise epidemiológica da insuficiência renal crônica no Estado do Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8210Palavras-chave:
Insuficiência renal crônica; Doença renal crônica; Nefrologia.Resumo
Definida como a incapacidade de os rins exercerem as suas funções básicas, a Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma importante causa de morbimortalidade no mundo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes internados com IRC, no Estado do Amazonas, durante o período de 2015 a 2019. Caracteriza-se por ser um estudo quantitativo, retrospectivo, do tipo ecológico. Os dados foram coletados a partir das informações derivadas do SIH/DATASUS. Dispuseram-se como variáveis epidemiológicas analisadas: número de internações, gênero, etnia, faixa etária e o número de óbitos. O estudo identificou um crescente número de internações por IRC nos 5 anos analisados, sendo de 766, 881, 910, 1351 e 1657 nos anos 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, respectivamente. O sexo masculino foi o mais acometido, com 56% das internações e a cor mais prevalente foi a parda, responsável por 82,03% dos casos. A maioria dos pacientes tinha 50 anos ou mais. Notou-se um aumento anual do número de óbitos por IRC no período analisado. O ano com o maior número de mortes foi 2019, com um total de 244 óbitos. Por conseguinte, é imprescindível a ampliação do acesso ao tratamento dos pacientes com IRC, principalmente dos que habitam nas localidades mais afastadas dos grandes centros urbanos da região norte, de modo a melhorar o controle da doença, prevenir complicações e por conseguinte, diminuir a morbimortalidade associada à IRC.
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