As relações dos aprendizes com o saber e com atividades sob a perspectiva das configurações de aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8266Palavras-chave:
Configurações de aprendizagem; Dimensões da aprendizagem; Ensino; Relação com o saber.Resumo
Neste artigo apresentamos os resultados de uma investigação que buscou caracterizar as relações dos aprendizes com o saber e com as atividades de aprendizagem, tendo a escola e outros ambientes como meios em que a aprendizagem ocorre. Os sujeitos do estudo foram alunos do Ensino Fundamental, no estado do Paraná – Brasil. Os procedimentos metodológicos basearam-se na interpretação dos relatos dos aprendizes acerca de suas rotinas de estudo dos conteúdos escolares. A caracterização das relações e das atividades de aprendizagem consistiu em categorizar as relações de acordo com a perspectiva das configurações de aprendizagem, e em categorias emergentes da análise. Com base nesses procedimentos, identificamos que as atividades de aprendizagem foram dos tipos escolares presenciais, e complementares presenciais e virtuais, realizadas sob as formas mais e menos livres de circulação do saber. As relações dos aprendizes com o saber foram epistêmicas (relativas à compreensão), pessoais (aos gostos) e sociais (aos valores); e envolveram a configuração de aprendizagem formal, diferentes tipos de ambientes, e situações escolares, familiares, e de uso das plataformas digitais. Dentre essas relações destacamos os gostos e valores atribuídos pelos aprendizes à realização de determinadas atividades de aprendizagem sob as formas mais livres de circulação de saber. Por exemplo, a manipulação de objetos reais, interação com impressões sensoriais, e expressão de dúvidas sobre os conteúdos escolares. Consideramos que os resultados aqui apresentados podem ser úteis nas discussões a respeito do ensino e da aprendizagem, formação docente, e aprendizagem sob práticas familiares e o uso de tecnologias digitais.
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