Perfil agronômico das propriedades olerícolas de agricultores familiares de Lavras e microrregião, Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8312

Palavras-chave:

Extensão rural; Horticultura; Policultivo; Produtos fitossanitários.

Resumo

O cultivo de hortaliças no Brasil, explorado em base familiar, vem crescendo consideravelmente, impulsionado pela demanda por alimentos saudáveis. As hortaliças podem se tornar mais lucrativas e rentáveis quando o manejo é realizado adequadamente. Assim, o conhecimento do perfil agronômico relacionado às formas de condução das espécies cultivadas e dos cultivos pode direcionar estratégias de sustentabilidade e credibilidade perante o mercado. Neste contexto, objetivou-se analisar o perfil agronômico das propriedades olerícolas de agricultores familiares de Lavras e microrregião, Minas Gerais. Para isso, foi utilizada a metodologia com observação participativa, com visitas em 20 propriedades rurais, visando identificar por meio de entrevista, o cotidiano dos olericultores. Constatou-se que a maioria dos olericultores é do sexo masculino, com 51,3 anos e 1,6 filhos, em média. Esses produtores eram todos alfabetizados, fato que contribui para o entendimento de termos presentes nas bulas dos produtos fitossanitários. Entretanto, nota-se que o produtor precisa ser orientado quanto ao uso e conservação de equipamentos de proteção individual, para garantir a segurança durante as pulverizações. As áreas destinadas aos policultivos são pequenas (2,8 ha) e mantidas com mão de obra basicamente familiar. Menor diversidade de pragas foi observada em função do policultivo que, de certa forma, contribui para o equilíbrio do agroecossistema. O principal canal de comercialização são as feiras livres. A ausência de assistência técnica ainda é um gargalo, pois impede a otimização do processo produtivo e reduz a competitividade da agricultura familiar no mercado agrícola. 

Referências

Anuário Brasileiro De Hortaliças. (2017). Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta Santa Cruz, p. 87.

Bezerra, G. J., & Schlindwein, M. M. (2017). Agricultura familiar como geração de renda e desenvolvimento local: uma análise para Dourados, MS, Brasil. Interações. 18(1), 3-15.

Brasil. Lei 11.326 de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm

Camargo Filho, W. P., Camargo F. P.; Alves H. S. (2007). Algumas sugestões para a expansão da agropecuária orgânica no estado de São Paulo. Informações Econômicas. 37(6), 50-61.

Carvalho, C., & Kist, B. B. (2016). Anuário brasileiro de hortaliças 2017. São Paulo: Gazeta Santa Cruz.

Carvalho, L. V. B., Costa-Amaral, I. C., Matos, R. C. O. C., & Larentis, A. L. (2017). Exposição ocupacional a substâncias químicas, fatores socioeconômicos e saúde do trabalhador: uma visão integrada. Saúde em Debate. 41, 313-326.

Costa, D. M. D., Andrade, D. C. T., & Felipe, S. L. (2016). Análise do comportamento dos consumidores de feiras livres na microrregião de Formiga (MG). Revista Agrogeoambiental. 8(4), 33-45.

Cruz, V. A. G. (2010). Metodologia da pesquisa cientifica: processos gerenciais. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Delgado, G. C., Bergamasco, S. M. P. P. (Orgs.). (2017). Agricultura familiar brasileira: desafios e perspectivas de futuro. Brasília, Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Freitas, W., & Wander, A. E. (2017). O perfil socioeconômico da agricultura familiar produtora de hortaliças em Anápolis (GO, Brasil). Revista de Economia da UEG.13(1), 193-214.

Google Earth Pro. Recuperado de https://www.google.com.br/earth/download/gep/agree.html.

Hortifruti Brasil. Anuário 2018-2019. Edição Especial. (2018). 185, 10-13. Recuperado de https://www.hfbrasil.org.br.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Censo agro. Recuperado de <http://censos.ibge.gov.br/agro/2017>.

Mariani, C. M., & Henkes, J. A. (2014). Agricultura orgânica x agricultura convencional: Soluções para minimizar o uso de insumos industrializados. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental.3(2), 315 - 338.

Oliveira, E. (2014). Agricultura familiar e sua identidade cultural no espaço rural. Revista Ciências Humanas. 7(2), 173-188.

Pereira, V. G., Brito, T. P., & Pereira, S. B. (2017). A feira-livre como importante mercado para a agricultura familiar em Conceição do Mato Dentro (MG). Revista Ciências Humanas, 10, 67-78.

Queiroz, A. A., Cruvinel, V. B., & Figueiredo, K. M. E. (2017). Produção de alface americana em função da fertilização com organomineral. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer. 14(25), 1053-1063.

Raineri, C., Nunes, B. C. P., & Gameiro, A. H. (2015). Technological characterization of sheep production systems in Brazil. Animal Science Journal. 86(4), 476-485. 2015.

Ros, C. A. (2012). Gênese, desenvolvimento, crise e reformas nos serviços públicos de extensão rural durante a década de 1990. Mundo Agrário. 13(25), 1-34.

Silva, G. F., Santos, D., Silva, A. P., & Souza, J. M. (2015). Indicadores de qualidade do solo sob diferentes sistemas de uso na mesorregião do Agreste Paraibano. Revista Caatinga. 28(3), 25-35.

Sousa, M. F., Silva, L. V., Brito, M. D., & Furtado, D. C. M. (2012). Tipos de controle alternativo de pragas e doenças nos cultivos orgânicos no Estado de Alagoas, Brasil. Revista Brasileira de Agroecologia. 7(1), 132-138.

Zorzetti, J., Neves, P. M. O. J., Santoro, P. H., & Constanski, K. C. (2014). Conhecimento sobre a utilização segura de agrotóxicos por agricultores da mesorregião do Norte Central do Paraná. Semina: Ciências Agrárias. 35(4), 2415-2427.

Downloads

Publicado

17/09/2020

Como Citar

MARAFELI, Érica A. M. .; ASSIS, F. A. de .; MARTINS, A. D. .; OLIVEIRA, J. A. de C.; PEREIRA, M. M. A. . Perfil agronômico das propriedades olerícolas de agricultores familiares de Lavras e microrregião, Minas Gerais. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e269108312, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8312. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8312. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas