Painel Interativo: uma estratégia para desvelar olhares sobre a interprofissionalidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8392Palavras-chave:
Interprofissionalidade; Multiprofissionalidade; Trabalho em equipe; Metodologias Ativas; Ensino.Resumo
A interprofissionalidade vem sendo apresentada como uma estratégia na reorientação da formação e do trabalho em saúde, com vistas a responder às demandas da complexidade dos processos de saúde-doença. Os conceitos que fundamentam esta estratégia estão presentes no campo da saúde, todavia, há escassa discussão sobre o trabalho em equipe e interprofissionalidade nas áreas sociais, humanas ou tecnológicas, demonstrando limitação em práticas dessas disciplinas embasadas nesses conceitos. Este relato tem como objetivo descrever uma experiência desenvolvida pelo PET-Saúde/Interprofissionalidade em uma instituição de ensino superior do Ceará, onde se buscou discutir, por meio de metodologia ativa, a interprofissionalidade em áreas dialógicas à saúde. Observou-se, nas discussões, a utilização de conceitos sobre trabalho em equipe, como os de multiprofissionalidade e interprofissionalidade como sinônimos, denotando insuficiente embasamento teórico sobre esses. Esta indistinção conceitual reflete na caracterização inadequada de práticas. Outrossim, percebeu-se o interesse dos participantes no reconhecimento e apropriação dos conceitos referidos. A experiência se mostrou relevante pois possibilitou reflexões sobre a Interprofissionalidade em áreas que pouco a exploram e anuncia a necessidade de ampliarmos a discussão da interprofissionalidade para além da àrea da saúde, visto que a produção de saúde e de vida ultrapassa as fronteiras disciplinares e profissionais da saúde.
Referências
Amaral, V. F. D., Cavalcante, A. S. P., Farias, Q. L. T., Ribeiro, M. A., Araújo Júnior, D. G., & Gomes, D. F. (2018). Mobilizando estudantes em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS): experiências interprofissionais do VER-SUS-Sobral, CE, Brasil. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 22, 1787-1797. https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0715
Brasil. Lei n°8.080, de 19 de setembro de 1990. Institui as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, set. 1990. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde – 1. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Recuperado de: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
Câmara, Ana Maria Chagas Sette et al. Interprofessional education in Brazil: building synergic networks of educational and healthcare processes. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2016, v. 20, n. 56, pp. 5-8. https://doi.org/10.1590/1807-57622015.0700
Ceccim, R. B. (2018). Conexões e fronteiras da interprofissionalidade: forma e formação. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 22, 1739-1749. https://doi.org/10.1590/1807-57622018.0477
Costa, M. D. (2017). A potência da educação interprofissional para o desenvolvimento de competências colaborativas no trabalho em saúde. Interprofissionalidade e formação na saúde: onde estamos?.1. ed. Porto Alegre: Rede UNIDA, 2017. p. 7-13. DOI: 10.18310/ 9788566659931
Diesel, A., Baldez, A. L. S., & Martins, S. N. (2017). Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, 14(1), 268-288. https://doi.org/10.15536/thema.14.2017.268-288.404
Ferla, A. A., & Toassi, R. F. C. (2017). Formação interprofissional em saúde: um caminho a experimentar e pesquisar. Interprofissionalidade e formação na saúde: onde estamos? 1. ed. Porto Alegre: Rede UNIDA, 2017. p. 7-13. DOI: 10.18310/ 9788566659931
Freire Filho, J. R., & Silva, C. B. G. Educação e prática interprofissional no SUS: o que se tem e o que está previsto na política nacional de saúde. Interprofissionalidade e formação na saúde: onde estamos. / 1.ed. – Porto Alegre: Rede UNIDA, 2017. (Série Vivência em Educação na Saúde). DOI: 10.18310/ 9788566659931
Lima, A. W. S. D., Alves, F. A. P., Linhares, F. M. P., Costa, M. V. D., Coriolano-Marinus, M. W. D. L., & Lima, L. S. D. (2020). Percepção e manifestação de competências colaborativas em discentes da graduação em saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 28. https://doi.org/10.1590/1518-8345.3227.3240
Macedo, K. D. D. S., Acosta, B. S., Silva, E. B. D., Souza, N. S. D., Beck, C. L. C., & Silva, K. K. D. D. (2018). Metodologias ativas de aprendizagem: caminhos possíveis para inovação no ensino em saúde. Escola Anna Nery, 22(3). https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2017-0435
Mitre, S. M., Siqueira-Batista, R., Girardi-de-Mendonça, J. M., Morais-Pinto, N. M. D., Meirelles, C. D. A. B., Pinto-Porto, C., ... & Hoffmann, L. M. A. (2008). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & saúde coletiva, 13, 2133-2144. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13suppl2/2133-2144/pt/#ModalArticles
Nascimento, J. L. d., Feitosa, R. A. (2020). Metodologias ativas com foco nos processos de ensino e aprendizagem. Research, Society and Development, 9 (9). Doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7551.
Oliveira, C. M. de; Marques, V. F.; Schreck, R. S. C (2017). Aplicação de metodologia ativa no processo de ensino-aprendizagem: relato de experiência. Rev.Eletrônica Pesquiseduca, v. 09, n. 19, p. 674-684. Disponível em: http://periodicos.unisantos.br/index.php/pesquiseduca/article/view/633
Peduzzi, M., Norman, I. J., Germani, A. C. C. G., Silva, J. A. M. D., & Souza, G. C. D. (2013). Educação interprofissional: formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipe com foco nos usuários. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 47(4), 977-983. https://doi.org/10.1590/S0080-623420130000400029
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Reeves S, Zwarenstein M, Goldman J, Barr H, FReeth D, Koppel I, et al. The effectiveness of interprofessional education: key findings from a new systematic review. J Interprof Care. 2010; 24(3):230-41. DOI: 10.3109/13561820903163405
Sordi, M. R. L. D., Lopes, C. V. M., Domingues, S. M., & Cyrino, E. G. (2015). O potencial da avaliação formativa nos processos de mudança da formação dos profissionais da saúde. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 19, 731-742. https://doi.org/10.1590/1807-57622014.1079
Vieira, M. N. C. M., & Panúncio-Pinto, M. P. (2015). A Metodologia da Problematização (MP) como estratégia de integração ensino-serviço em cursos de graduação na área da saúde. Medicina (Ribeirao Preto. Online), 48(3), 241-248. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v48i3p241-248
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rebeca Nunes de Souza; Luiz Augusto Souza Barbosa; Francisca Juliana Rocha Torres; Ana Thaynara Brito Moreira; Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas; Roselane da Conceição Lomeo; Maria Socorro de Araújo Dias; Maristela Inês Osawa Vasconcelos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
