Forças que interferem no enfrentamento da violência infantil pela escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8503

Palavras-chave:

Criança; Maus-tratos infantis; Violência; Serviços de proteção infantil; Serviços de saúde escolar; Professores escolares.

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo identificar forças que interferem no enfrentamento da violência infantil pela escola, por meio dos pressupostos da Teoria do Campo de Forças. Para tanto, utilizou-se abordagem metodológica do tipo qualitativa e foram entrevistados professores de uma escola pública da rede municipal de ensino de Palmas, Tocantins, Brasil. Identificou-se que apesar de a escola fazer parte do Programa Saúde na Escola (PSE), ela não realiza ações de enfretamento da violência infantil. Entre as forças que atuam de modo a restringir a proteção da criança, destacaram-se a falta de resolutividade de outros serviços que integram a rede, a desestrutura familiar, o desconhecer o papel na rede, as condutas equivocadas, a falta de articulação entre os serviços de proteção à criança, o modelo biologicista de assistência em saúde e o negligenciar o papel na rede. Conclui-se que não há implementação de ações integradas pelos setores de saúde e educação, com vistas a prevenir e a interromper casos de violência contra a criança.

Referências

April-Sanders, A., et al. (2020). Childhood Adversity and Sleep Disturbances: Longitudinal Results in Puerto Rican Children. Int.J. Behav. Med, 1-9.

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Beleza, S. M. F., Soares, S. M. (2019). A concepção de envelhecimento com base na teoria de campo de Kurt Lewin e a dinâmica de grupos. Cien Saude Colet, 24(8):3141-3146.

Brasil. Decreto n.º 6.286, de 05 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PNE. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 dez. 2007.

Brasil. Portaria Inst nº 518/SEMUS/GAB, de 14 de junho de 2016. Institui a Rede de Atenção e Vigilância em Saúde (RAVS-PALMAS). Diário Oficial do Município de Palmas, Palmas, TO, 28 jun. 2016. Recuperado de <https://www.jusbrasil.com.br/diarios/119243720/dom-pmw-normal-28-06-2016-pg-12>.

Brasil, Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal; 1988. Recuperado de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/constituicao/constituicao.htm>.

Bright, M. A., et al. (2020). Child Safety Matters: Randomized Control Trial of a School-Based, Child Victimization Prevention Curriculum. J Interpers Violence.

Cordeiro, K. C. C., et al. (2019). Strategies by Educators within the School Setting to Prevent and Cope with the Experience of Domestic Violence by Adolescents. Aquichan, 19(3),1-10.

Del Campo, A., & Fávero, M. (2020). Effectiveness of programs for the prevention of child sexual abuse: A comprehensive review of evaluation studies. European Psychologist, 25(1),1-15.

Elsen, I., et al. (2011). Escola: um espaço de revelação da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Psicol. Argum., 29(66), 303-314.

Ferreira, C. L. S., Côrtes, M. C. J. W., Gontijo, E. D. (2019). Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis. Cien Saude Colet, 24(11), 3997-4008.

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). (2019). A educação que protege contra a violência. Recuperado de <https://www.unicef.org/brazil/media/4091/file/Educacao_q ue_protege_contra_a_violencia.pdf>.

Kurniawan, L. S., et al. (2019). Victims of Physical Violence Have a Higher Risk to Be Perpetrators: A Study in High School Students Population. Maced J Med Sci, 7(21): 3679-3681.

Lewin, K. (1965). Teoria de Campo em Ciência Social. São Paulo: Pioneira.

Lopes, I. E., Nogueira, J. A. D., 7 Rocha, D. G. (2018). Eixos de ação do Programa Saúde na Escola e Promoção da Saúde: revisão integrativa. Saúde debate, 42(118):773-789.

Macedo, D. M., et al. (2019). Revisão sistemática de estudos sobre registros de violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Cien Saude Colet, 24(2):487-496.

Mathews, B., et al. (2020). Improving measurement of child abuse and neglect: A systematic review and analysis of national prevalence studies. PLoS One, 15(1),1-22.

Mercurio, A. E., et al. (2020). Relationships among childhood maltreatment, limbic system dysfunction, and eating disorders in college women. Journal of Interpersonal Violence.

Moscovici, F. (2008). Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olympio.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM. Recuperado de <https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handl e/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1>.

Ried, D., et al. (2020). Prevalence of adverse childhood experiences (ACEs) and associated physical and mental health problems amongst hospital patients: Results from a cross-sectional study. Gen Hosp Psychiatry, 19(64), 80-86.

Santos, L. F., et al. (2019). Fatores que interferem no enfrentamento da violência infantil por conselheiros tutelares. Saúde debate, 43(120), 137-149.

Santos, L. F., et al. (2020). Perfil da violência contra crianças em uma capital brasileira. Revista Desafios, 7(1), 1-8.

Santos, L. F., et al. (2017). Forças que interferem na maternagem em unidade de terapia intensiva neonatal. Texto Contexto Enferm, 26(3), 1-10.

Segura, A. M. G., & González, R. J. C. (2020). Effectiveness of a Prevention Program for Gender-Based Intimate Partner Violence at a Colombian Primary School. Front. Psychol., 10(3012), 1-18.

Wilkinson, A., et al. (2019). Disrupting the link between maltreatment and delinquency: how school, family, and community factors can be protective. BMC Public Health, 19(588), 1-15.

World Health Organization (WHO). (2019). School-based violence prevention: a practical handbook. Recuperado de < https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/324930/97892 41515542-eng.pdf >.

Downloads

Publicado

22/09/2020

Como Citar

SANTOS, L. F. .; OLIVEIRA, D. T. de .; NOGUEIRA, K. F. .; MUTTI, C. F. .; SANTOS, N. de S. S. .; PACHECO, L. R. . Forças que interferem no enfrentamento da violência infantil pela escola. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e1789108503, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8503. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8503. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde