Análise da prevalência do câncer de colo uterino em mulheres do Estado do Piauí, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8540

Palavras-chave:

Saúde da mulher; Neoplasias do colo do útero; Epidemiologia.

Resumo

Trata-se de um retrospectivo com objetivo de identificar a prevalência do câncer de colo uterino em mulheres no estado do Piauí através de um rastreamento realizado por meio de análise de dados no SISCOLO/MS, referente ao período de e 2010 a  2014, sendo coletado as variáveis epidemiológicas da quantidade de casos, escolaridade, faixa etária, etnia,tempo de realização do exame e ao tipo de exame,  de acordo com o critério cronológico dos atendimentos das mulheres no estado do Piauí no período compreendido entre janeiro de 2010 a dezembro de 2014. Tabularam-se os dados, utilizando os programa Microsoft Office e Microsoft Excel 2019 e Tab para Windows (TabWin) versão 4.14. Resultado e discussão: Observou-se 5540 casos de CCU.O ano que apresentou o maior número de casos foi 2013, totalizando 1469 (26,5%)notificações, e o menor correspondeu 2014 (n=818; 14,8%).Os indivíduos mais acometidos pela doença foi com faixa etária entre 25 a 34 anos (28,3%)e destes 29,1% com lesão intra epitelial  debaixo grau. A etnia predominante foi à parda (11,6%) e 12,74% dos pacientes apresentaram grau Ensino médio incompleto com 80,0% e 26,0 procederam adenocarcinoma in situ, respectivamente. Em relação ao intervalo de realização do exame o prevalente foi de 0 a 30 dias (87,2%) com 95,7% carcinoma epidermóide invasor. Conclusão: Sugere-se que novos estudos sejam realizados sobre a temática almejando contribuir de forma significativa para a prevenção desta doença, bem como servir como aporte aos gestores dos serviços de saúde pública.

Biografia do Autor

Evaldo Hipólito de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (1990), graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Paraíba (1991), graduação em Direito pela Universidade Federal do Piauí (1999), Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (2010), mestrado em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2002), especialização em Vigilância Sanitária e Epidemiológica (1997) e Citologia Clínica (2005). Foi Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Piauí-LACEN-PI (2003 a 2007). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Piauí de microbiologia clínica e imunologia clínica (1994). Tem experiência na área de Farmácia (Interdisciplinaridade), atuando principalmente nos seguintes temas: análises clínicas ( bacteriologia, virologia, imunologia, citologia e hematologia ) e Vírus Linfotrópico de Células T Humanas-1/2-HTLV-1/2, HIV, HBV e HCV (Epidemiologa, Imunologia e Análise Molecular).

Referências

Aguilar, A. P., & Soares, D .A., (2015).Papanicolau: perspectivas de usuárias e profissionais da Estratégia de Saúde da Família da cidade de Vitória da Conquista-BA, Physis Revista de Saúde Coletiva, 25 (2), 359-379,Rio de Janeiro,DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312015000200003.

Amaral, A. F., et al. (2014). Impacto da capacitação dos profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer do colo do útero em unidades básicas de saúde, Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,36(4),182-7 1.

Barbosa, I. R., Souza, D. L. B., Costa, M. M. B. C., (2016). Desigualdades regionais na mortalidade por câncer de colo de útero no Brasil: tendências e projeções até o ano 2030, Ciênc. saúde colet.,21 (1), Jan, https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.03662015.

Casarin, M. R., & Piccoli, J. C. E., Educação em saúde para prevenção do câncer de colo do útero em mulheres do município de Santo Ângelo/RS.Ciênc. saúde coletiva,16(9): Rio de Janeiro, Sept. 2011,https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001000029.

Corrêa, C. S. L., et al. (2017). Rastreamento do câncer do colo do útero em Minas Gerais: avaliação a partir de dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO). Cad. saúde colet., 25(3):Rio de Janeiro, July/Sept. https://doi.org/10.1590/1414-462x201700030201.

Coelho, C. M. C., et al. (2014). Perfil epidemiológico de exames citopatológicos realizados no município de Floriano- Piauí, Rev. Bras. Farm., 95 (1), 459 – 473.

Dallabrida, A. F., et al. (2014). Qualidade de vida de mulheres tratadas por câncer do colo de útero, Rev.Rene., 15(1), 116-22, jan-fev.

Dias, E. G. (2015). Perfil socioeconômico e prática do exame de prevenção do câncer do colo do útero de mulheres de uma unidade de saúde, Revista Saúde e Desenvolvimento, 7 (4): jan – dez.

Farias, A. C. B., & Barbieri, A. R. (2016). Seguimento do câncer de colo de útero: Estudo da continuidade da assistência à paciente em uma região de saúde, Esc. Anna Nery,20(4), e20160096, DOI: 10.5935/1414-8145.20160096.

Favaro, C. R. P., et al. (2019). Perfil epidemiológico de mulheres com câncer de colo de útero tratadas em hospital terciário. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 9:e3253, DOI:10.19175/recom.v9i0.3253 www.ufsj.edu.br/recom.

Feres, T. M., et al. (2018). Prevalência de câncer no colo uterino: um estudo descritivo, BrazilianJournalofSurgeryandClinicalResearch – BJSCR, 22(2), 54-58.

Gonçalves, Z. R., et al. (2010). Lesões escamosas intraepiteliais de baixo grau: conduta em mulheres adultas, Femina ,38 (7):Julho.

Junior, N. L. R. & Silva. G. A. (2018). Tendências temporais e fatores associados ao diagnóstico em estágio avançado de câncer do colo uterino: análise dos dados dos registros hospitalares de câncer no Brasil, 2000-2012.Epidemiol. Serv. Saúde 27(2), 07. Maio, https://doi.org/10.5123/S1679-49742018000200003.

Sales, L. K. O. (2014). Estudo da sobrevida e fatores prognósticos em mulheres com câncer do colo do útero, no Rio Grande do Norte, Brasil, Mossoró, RN, 2014.

Libera, L. S. D. (2016). Avaliação da infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) em exames citopatológicos, RBAC, 48(2), 138-43.

Lopez, Y. P. (2015). Plano de intervenção para aumentar a cobertura do exame citopatológico das mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos da equipe Ipê-Centro em Ibatiba-ES,Tese(TCC). Universidade do Estado do Rio de Janeiro- Especialização em Saúde da Família,Rio de Janeiro.

Instituto Nacional doCâncer (INCA). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; INCA, 2011. Recuperado de <http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Diretrizes_rastreamento_cancer_colo_utero.pdf>.

Nascimento, G. W. C., et al. (2015). Cobertura do exame citopatológico do colo do útero no Estado de Minas Gerais, Brasil, no período entre 2000-2010: um estudo a partir dos dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO),Cad. saúde colet. 23 (3): Rio de Janeiro, July/Sept.

Navarro, C., et al. (2015). Cobertura do rastreamento do câncer de colo de útero em região de alta incidência,Rev. Saúde Pública, 49 (27),Fev,https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005554.

Rodrigues, A. F., & Sousa, J. A. (2015). Papilomavírus humano: prevenção e diagnóstico, R. Epidemiol. Control. Infec., Santa Cruz do Sul, 5(4):197-202, out./dez. 2. ISSN 2238-3360.

Rocha, S. Mulheres são maioria entre pessoas subempregadas no Piauí, aponta IBGE. Recuperado de https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/mulheres-sao-maioria-entre-pessoas-subempregadas-no-piaui-aponta-ibge.ghtml.

Santos, A. C. S., & Varela, C. D. S. (2015). Prevenção do câncer de colo uterino, Revista Enfermagem Contemporânea.4(2):179-188, Jul./Dez.

Silva, M. R. F. (2016). Continuidade Assistencial a mulheres com câncer de colo de útero em redes de atenção à saúde: estudo de caso, Pernambuco.Saúde debate, 40 (110):Jul-Sep,https://doi.org/10.1590/0103-1104201611008 .

Silva, D. S. M., et al. (2014). Rastreamento do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil, Ciência & Saúde Coletiva, 19(4):1163-1170.

Silva, K. B., et al. (2014). Integralidade no cuidado ao câncer do colo do útero: avaliação do acesso,Rev. Saúde Pública, 48 (2):Abr,https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048004852.

Silva, A. M., et al., (2017). Perfil epidemiológico do câncer do colo do útero naParaíba,Temas em Saude, 17 (3):João Pessoa,ISSN 2447-2131.

Silveira, B. L., et al. (2018). Câncer do colo do útero: papel do enfermeiro na estratégia e saúde da família, Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Ariquemes: FAEMA, 9 (1). ISSN: 2179-4200.

Sitoe, F. B. (2017). Fatores de risco para lesões cervicais e câncer cervical em mulheres com diagnóstico citológico de células escamosas atípicas, Maputo-Moçambique, 2013 - 2015. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Programa de Pós- graduação em Saúde Coletiva, 90 f., Fortaleza.

Pereira, R. (2018). População que se declara preta cresce 6,5% no Piauí em 4 anos, aponta IBGE. Recuperado de https://cidadeverde.com/noticias/260863/populacao-que-se-declara-preta-cresce-65-no-piaui-em-4-anos-aponta-ibge.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_C omputacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Pereira, E. P. A. (2008). Cobertura, acesso e fatores relacionados a realização do exame Papanicolau no Pólo Delfino Magalhães e Monte Carmelo II, Monte Claros. Minas Gerais. Brasil.

Tomasi, E., et al. (2015). Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ,Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 15(2).

Teixeira, L. A. (2015). Dos gabinetes de ginecologia às campanhas de rastreamento: a trajetória da prevenção ao câncer de colo do útero no Brasil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 22(1), 221-240.

Thuler, L. C. S., Aguiar, S. S., Bergmann, A. (2014). Determinantes do diagnóstico em estagio avançado do câncer do colo do útero no Brasil,Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,36 (6).https://doi.org/10.1590/S0100-720320140005010 .

Downloads

Publicado

25/09/2020

Como Citar

OLIVEIRA, E. H. de .; HOLANDA, E. C. .; NASCIMENTO, M. do S. V. do .; SOARES, L. F. . Análise da prevalência do câncer de colo uterino em mulheres do Estado do Piauí, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e2509108540, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8540. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8540. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde