Distribuição da insolação na bacia hidrográfica do rio Ipojuca/PE, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8708Palavras-chave:
Variáveis climáticas; Energia renovável; Fonte de calor; Retas de tendências; Temperatura.Resumo
A insolação é parte da energia solar que se propaga sem necessidade da presença de um meio material e é representada pelas horas do dia que o disco solar permanece visível à superfície terrestre. Objetiva-se caracterizar as condições climáticas da insolação utilizando-se do método da interpolação para a área da bacia hidrográfica do rio Ipojuca e seu entorno elaborando-se gráfico mensal e anual do período de 1962 a 2019. Os dados climatológicos médios da insolação total mensal e anual foram gerados pelo método da interpolação simples onde se empregaram do software em planilhas eletrônicas, para extrair os valores das médias mensais, anuais, mediana, desvio padrão, coeficiente de variância, máximos e mínimos valores absolutos. A insolação total é maior que a cobertura de nuvem no período de agosto a março totalizando 1861,8 horas e décimos ao passo que no mesmo período a cobertura de nuvem é de 0,45 décimos. Estas incidências de índices de insolação acima da normalidade estão condicionadas a cobertura de nuvem baixa, as flutuações das temperaturas e a baixa ou nenhuma cobertura do solo. A importância da insolação para fins agrícolas, gerações de energia visando auxílio aos parques indústrias, distribuidoras de energia, setor agropecuário e aos estudos climáticos que são escassos ou poucos difundidos. Observa-se que os desvios são positivos demonstrando aumentos nos valores mensais e anuais, mesmo que as tendências das retas nos mostrem reduções insignificantes para o período estudado. As retas de tendências dos respectivos 12 meses são negativas e sem insignificância, o que vem a concordar com os cálculos das médias móveis nos afirmando que ocorrera redução da insolação nos próximos 9 anos e após os 10 anos os índices de insolação voltam ao patamar da média histórica.
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