Metabolismo do carbono e do nitrogênio em plantas jovens de Tachigali vulgaris submetidas à deficiência hídrica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8732Palavras-chave:
Ajustamento; Bioquímica; Síntese; Osmólitos.Resumo
As respostas bioquímicas das plantas ao déficit hídrico estão relacionadas à capacidade de síntese e acúmulo de osmólitos compatíveis com propriedades regulatórias do potencial hídrico celular. Objetivou-se avaliar o metabolismo do carbono e do nitrogênio em plantas de Tachigali vulgaris sob três períodos de suspensão hídrica. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando-se delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2 (três tempos: zero, cinco e dez dias de suspensão hídrica, e duas condições hídricas: controle e deficiência hídrica), com 4 repetições, aplicando-se a análise de variância nos resultados e as médias foram comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade com o pacote estatístico (Assistat 7.7 beta). Houve redução para as respectivas variáveis, CRA em 32,14% no tecido foliar; íon nitrato em 18,67% nas folhas e 14,40% nas raízes; atividade da enzima redutase do nitrato em 17,06% nas folhas e 15,77% nas raízes; concentração de amido em 44,98% no tecido foliar e 21,07% na raiz. E aumento para as seguintes variáveis, concentração de amônio livre em 64,83% nas folhas e 1,61% na raiz; aminoácidos solúveis totais em 28,03% para o tecido foliar e 8,42% nas raízes; carboidratos solúveis totais em 3,12% nas folhas e 11,05% nas raízes; sacarose em 4,77% nas folhas e 24,77% nas raízes; prolina 193,58% nas folhas e 57,26% na raiz. Os processos bioquímicos foram fortemente afetados pela deficiência hídrica, expressando mecanismos e estratégias que permitem a sobrevivência da espécie em condições de estresse.
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