Saúde mental dos médicos brasileiros durante o combate à pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8758Palavras-chave:
Saúde Mental; Médicos; COVID-19; Sofrimento Mental.Resumo
Objetivo: Identificar a prevalência de sofrimento mental em médicos brasileiros durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo transversal, exploratório quantitativo, realizado entre abril e maio de 2020, usou um questionário sociodemográfico e um instrumento específico para rastreamento de transtornos mentais não-psicóticos, o Self Report Questionnaire. Resultados: O perfil dos participantes: mulheres (68.1%), entre 31 e 40 anos (39.9%), casadas ou com companheiros (59.9%), sem filhos (53.3%), com até cinco anos de graduação (30.9%), trabalhando no serviço público (40.7%). Os médicos (49.79%) têm fortes indícios de sofrimento mental, com o sono comprometido e cefaleia e usam psicofármacos. Sentem-se facilmente cansados e com dificuldades para realizar as atividades diárias com satisfação. Estão tensos, nervosos ou preocupados (77.4%), sentem-se tristes e estão chorando mais que o habitual. Entre eles, 34.8% estão perdendo o interesse pelas coisas, 14.6% sentem-se pessoas inúteis e 4.3% apresentam ideação suicida. Conclusões: Quase a metade dos médicos brasileiros (49.79%) apresentam fortes indícios de sofrimento mental, com um nível de tensão, nervosismo e preocupação que atinge mais da metade dos profissionais, o que requer que esforços devam ser empregados para programas contínuos de prevenção de transtornos mentais e suicídio durante e depois da pandemia da COVID-19.
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