Análise da aprendizagem de densidade da matéria em uma aula investigativa no Ensino Fundamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8858

Palavras-chave:

Ensino por investigação; Ensino de ciências; Aprendizagem.

Resumo

O conteúdo de Densidade da matéria é ministrado no 9º ano do Ensino Fundamental com o intuito de introduzir os jovens estudantes na disciplina de química, apresentando as principais propriedades presente em toda matéria, como massa e volume. Por referir-se a um conteúdo relativamente novo para os estudantes, a metodologia investigativa pode ser uma forma de engajá-los no processo de aprendizagem. O presente artigo teve como objetivo analisar o processo de construção de conhecimentos relativos ao conceito de densidade da matéria, além de refletir sobre a aprendizagem procedimental potencializada por uma aula baseada no ensino por investigação. Por ser uma abordagem centrada no estudante, a metodologia de ensino por investigação torna o processo educativo mais participativo e dialógico, propiciando aos estudantes a construção do conhecimento científico.  De natureza qualitativa, esta proposta foi desenvolvida a partir de uma atividade aplicada em uma turma do Ensino Fundamental II, na cidade de Londrina, PR. Propôs-se aos estudantes o desenvolvimento e a divulgação do conteúdo explorado mediante relatórios descritivos da atividade. Os resultados mostram que a atividade investigativa favoreceu o aprendizado dos conceitos de densidade da matéria, além de apresentarem indícios de aprendizagem procedimental durante o processo educativo, o que nos permite recomendar essa metodologia de ensino face ao desenvolvimento do protagonismo do aluno na construção de seu conhecimento.

Biografia do Autor

Ana Paula Gutmann, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Tuiuti do Paraná (2003). Especialista em Administração, supervisão e orientação escolar. Atualmente é professora de ciências e biologia da rede estadual de ensino do Paraná e está cursando o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Zenaide de Fátima Dante Correia Rocha, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutora em Educação pela UNICAMP, Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela UEL. Licenciada em Ciências, Matemática e Pedagogia. Tem experiência na área de Educação/Ensino e pesquisa com ênfase na Formação de professores e processos de ensino e aprendizagem. Professora Adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Atua na Licenciatura em Química (Psicologia da Educação e Didática Geral), no Programa Especial de Formação Pedagógica (PROFOP) e nos cursos de Pós-Graduação: 1. Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza; 2. Mestrado Profissional em Ensino de Matemática.

Sergio de Mello Arruda, Universidade Estadual de Londrina

Bacharel em Física (USP, 1976), Mestre em Ensino de Ciências (USP, 1994) e Doutor em Educação (USP, 2001). Foi professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) de 1978 a 2016. Foi Professor Visitante Sênior da Universidade Tecnológica Federal do Paraná de 2017 a 2019. Coordenou diversos projetos de pesquisa e extensão financiados pelo CNPq, CAPES, Vitae. Possui diversos artigos e trabalhos publicados em Ensino de Ciências e Matemática. Orientou diversas dissertações de mestrado e teses de doutorado em Ensino de Ciências e Matemática. Cargos exercidos: coordenador do Programa em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEL (PECEM) de 2002 a 2004; diretor do Museu de Ciência e Tecnologia da UEL de 2009 a 2014; coordenador institucional do projeto PIBID/UEL de 2009 a 2013; Pró-reitor de extensão da UEL de 2014 a 2016. Atualmente é: professor permanente do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina (PECEM/UEL); professor permanente do Programa de Pós-graduação em Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná (PPGEN/UENP); professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (PPGMAT/UTFPR). É líder do grupo de pesquisa EDUCIM, criado em 2002 (http://educim.com.br/). Linhas de pesquisa atuais: Formação de professores em Ciências e Matemática; Ensino-aprendizagem em Ciências e Matemática; Relação com o saber em sala de aula; Ação docente, ação discente e suas conexões. Bolsista de Produtividade do CNPq - nível 1D.

Referências

Azevedo, M. C. P. S. (2004). Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de aula. In: Carvalho, A.M.P. (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática (pp. 19-33). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Baptista, M. L. M. (2010). Concepção e implementação de actividades de investigação: um estudo com professores de física e química do ensino básico. Tese de doutoramento, Educação (Didáctica das Ciências). Universidade de Lisboa, Instituto de Educação. Recuperado de. Repositório da Universidade de Lisboa: http://hdl.handle.net/10451/1854.

Barcellos, L. S., & Coelho, G. R. (2019). Uma análise das interações discursivas em uma aula investigativa de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental sobre medidas protetivas contra a exposição ao sol. Investigações em Ensino de Ciências, 24(1). Recuperado de: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/1235/pdf.

Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME. Recuperado de: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/imag es/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

Carvalho, A. M. P (2004). Critérios estruturantes para o Ensino de Ciências. In: Carvalho, A. M. P. (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática, 01-18. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Carvalho, A. M. P (2013). O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: Carvalho, A. M. P. (org.). Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula (pp. 01-20). São Paulo: Cengage Learning.

Driver, R., Asoko, H., Leach, J., Mortimer, E., & Scott, P (1999). Construindo conhecimento científico na sala de aula. Revista Química Nova na Escola, 1(9). 31-40. Recuperado de: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/aluno.pdf.

Moraes, R (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Revista Ciência & Educação (online), 9(2), 191-211. ISSN 1516-7313. Recuperado de: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-73132003000200004&script=s ci_abstract&tlng=pt.

Munford, D., & Lima, M. E. C. C. (2007). Ensinar ciências por investigação: em quê

estamos de acordo? Revista Ensaio, 1. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/epec/ v9n1/1983-2117-epec-9-01-00089.pdf.

NRC - National Research Council (2000). Inquiry and the national science education standards: a guide for teaching and learning. Washington, DC: National Academy Press.

Pereira, L. L., Briccia, V., & Sedano, L, (2017). Pesquisas sobre Ensino por Investigação em Contextos de Formação Continuada. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC. Recuperado de: http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R1353-1.pdf.

Rodrigues, B. A., & Borges, T. A. (2008). O ensino de ciências por investigação: reconstrução histórica. XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física – Curitiba. Recuperado de: http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/comunicacao/femcitec_ensinodeciencia06.pdf.

Sasseron, L. H., & Carvalho, A. M. P.(2008). Almejando a alfabetização científica no ensino fundamental: a proposição e a procura de indicadores do processo. Investigações em Ensino e Ciências, Porto Alegre, 13(3), 333-352. Recuperado de: http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID199/v13_n3_a2008.pdf .

Zabala, A. (1998) A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. Recuperado de: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=ypR9CAAA QBAJ&oi=fnd&pg=PT157&ots=xwypYHMqYC&sig=mR_02D_NTOhbvdlERO4PfaXMAOc&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false.

Zômpero, A. F., & Laburú, C. E. (2011). Atividades investigativas no ensino de ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens. Rev. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 13(3), 67–80. Recuperado de: https://www.redalyc.org/html/1295/129521755005/.

Downloads

Publicado

08/10/2020

Como Citar

GUTMANN, A. P.; ROCHA, Z. de F. D. C.; ARRUDA, S. de M. . Análise da aprendizagem de densidade da matéria em uma aula investigativa no Ensino Fundamental. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e5659108858, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.8858. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/8858. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais