A construção da identidade histórico-cultural no espaço escolar e o ensino de Educação Física
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8961Palavras-chave:
Identidade; Dança afro; Ensino.Resumo
A presente artigo apresenta um trabalho com a dança afro-brasileira associada aos processos de construção da identidade histórico cultural, destacando como podemos abordar esse tema no ensino de Educação Física, integrando-o a proposta curricular e a outras disciplinas, desenvolvendo assim atividades de dança que possam oferecer ao aluno a possibilidade de expressão. Adotamos a Pesquisa Participante com o propósito de nos aproximar da realidade das pessoas em articulação com a investigação sobre nossa própria prática como professora de Educação Física. Ao longo do processo, com base na análise das informações registradas no diário de campo observamos como resultado desse trabalho as mudanças de concepções dos alunos a respeito do racismo e da cultura africana. Acreditamos que ao introduzir as práticas culturais de origem africanas no ambiente escolar estamos permitindo aos sujeitos um contato com parte de sua história, bem como possibilitando sentimentos de representatividade e identificação. Destacamos como resultado a possibilidade da utilização das aulas de Educação Física para valorização da cultura afro brasileira, com práticas educativas que contemplam as questões raciais e colaboram para a eliminação do racismo, do preconceito, da discriminação e fortalecem a construção da identidade histórico cultural.
Referências
Barros, J. D. A. (2014). A construção social da cor: diferença e desigualdade na formação da sociedade brasileira (3a ed). Petrópolis, RJ: Vozes.
Betti, M. Z. (1992). Ensino de primeiro e segundo graus: Educação Física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 13(2), 282-287.
Brasil. (1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC.
Brasil. (2006). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD.
Brasil. (2013). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC.
Cavalleiro, E. (2001). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro.
Darido, S. C. (2012). Visão geral da disciplina. In S. C. Darido (org.), Cadernos de Formação: Conteúdos e Didática de Educação Física. 6(3), 10-20). São Paulo: Cultura Acadêmica.
Forde, G. H. A. (2018). Vozes negras na história da educação: racismo educação e movimento negro no Espírito Santo (1978-2002). Campos dos Goytacazes, RJ: Brasil Multicultural.
Freire, P. (2009). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. (36a ed). São Paulo: Paz e Terra.
Hall, S. (1998). A identidade Cultural na pós-modernidade. (2a ed) (S. Tomaz Tadeu; L. L. Guacira, trad.) Rio de Janeiro: DP&A.
Lima, N. (2005). Dando conta do recado: a dança afro no Rio de Janeiro e suas influências. Rio de Janeiro.
Maciel, C. (2016). Negros no Espírito Santo. (2a ed). O. Osvaldo Martins de (org.). Vitória, ES: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo.
Oliveira, N. N. (1992) Dança Afro: Sincretismo de movimentos. Salvador: Ufba.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. Santa Maria, RS: UFSM, NTE.
Santos, S. F. (2016). Corpo, movimento e afirmação: percursos do grupo de dança afro Negraô no ES (Monografia). Especialização em Especialização em Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Escola, Universidade Federal do Espírito – UFES, Vitória, ES, Brasil.
Schmidt, M. L. S. (2006) Pesquisa participante: alteridade e comunidades interpretativas. Psicologia USP, 17(2), 11-41. doi.org/10.1590/S0103-65642006000200002
Silva, T. T. (2014). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais (15a ed). (S. Tomaz Tadeu, trad.). Tomaz Tadeu da Silva (org.), Stuart Hall, Kathyn WoodWard. Petrópolis, RJ: Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Lielle Serafim; Maria Alayde Alcantara Salim; Marli Quinquim
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.