Distrator ósseo versus distrator dentário para expansão maxilar: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9055Palavras-chave:
Maxila; Má Oclusão; Técnica de Expansão Palatina; Cirurgia Bucal; Aparelhos ortodônticos funcionais.Resumo
A etiologia da deficiência maxilar transversal é considerada multifatorial, e repercute de forma deletéria no desenvolvimento ósseo da maxila e das cavidades nasais, ocasionando atresia maxilar e mordida cruzada posterior. O objetivo desta revisão sistemática foi comparar na literatura científica a eficácia da disjunção maxilar tratada através da utilização distrator dentário versus o distrator ósseo. Uma revisão sistemática da literatura foi realizada utilizando as bases de dados Science Direct, Embase, Cochrane Collaboration Library, and PubMed/MEDLINE. A estratégia de busca forneceu um total de 119 estudos. Após a triagem através da leitura dos títulos e resumos, sete artigos atenderam a todos os critérios e foram incluídos na presente revisão sistemática. Os estudos demonstraram que a escolha do tipo de aparelho ortodôntico-ortopédico está diretamente relacionada ao prévio planejamento individualizado de cada paciente. No que se refere aos pacientes que encontram-se em fase de desenvolvimento, a recomendação é a utilização de expansores maxilares dentários, como o aparelho Hyrax. Além disso, não é recomendado realização da expansão rápida da maxila em pacientes adultos, devido a resistência de expansão que ocorre nas suturas palatinas. O tratamento de pacientes que apresentam a sutura palatina mediana fechada deve ser feito através da expansão da maxila cirurgicamente assistida.
Referências
Algharbi, M., Bazargani, F., & Dimberg, L. (2018). Do different maxillary expansion appliances influence the outcomes of the treatment? Eur. J. Orthod. 40(1), 97-106.
Alghamdi, M. A., Farsi, N. J., & Hassan, A. H. (2017). Comparison of oral health-related quality of life of patients treated by palatal expanders with patients treated by fixed orthodontic appliances. Patient Prefer Adherence. 11(1), 699-705.
Canan, S., & Şenişik, N. E. (2017). Comparison of the treatment effects of different rapid maxillary expansion devices on the maxilla and the mandible. Part 1: evaluation of dentoalveolar changes. Am J Orthod Dentofac Orthop. 51(1), 1125–1138.
Cappellette-Júnior, M., Alves, F. E. M. M., Nagai, L. H. Y., Fujita, R. R., & Pignatari, S. S. N. (2017). Impact of rapid maxillary expansion on nasomaxillary complex volume in mouth-breathers. Dental Press Journal of Orthodontics. 22(3), 79-88.
Enlow, D. H., & Hans, M. G. Noções básicas sobre crescimento facial. (2a ed.), São Paulo: Liv. Santos, 2012. 20-43, 91-112.
Fonseca, E. V., Bussadori, S. K., & Da Silva, M. L. F. C. (2019). Evaluation of photobiomodulation effects on pain, edema, paresthesia, and bone regeneration after surgically assisted rapid maxillary expansion: Study protocol for a randomized, controlled, and double blind clinical trial. Md Med J. 98(8), 17756.
Garreau, E., Bouscaillou, J., Rattier, S., Ferri, J., & Raoul, G. (2016). Bone-borne distractor versus tooth-borne distractor for orthodontic distraction after surgical maxillary expansion: The patient's point of view. Int Orthod. 14(2), 214-232.
Gómez, G. S. L., Villarraga, O. J. A., Arcila, M. J. C., Moreno, G. D. M., & Ardila, C. M. (2019). Influence of Hyrax screw position on dental movement and cortical bone: A study of finite elements. J Clin Exp Dent. 11(12), .e1099-e1108.
Hassan, A. H., Hassan, M. H., & Linjawi, A. I. (2014). Association of orthodontic treatment needs and oral health-related quality of life in Saudi children seeking orthodontic treatment. Patient Prefer Adherence. 8(1), 1571–1579.
Hartono, N., Soegiharto, B. M., & Widayati, R. (2018). The difference of stress distribution of maxillary expansion using rapid maxillary expander (RME) and maxillary skeletal expander (MSE)-a finite element analysis. Prog Orthod. 19(1), 33.
Honório, H. M., & Santiago, J. F. (2018). Fundamentos das Revisões Sistemáticas em Odontologia. São Paulo: Quintessence Editora.
Koudstaal, M. J., Wolvius, E. B., Schulten, A. J., Hop, W. C., & Van der Wal, K. G. (2009). Stability, tipping and relapse of bone-borne versus tooth-borne surgically assisted rapid maxillary expansion; a prospective randomized patient trial. Int J Oral Maxillofac Surg. 38(4), 308-315.
Kunz, F., Linz, C., Baunach, G., Böhm, H., & Meyer-Marcotty, P. (2016). Expansion patterns in surgically assisted rapid maxillary expansion: Transpalatal distractor versus hyrax appliance. J Orofac Orthop. 77(5), 357-365.
Krüsi, M., Eliades, T., & Papageorgiou, S. N. (2019). Are there benefits from using bone-borne maxillary expansion instead of tooth-borne maxillary expansion? A systematic review with meta-analysis. Prog Orthod. 20(1), 10.
Landes, C. A., Laudemann, K., Schübel, F., Petruchin, O., Mack, M., Kopp, S., & Sader, R. A. (2009). Comparison of tooth- and bone-borne devices in surgically assisted rapid maxillary expansion by three-dimensional computed tomography monitoring: transverse dental and skeletal maxillary expansion, segmental inclination, dental tipping, and vestibular bone resorption. J Craniofac Surg. 20(4), 1132-1141.
Machado, R., Bastidas, M., Arias, E. Q. O., & Quirós, O. (2012). Disyunción Maxilar con la utilización del expansor tipo Hyrax en pacientes con Labio y paladar hendidos Revisión de la Literatura. Rev Latino Orto Odonto. 1(1), 428–430.
Maspero, C., Cavagnetto, D., Fama, A., Giannini, L., Galbiati, G., & Farronato, M. (2010). Hyrax versus transverse sagittal maxillary expander: An assessment of arch changes on dental casts. A retrospective study. Saudi Dent J. 2(1), .93-100.
Moher, D., & Liberati, A. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 6(1), e1000097.
Nada, R. M., Fudalej, P. S., Maal, T. J., Bergé, S. J., Mostafa, Y. A., & Kuijpers-Jagtman, A. M. (2012). Three-dimensional prospective evaluation of tooth-borne and bone-borne surgically assisted rapid maxillary expansion. J Craniomaxillofac Surg. 40(8), 757-62.
Park, J. J., Park, Y C., Lee, K. J., Tahk, J. H., & Choi, Y. J. (2017). Skeletal and dentoalveolar changes after miniscrew- assisted rapid palatal expansion in young adults?. A cone-beam computed tomography study. Korean J Orthod. 47(2), 77–86.
Sánchez, J. S., Álvarez-Herms, J., Cirer-Sastre, R., Corbi, F., & Burtscher, M. (2020). The Influence of Dental Occlusion on Dynamic Balance and Muscular Tone. Front Physiol. 10(1), 1626.
Seeberger, R., Abe-Nickler, D., Hoffmann, J., Kunzmann, K., & Zingler, S. (2015). One-stage tooth-borne distraction versus two stage bone-borne distraction in surgically assisted maxillary expansion (SARME). Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 120(6), 693-698.
Souza, C. G. G., Cappellette-Júnior, M., Hatsue, Y. N. L., & Cruz, L. M. (2018). Avaliação tomográfica do impacto da expansão rápida da maxila nas dimensões faciais. Ortho science: orthodontic science and practice. 11(1), 48-57.
Zandi, M., Miresmaeili, A., & Heidari, A. (2014). Short-term skeletal and dental changes following bone-borne versus tooth-borne surgically assisted rapid maxillary expansion: a randomized clinical trial study. J Craniomaxillofac Surg. 42(7), 1190-1195.
Zhang, J., Xia, J. J., Li, J., & Zhou, X. (2017). Reconstruction-Based Digital Dental Occlusion of the Partially Edentulous Dentition. IEEE J Biomed Health Inform. 21(1), 201-210.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ítalo Oliveira Barbosa ; Bruno Dezen Vieira; Julianna Mendes Sales; Matheus Oliveira dos Santos; Wesley Fontana Xavier; Eduardo Gazola Santineli Vilar; Lucas Ferreira de Carvalho Cavalcanti; Thays Munyque Barbosa Attie; Tauãna Terra Cordeiro de Oliveira; Aline Aparecida Fernandes Quista; Thiago de Santana Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
