Atualizações e avanços na etiopatogenia e tratamento dos tumores da articulação temporomandibular
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9104Palavras-chave:
Articulação temporomandibular; Transtornos da Articulação temporomandibular; Neoplasias ósseas; Neoplasias maxilares; Deformidades dentofaciais.Resumo
Introdução: Os tumores, neoplásicos ou não neoplásicos, que acometem a articulação temporomandibular (ATM) são incomuns e, clinicamente, os sintomas manifestam-se de forma semelhantes aos diversos transtornos que acometem a ATM, tais quais: dor, limitação de abertura bucal e alterações oclusais. Objetivo: avaliar os principais aspectos relacionados a etiopatogenia, diagnóstico e modalidades de tratamento dos principais tumores e pseudotumores que acometem a ATM, através de uma revisão narrativa da literatura atual. Metodologia: Foi realizada uma busca em fontes indexadas ao Google acadêmico e na Medline (via Pubmed), através dos seguintes descritores e meshes: Articulação temporomandibular; Transtornos da articulação temporomandibular; Neoplasias maxilares; Neoplasias ósseas e Deformidades dentofaciais. Resultados e discussão: Foram encontrados artigos sobre a etiopatogenia, modalidades diagnósticas e os aspectos relacionados ao tratamento dos principais tumores que acometem a ATM, tais quais o osteocondroma, a condromatose sinovial, tumor tenossinovial de células gigantes, os osteomas, condromas e condroblatomas, além das variedades malignas osteossarcoma e condrossarcoma. Considerações finais: os exames complementares são fundamentais para o diagnóstico diferencial dessas patologias, visto a inespecificidade dos sintomas normalmente associados, além de serem importantes para traçar o quadro evolutivo das lesões e para o planejamento cirúrgico que envolve a maior parte dos casos. Quando necessária, a ressecção cirúrgica desses tumores, muitas vezes está associada a reconstrução da articulação e a correção da deformidade dento-facial residual, promovendo uma melhor função articular, diminuindo os sintomas, em alguns casos melhorando a estética, e por fim devolvendo qualidade de vida para os pacientes acometidos.
Referências
Aires, C. C. G., Alencar e Sá, J. M., Silva, A. J., Abreu, R. A. B., & Vasconcellos, R. J. H. (2020). Surgical treatment of periosteal osteoma in mandible – case report. Research, Society and Development, 9(9): e508997526.
Bouloux, G. F., Roser, S. M., & Abramowicz S. Pediatric tumors of the temporomandibular joint. (2018). Oral Maxillofacial Surgery Clinics of North America, 30(1), 61-70.
Brabyn, P., Capote, A., Guerra, M. F. M., Zylberberg, I., Campo, F. J. R., & Gías L. N. (2018). Arthroscopic Management of Synovial Chondromatosis of the Temporomandibular Joint. Case Series and Systematic Review. Journal of Maxillofacial and Oral Surgery, 17(4): 401–409.
Carlson, M. L., Osetinsky, L. M., Alon, E. E., Inwards, C. Y., John I Lane, J. I., & Moore, E. J. (2017). Tenosynovial giant cell tumors of the Temporomandibular joint and lateral skull base: Review of 11 cases. Laryngoscope, 127(10): 2340-2346.
Chrcanovic, B. R., & Souza, L. N. (2012) A importância do diagnóstico diferencial entre o Osteossarcoma de baixo grau e a Displasia Fibrosa – revisão de literatura. Arquivo Brasileiro de Odontologia, 8(2), 55-62.
De Bartoli, M. M., Maciel, L. F. O., Alencar, M. G. M., Silva, T. C. G., & Vasconcellos, R.J.H. (2018). Surgical Treatment of Osteoma in the Basilar Region of the Mandible. Journal of Craniofacial Surgery. 29(3):e303-e304.
Duarte, M. L., Ribeiro, D. P. P., Prado, J. L. M. A., & Scoppetta, L. C. D. (2016). Condrossarcoma do septo nasal - Uma neoplasia rara. Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial, 54(3), 199-202.
Hamza, A., Gidley, P. W., Learned, K. O., Hanna, E. Y., & Bell D. (2020). Uncommon tumors of temporomandibular joint: An institutional experience and review. Head Neck, 42(8), 1859-1873.
International agency for research on cancer (IARC). (2017). WHO Classification of head and neck tumours. Lyon: IARC.
Issa, A., Abdulnabi, H. A., & Alshewered, A. S. H. (2019).Intra-articular osteoid osteoma of tempromandibular joint:A case report. International Journal of Surgery Case Reports, 62, 9-13.
Kim, D. S., Kim, J. Y., Jeong, C. W., Park, K. H., & Huh, J. K. (2015). Conservative condylectomy alone for the correction of mandibular asymmetry caused by osteochondroma of the mandibular condyle: a report of five cases. Journal of Korean Association of Oral Maxillofacial Surgery, 41: 259-264.
Lima, L. F. C., Silva, F. A. J. C., Monteiro, M. H. A., & Oliveira Jr, G. (2020). Depression and anxiety and association with temporomandibular disorders - literature review. Research, Society and Development, 9(7): 1-11, e579974540.
Loureiro, B. M. C., Altemani, J. M. C., Reis, F., & Altemani, A. M. A. M. (2017). Osteossarcoma craniofacial: um enfoque imagenológico. Revista Brasileira de Odontologia, 74(2): 176-8.
Lukschal, L. F., Barbosa, R. M. L. B., Alvarenga, R. L., & Horta, M. C. R. (2013). Osteossarcoma em maxila: relato de caso. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, 54(1): 48-52.
Luo, X., Ren, X., Li, T., Li, Y., Ye, B., & Zhu, S. (2017). Ipsilateral sagittal split ramus osteotomy to facilitate reconstruction of thetemporomandibular joint after resection of condylar osteochondroma. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 55(6): 604-608.
MacIntosh, R. B., Khan, F., & Waligora, B. M. (2015). Chondrosarcoma of the temporomandibular disc: behavior over a 28-year observation period. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 73(3): 465-74.
Marchetti, C., Mazzoni, S., & Bertoni F. (2012). Chondroma of the mandibular condyle-relapse of a rare benign chondroid tumour after 5 years' follow-up: case report. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 50(5), e69-71.
Mehra, P., Arya, V., & Henry, C. (2015). TMJ Condylar Osteochondroma: Complete Condylectomy and Joint Replacement vs. Low Condylectomy and Joint Preservation, Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 74(5), 911-25.
Neville, B. W., Damm, D. D., Allen, C. M., & Chi, A. C. (2016). Patologia oral e maxillofacial (4a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier editora Ltda.
Ostrofsky, M., Morkel, J. A., & Titinchi, F. (2019). Osteoma of the mandibular condyle: a rare case report and review of the literature. Journal of Stomatologia Oral Maxillofacial Surgery. 120(6), 584-587.
Poveda-Roda, R., Bagán, J. V., Sanchis, J. M., & Margaix, M. (2013). Pseudotumors and tumors of the temporomandibular joint: A review. Medicina oral Patologia Oral y Cirugia bucal, 18 (3), e392-402.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2). https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001
Shintaku, W. H., Venturin, J. S., Langlais, R. P., & Clark, G. P. (2010). Imaging Modalities to Access Bony Tumors and Hyperplasic Reactions of the Temporomandibular Joint. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 68, 1911-1921.
Valente, R., Abreu, T. C., Real, F. H. (2011). Osteossarcoma em mandíbula: Relato de caso. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, 11(4): 37-42.
Venneker, S., Kruisselbrink, A. B., Briaire-de Bruijn, I. H., Jong, Y., Wijnen, A. J. V., Danen, E. H. J., & Bovée, J. V. M. G. (2019). Inhibition of PARP Sensitizes Chondrosarcoma Cell Lines to Chemo- and Radiotherapy Irrespective of the IDH1 or IDH2 Mutation Status. Cancers. 11(12), 1918.
Wolford, L. M., Movahed, R, Dhameja, A., & Allen, W. R. (2014). Low Condylectomy and Orthognathic Surgery to Treat Mandibular Condylar Osteochondroma: Retrospective review of 37 cases. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery (2014), 72(9), 1704-28.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Carolina Chaves Gama Aires ; Luana dos Santos Fonseca Peixoto; Iasmin Fares Menezes de Lima; Carolina Pereira da Silva; Ricardo José De Holanda Vasconcellos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.