Vaginismo em idade reprodutiva: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9187

Palavras-chave:

Vaginismo; Saúde da mulher; Atividade sexual

Resumo

Uma vida sexual satisfatória é parte integrante da saúde do ser humano, importante para a autodeterminação e relações interpessoais. Dentre os fatores que prejudicam a qualidade da vida sexual está o Vaginismo - disfunção sexual, que acomete o assoalho pélvico feminino, inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) caracterizada pela contração involuntária dos músculos ao redor do orifício da vagina, causando dor e impossibilidade da manutenção da penetração durante o ato sexual. A causa do Vaginismo é ampla e multifatorial, considerada resultado da combinação de problemas físicos, emocionais e psicológicos, geralmente ligados à educação sexual castradora, punitiva, religiosa, e vivências sexuais traumáticas das mulheres. Tem-se elencado também, a síndrome de ansiedade como um dos fatores com grande potencial na interferência negativa da atividade sexual saudável e forte relação com a prática da episiotomia. Diante da repercussão negativa dessa disfunção sexual, esse artigo tem por objetivo compilar essas causas e ressaltar o tratamento do vaginismo por meio de uma revisão de literatura. Além de fomentar a atenção dos profissionais acerca do assunto, visto que, apesar do clima aparente de liberdade sexual, consultar para falar sobre dificuldades sexuais ainda é um tabu social, tanto resultado da inibição do paciente, quanto dentro dos consultórios com a pobre investigação de síndromes e doenças a partir de anamneses mais íntimas por parte dos especialistas.                                                                                                 

Palavras-chave: Vaginismo; Saúde da mulher; Atividade sexual.

Referências

Achour R, Koch M, Zgueb Y, Ouali U & Hmid R B (2019). Vaginismus and pregnancy: epidemiological profile and management difficulties. Psychol Res Behav Manag, (12), 137-143. doi: https://doi.org/10.2147/PRBM.S186950.

Alarcão V, Machado FL & Giami A (2016). The emergence and institutionalization of sexology in Portugal: processes, actors, and specificities. Cad. Saúde Pública, 32(8). doi: 10.1590/0102-311X00036215.

Berek SJ (2014). Tratado de ginecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.212.

Brasil APA & Abdo CHN (2016). Transtornos sexuais dolorosos femininos [Internet]. Revista Diagnóstico & Tratamento, 21(2), 89-92.

Buzo DFD, Cruz NCD & Garbin RDF (2017). A importância do fortalecimento da musculatura do Assoalho Pélvico na satisfação sexual feminina (Tese de conclusão de curso). Faculdade de Fisioterapia, Faculdades Integradas de Fernandópolis, Fernandópolis, SP, Brasil.

Carvalho JCGR, Agualusa LM, Moreira LMR. & Da Costa JCM (2017). Multimodal therapeutic approach of vaginismus: an innovative approach through trigger point infiltration and pulsed radiofrequency of the pudendal nerve. Revista Brasileira de Anestesiologia, 67(6), 632-636.

Cherner RA & Reissing ED (2013). A comparative study of sexual function behavior, and cognitions of women with lifelong vaginismus. Arch Sex Behav,42(8), 1605-1614. doi: 10.1007/s10508-013-0111-3.

Correia LS, Brasil C, Silva MD, Silva DFC, Amorim HO & Lordêlo P (2016). Função sexual e qualidade de vida de mulheres: um estudo observacional. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 32(6), 405-409.

Drake RL, Vogl AW, Mitchell AWM, Tibbitts R & Richardson P (2020). Atlas de anatomia de Gray (3a ed.). Filadélfia: Elsevier.

Karrouri R (2017). Non-consummation of marriage and vaginismus: about three clinical cases. The Pan African Medical Journal, 60(27).

Lucena BBD & Abdo CHN (2016). O papel da ansiedade na (dis)função sexual. Diagn Tratamento: Medicina Sexual, 21(2), 89-92.

Lucena BB (2013). (Dis)função sexual, depressão e ansiedade em pacientes ginecológicos (Dissertação de mestrado). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Mashid B & Zahra BK (2019). Couple Therapy and Vaginismus: A single case approach. Journal of Sex & Marital Therapy, 45(8), 667-672. doi: 10.1080/0092623X.2019.1610126.

Melnik T, Hawton K & McGuire H (2012). Interventions for vaginismus (Review). Cochrane Database Syst Rev., 12(12):CD001760. doi: 10.1002/14651858.CD001760.pub2. PMID: 23235583; PMCID: PMC7072531.

Moreira RLBD (2013). Vaginismo. Rev Med Minas Gerais, 23(3), 336-342.

Moura AA & Cirqueira PR (2019). Sintomas do Vaginismo em Mulheres Submetidas à Episiotomia. Id on Line Revista multidisciplinar e de psicologia, 13(43 Suppl 1), 329-339.

Neto FSS & Jericó ALP (2020). Intervenções fisioterapêuticas no tratamento da dispareunia feminina: um estudo exploratório. Research, Society and Development, 9(9), 1-24, e209996570.

Pereira AS et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Peruzzi J & Batista PA (2018). Fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico e na sexualidade durante o período gestacional. Fisioterapia Brasil, 19(2), 177-182.

Rao TSS & Nagaraj AKM (2015). Female sexuality. Indian J Psychiatry, 57(6 Suppl 2), 296-302.

Reynolds F (2011). Analgesia do parto e bebê: boas notícias não são novidade. Revista Internacional de Anestesia Obstétrica , 20 (1), 38-50.

Silva Neto FS, Silva, JL, Morais JD & Pontes IEA (2020). Satisfaction of women attended by the physiotherapy service during labor. Research, Society and Development, 9(7), 1-15, e765974801.

Silva JL, Marinho DES, Neto FSS, Pontes IEA (2020). Efeitos da ginástica hipopressiva no prolapso de órgãos pélvicos: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(8), 1-18, e375985397.

Shifren, JL (2020). Overview of sexual dysfunction in women: Management. In: Barbieri RL & Chkrabarti A (Eds), UptoDate.. Disponível em https://www.uptodate.com/contents/overview-of-sexual-dysfunction-in-women-management;

Tourrilhes E, Veluire M, Hervé D & Nohuz E (2019). Pronostic obstétrical des femmes atteintes de vaginisme primaire. PanAfrican Medical Journal, 32(160). doi: 10.11604/pamj.2019.32.160.16083.

Viñaspre Hernández, R. R. (2018). Eficacia de la gimnasia abdominal hipopresiva en la rehabilitación del suelo pélvico de las mujeres: revisión sistemática. Actas Urológicas Españolas, 42(9), 557-566.

Downloads

Publicado

21/10/2020

Como Citar

CARPENEDO FRARE, L. E. .; NARDI BOSCARIOLI, M. L.; SABEC PEREIRA, D. K. Vaginismo em idade reprodutiva: uma revisão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e8579109187, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9187. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9187. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde