Perfil epidemiológico da coinfecção por HIV e leishmaniose visceral no estado de Alagoas, 2009 – 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9203

Palavras-chave:

Epidemiologia; Leishmaniose Visceral; Infecção por HIV; Coinfecção; Alagoas.

Resumo

Objetivo: Qualificar o perfil epidemiológico da coinfecção por HIV e leishmaniose visceral no estado de Alagoas nos últimos 10 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo dos casos confirmados de leishmaniose visceral por coinfecção por HIV no estado de Alagoas no período de 2009 a 2019. Os dados utilizados são secundários do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN) encontrados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Nos últimos 10 anos foram notificados 503 casos de Leishmaniose Visceral (LV) no estado de Alagoas, sendo 27 (5,37%) são coinfectados por HIV. Ao analisar o perfil de casos confirmados de Leishmaniose por coinfecção HIV, constatou-se que 77,8% são do sexo masculino, a faixa etária de 20 a 39 anos prevaleceu com 63% dos casos notificados. Conclusão: Os resultados encontrados no presente estudo mostram que em Alagoas houve prevalência da Leishmaniose por coinfecção HIV em homens na idade reprodutiva e de baixa escolaridade. Nesse sentido, compreender a dinâmica epidemiológica da LV, HIV/AIDS e da coinfecção LV/HIV-AIDS se torna prioritário a inclusão de ofertas de educação em saúde devido à falta de informação como os fatores de riscos relacionados às patologias de forma a evitar a coinfecção de HIV-LV no estado de Alagoas. Portanto a formulação de medidas eficazes para o controle dessas patologias que são tão relevantes para o serviço público de saúde e epidemiológico.

Referências

Abbas, A. K., Lichtman, A. H., & Pillai, S. (2008). Imunologia celular e molecular. Elsevier Brasil.

Alvar, J., Aparicio, P., Aseffa, A., Den Boer, M., Canavate, C., Dedet, JP, ... & Moreno, J. (2008). A relação entre leishmaniose e AIDS: os segundos 10 anos. Clinical microbiology reviews , 21 (2), 334-359. DOI: https://doi.org/ 10.1128/CMR.00061-07

Coutinho, J. V. S. C., Santos, F. S. D., Ribeiro, R. D. S. P., Oliveira, I. B. B., Dantas, V. B., Santos, A. B. F. S., & Tauhata, J. R. (2017). Visceral leishmaniasis and leishmaniasis-HIV coinfection: comparative study. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 50(5), 670-674. DOI: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0193-2017

Furlan, M. B. G. (2010). Epidemia de leishmaniose visceral no Município de Campo Grande-MS, 2002 a 2006. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 19(1), 16-25.

Haak, T. C. (2016). Perfil Epidemiológico, clínico e laboratorial das leishmanioses e da coinfecção leishmaniose-HIV no Brasil e levantamento de dados da coinfecção LVA-HIV no período de 2007 a 2013. Conclusão de curso (Programa de Aprimoramento Profissional). Secretaria de Estado da Saúde Coordenadoria de Controle de Doenças Instituto Adolfo Lutz, 2016.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020) Cidades e Estados: Alagoas. Recuperado em 02, de outubro, de 2020 em ttps://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/al/.html?.

Ministério da Saúde. (2011). Manual de recomendações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com a coinfecção Leishmania-HIV. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica.

Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. AIDS 2010. Boletim Epidemiológico. 2010; 8(1):3-24 Recuperado em 07, de outubro, de 2020 em http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50652/vers_o_preliminar_69324.pdf

Neves, D. P., ALd, M., Linardi, P. M., & Vitor, R. W. A. (2016). Parasitologia humana. ed. Editora Atheneu.

Organização Mundial da Saúde (2020). Leishmaniasis: Situation and trends. Recuperado em 05, de outubro, de 2020 em https://www.who.int/gho/neglected_diseases/leishmaniasis/en/

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_%20Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Rabello, A., Orsini, M., & Disch, J. (2003). Leishmania/HIV co-infection in Brazil: an appraisal. Annals of Tropical Medicine & Parasitology, 97(sup1), 17-28.

Santos, T. A. D., & Martins, M. M. F. (2018). Perfil dos casos de reingresso após abandono do tratamento da tuberculose em Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos Saúde Coletiva, 26(3), 233-240. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462x201800030235

SESAU. (2002) Atualização do Plano Diretor de Regionalização. PDR/AL. Recuperado em 07, de outubro, de 2020 em http://cidadao.saude.al.gov.br/wp-content/uploads/2019/08/PDR_AL_2002_APROVADO-PELA-RESOLU%C3%87%C3%83O-CIB-45.2001.pdf

SESAU. (2011) Plano Diretor de Regionalização da Saúde de Alagoas. PDR/AL. Recuperado em 07, de outubro, de 2020 em http://cidadao.saude.al.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/Plano-Diretor-Regionalizacao-2011.pdf.

Sousa-Gomes, M. L. D., Maia-Elkhoury, A. N. S., Pelissari, D. M., Lima Junior, F. E. F. D., Sena, J. M. D., & Cechinel, M. P. (2011). Coinfecção Leishmania-HIV no Brasil: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 20(4), 519-526. DOI: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000400011

Souza, E. C., Braga, K. L., da Silva, T. K., & de Lira Silva, M. (2020). Apresentação clínica da leishmaniose visceral em pacientes portadores do HIV: Análise dos Fatores Relacionados ao Aparecimento da Doença/Clinical presentation of visceral leishmaniasis in patients with HIV: Analysis of disease-related factors. Brazilian Journal of Health Review, 3(2), 1766-1777. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv3n2-037

Werneck, G. L. (2010). Expansão geográfica da leishmaniose visceral no Brasil. Recuperado em https://www.scielosp.org/article/csp/2010.v26n4/644-645/pt/#

Downloads

Publicado

16/10/2020

Como Citar

LIRA, J. L. M. .; CALADO, M. F. .; OLIVEIRA, L. de L. Perfil epidemiológico da coinfecção por HIV e leishmaniose visceral no estado de Alagoas, 2009 – 2019. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e7249109203, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9203. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9203. Acesso em: 16 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde