Avaliação da qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores de adolescentes com transtorno do espectro do autismo em Recife, Estado de Pernambuco, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9243Palavras-chave:
Cuidadores; Pessoas com deficiência; Qualidade de Vida; Sobrecarga.Resumo
O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade de vida e a sobrecarga de cuidadores de adolescentes de 10 a 19 anos de idade com transtorno do espectro do autismo, matriculados nas escolas públicas estaduais e privadas em Recife. Estudo transversal com amostra de 57 cuidadores (44 na escola pública estadual e 13 na privada). Os dados foram coletados através dos instrumentos: The World Health Organization for Quality of Life (versão abreviada) na avaliação da qualidade de vida e Zarit Burden Interview Scale para avaliação da sobrecarga. Para análise foi utilizado o programa estatístico Statistical Package for Social Science, versão 17.0, com nível de significância p<0,05. A amostra, em sua maioria eram mães (89,5%) que tinham como principal ocupação a do lar (71,9%), com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (70,2%). Apresentaram uma menor percepção de qualidade de vida global no domínio ambiental (40,95), seguidos pelos domínios psicológico (47,22), físico (51,44) e social (53,95). Avaliou-se a qualidade de vida na rede escolar pública estadual e obteve-se maior média para o domínio social (56,25) e o menor o ambiental (39,42). Na rede privada a maior média foi o domínio físico (49,45) e as menores para os domínios ambiental e social (idênticas em 46,15). A maior sobrecarga global para os cuidadores foi à rede escolar pública estadual (45,18). A qualidade de vida e sobrecargas dos cuidadores é baixa e existe a necessidade de subsídio do Estado para a melhoria da percepção de qualidade de vida e sobrecarga na rede pública estadual.
Referências
Almeida, M. A. B., Gutierrez, G. L., Marques, R. (2012). Qualidade de vida: definição, conceitos e interfaces com outras áreas, de pesquisa. São Paulo, SP: Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH/USP.
Aragão A. T. M., Milagres, E., Figlie, N. B. (2009). Qualidade de vida e desesperança em familiares de dependentes químicos. Psico-USF, 14(1), 117-123.
Braccialli, L. M. P., Bagagi, O. S., Sankako, N. A., Araújo, R. C. T. (2012). Qualidade de vida de cuidadores de pessoas com necessidades especiais. Rev. Bras. Educ. Espec, 18(1), 13-126.
Byzatto L. L., Beresin R. (2008). Qualidade de vida dos pais de crianças portadoras da síndrome de Down. Einstein, 6(2), 175-181.
Camargos, A. C. R., Lacerda, T. T. B. D., Viana, S. O., Pinto, L.R.A., Fonseca, M. L. S. (2009). Avaliação da sobrecargado cuidador de crianças com paralisia cerebral através da escala Burden Interview. Rev Bras Saúde MaternInfant, 9(1), 31-37.
Chapell, N. L., Reid, R.C. (2002). Burden and well-being among caregivers: examining the distinction. Gerontologist, 42(6), 772-780.
Chaim, M. P. M., Costa Neto, S. B., Pereira, A. F., & Grossi, F. R. S. (2019). Qualidade de vida de cuidadores de crianças com transtorno do espectro autista: revisão da literatura. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, 19(1), 9-34.
Fleck, M. P. A et al. (2000). Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Rev de Saúde Pública, 34(2), 32-39.
Lemos, A. C. O., Katz, C. R. T. (2012). Condições de saúde bucal e acesso ao tratamento odontológico de pacientes com paralisia cerebral atendidos em um centro de referência do Nordeste - Brasil. Rev. CEFAC, 14(5), 861-871.
Oliveira, E. F., Limongi, S. C. O. (2011). Qualidade de vida de pais/cuidadores de crianças e adolescentes com síndrome de Down. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 23(4), 2-10.
Organização Mundial da Saúde (OMS) (1993). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas.
Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Pimenta, R. A., Rodrigues, L. A., Gregoul, M. (2010) Avaliação da qualidade de vida e sobrecarga de pessoas com deficiência intelectual. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 14(3), 69-76.
Raina, P., O’donnell, M., Rosenbaum, P., Brehaut, J., Walter, S.D., Russell, D., et al. (2005). The health andwell-being of caregivers of children with cerebral palsy. Pediatrics, 115(6), 626-636.
Rondine C. A., Justo J.S., Filho, F.S.T., Lucca, J.A.C., Oliveira, P.A. (2011). Análise das relações entre qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores de idosos de Assis, SP. Estudos e pesquisas em psicologia. 11(3), 796-820.
Scazufca, M. (2002). Brazilian version of the Burden Interview scale for the assessment of burden of care in casres of the people with mental illnesses. Revista Brasileira de Psiquiatria, 24(1), 12-17.
Vilarta, R. (2014). Qualidade de Vida e Políticas Públicas: Saúde, Lazer e Atividade Física. Campinas: IPES Editorial.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ivson Gouveia Cursino; Rogéria Sandra Tenório Ferro Cursino; Hiuryellen da Silva Xavier; Ana Carolina Pereira Gomes; Híttalo Carlos Rodrigues de Almeida; Viviane Colares Soares de Andrade Amorim; Sandra Conceição Maria Vieira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.