Avaliação da eficácia da elastografia na diferenciação de nódulos mamários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9374

Palavras-chave:

Nódulos Mamários; Elastografia; Ultrassom modo-B.

Resumo

Introdução: O câncer de mama está entre os tumores mais comuns em mulheres. Os métodos convencionais de imagem para avaliação dos nódulos mamários (Ultrassonografia e mamografia) apresentam altas taxas de sensibilidade, porém cursam, ainda, com grande número de falsos positivos. Neste sentido, diversos autores têm descrito que a elastografia pode auxiliar nesse processo. Trata-se de uma ferramenta relativamente recente que é disponível em alguns dispositivos de Ultrassonografia (USG) e avalia a deformidade do tecido em resposta a uma compressão imposta, promovendo informações acerca da elasticidade/rigidez do tecido. Tendo isso em vista, o objetivo do presente estudo é avaliar a eficácia da elastografia para diferenciar os tipos histológicos de nódulos e comparar sua eficácia com a classificação de BI-RADS. Método: Trata-se de um coorte prospectivo que realizou ultrassonografia padrão e com elastografia strain em pacientes com nódulos de mama. A biópsia foi realizada quando necessária. Os valores do percentual de área rígida (AR), identificados pela elastografia, foram comparados entre as diferentes classes da classificação tradicional de BI-RADS, bem como foram comparados entre o grupo benigno e maligno, caracterizados a partir dos achados histopatológicos. Resultados: Ao todo, 128 pacientes do sexo feminino foram incluídas no estudo. Foi demonstrado que os grupos BI-RADS 4B, 4C e 5 apresentam valores maiores de percentual de AR. Demonstrou-se uma diferença estatisticamente significativa entre o % de AR nos tumores benignos e malignos. Conclusões: Os achados da elastografia associados ao cálculo de área rígida podem aumentar a probabilidade diagnóstica de câncer de mama, podendo ser usados na avaliação mamária rotineira.

Referências

Buchberger, W., Niehoff, A., Obrist, P., DeKoekkoek-Doll, P., & Dünser, M. (2000). Clinically and mammographically occult breast lesions: Detection and classification with high-resolution sonography. Seminars in Ultrasound CT and MRI, 21(4), 325–336. https://doi.org/10.1016/S0887-2171(00)90027-1

Coughlin, S. . (2019). Epidemiology of Breast Cancer in Women. In: Ahmad A. (eds) Breast Cancer Metastasis and Drug Resistance. Advances in Experimental Medicine and Biology. Springer, Cham., 1152.

Duncan, J. L., Cederbom, G. J., Champaign, J. L., Smetherman, D. H., King, T. A., Farr, G. H., Waring, A. N., Bolton, J. S., & Fuhrman, G. M. (2000). Benign diagnosis by image-guided core-needle breast biopsy. American Surgeon, 66(1), 5–10.

Faruk, T., Islam, M. K., Arefin, S., & Haq, M. Z. (2015). The Journey of Elastography: Background, Current Status, and Future Possibilities in Breast Cancer Diagnosis. Clinical Breast Cancer, 15(5), 313–324. https://doi.org/10.1016/j.clbc.2015.01.002

Ferlay, J., Soerjomataram, I., Dikshit, R., Eser, S., Mathers, C., Rebelo, M., Parkin, D. M., Forman, D., & Bray, F. (2015). Cancer incidence and mortality worldwide: Sources, methods and major patterns in GLOBOCAN 2012. International Journal of Cancer, 136(5), E359–E386. https://doi.org/10.1002/ijc.29210

Gkali, C. A., Chalazonitis, A. N., Feida, E., Sotiropoulou, M., Giannos, A., Tsigginou, A., & Dimitrakakis, C. (2015). Breast elastography: How we do it. Ultrasound Quarterly, 31(4), 255–261. https://doi.org/10.1097/RUQ.0000000000000180

Graziano, L., Bitencourt, A., Cohen, M., Guatelli, C., Poli, M., Souza, J., & Marques, E. (2017). Elastographic Evaluation of Indeterminate Breast Masses on Ultrasound. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia / RBGO Gynecology and Obstetrics, 39(02), 072–079. https://doi.org/10.1055/s-0036-1597753

INCA. (2019). Incidência do Câncer no Brasil. Estimativa 2020, Rio de Janeiro.

Lee, J. H., Kim, S. H., Kang, B. J., Choi, J. J., Jeong, S. H., Yim, H. W., & Song, B. J. (2011). Role and clinical usefulness of elastography in small breast masses. Academic Radiology, 18(1), 74–80. https://doi.org/10.1016/j.acra.2010.07.014

Lehman, C. D., Lee, C. I., Loving, V. A., Portillo, M. S., Peacock, S., & Demartini, W. B. (2012). Accuracy and value of breast ultrasound for primary imaging evaluation of symptomatic women 30-39 years of age. American Journal of Roentgenology, 199(5), 1169–1177. https://doi.org/10.2214/AJR.12.8842

Levy, L., Suissa, M., Chiche, J., Teman, G., & Martin, B. (2007). BIRADS ultrasonography. Eur J Radiol., 61(2), 202–211. https://doi.org/10.1016/j.ejrad.2006.08.035

Mercado, C. L. (2014). BI-RADS Update. Radiologic Clinics of North America, 52(3), 481–487. https://doi.org/10.1016/j.rcl.2014.02.008

Ministério da Saúde, I. (2019). Estimativa 2020 Incidência de Câncer no Brasil.

Myers, E. R., Moorman, P., Gierisch, J. M., Havrilesky, L. J., Grimm, L. J., Ghate, S., Davidson, B., Mongtomery, R. C., Crowley, M. J., McCrory, D. C., Kendrick, A., & Sanders, G. D. (2015). Benefits and harms of breast cancer screening: A systematic review. JAMA - Journal of the American Medical Association, 314(15), 1615–1634. https://doi.org/10.1001/jama.2015.13183

Nascimento, J. H. R. do, Silva, V. D. da, & Maciel, A. C. (2010). Acurácia dos achados mamográficos do câncer de mama: correlação da classificação BI-RADS e achados histológicos. Radiologia Brasileira, 43(2), 91–96. https://doi.org/10.1590/s0100-39842010000200008

Roveda Junior, D., Piato, S., Oliveira, V. M. de, Rinaldi, J. F., Ferreira, C. A. P., & Fleury, E. de C. F. (2007). Valores preditivos das categorias 3, 4 e 5 do sistema BI-RADS em lesões mamárias nodulares não-palpáveis avaliadas por mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética. Radiologia Brasileira, 40(2), 93–98. https://doi.org/10.1590/s0100-39842007000200006

Scheel, J. R., Lee, J. M., Sprague, B. L., Lee, C. I., & Lehman, C. D. (2015). Screening ultrasound as an adjunct to mammography in women with mammographically dense breasts. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 212(1), 9–17. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2014.06.048

Silva, H. R., Costa, R. H. F., Neto, J. C. P., Júnior, C. A. A. de M., Pacheco, N. I., Brito, N. da S., Soares, F. C. dos S., Sousa, L. K. R. de, Reis, J. A. da S., Oliveira, J. E. de A., & Pessoa, G. T. (2020). Associação prevalência e fatores de risco entre obesidade e câncer de mama. Research, Society and Development, 9(3), e62932385. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2385

Spak, D. A., Plaxco, J. S., Santiago, L., Dryden, M. J., & Dogan, B. E. (2017). BI-RADS® fifth edition: A summary of changes. Diagnostic and Interventional Imaging, 98(3), 179–190. https://doi.org/10.1016/j.diii.2017.01.001

Stavros, A. T., Thickman, D., Rapp, C. L., Dennis, M. A., Parker, S. H., & Sisney, G. A. (1995). Solid breast nodules: Use of sonography to distinguish between benign and malignant lesions. Radiology, 196(1), 123–134. https://doi.org/10.1148/radiology.196.1.7784555

Torres-Tabanera, M., Cárdenas-Rebollo, J. M., Villar-Castaño, P., Sánchez-Gómez, S. M., Cobo-Soler, J., Montoro-Martos, E. E., & Sainz-Miranda, M. (2012). Análisis del valor predictivo positivo de las subcategorías BI-RADS®4: resultados preliminares en 880 lesiones. Radiologia, 54(6), 520–531. https://doi.org/10.1016/j.rx.2011.04.004

Downloads

Publicado

29/10/2020

Como Citar

CHAVES, J. P. P. .; PIRES, I. L. P. .; CHAVES JÚNIOR, M. A. .; FAVERO, P. . Avaliação da eficácia da elastografia na diferenciação de nódulos mamários . Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e9479109374, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9374. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9374. Acesso em: 4 jan. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde