Conhecimento especializado de professores de Língua Portuguesa PLTSK : transposição direta do MTSK
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9513Palavras-chave:
Conhecimento de professores; Conhecimento especializado; Conhecimento matemático; Língua Portuguesa; Ensino.Resumo
Os estudos sobre o conhecimento especializado de professores são realizados há anos em diversos países, com isso foram elaborados alguns modelos teóricos para as diferentes áreas do ensino. A pesquisa sobre os modelos teóricos de Física (PTSK[1]) e Química (CTSK[2]) iniciaram com a transposição direta do modelo de Conhecimentos Especializados de Professores de Matemática - MTSK, realizando a definição e descrição dos domínios e subdomínios capazes de caracterizar o conhecimento especializado de professores das disciplinas. O objetivo deste artigo foi avaliar a proposta de elaboração do modelo de Língua Portuguesa nomeado como Portuguese Language Teacher's Specialized Knowledge (Conhecimento Especializado de Professores de Língua Portuguesa – PLTSK) a partir da Professores de Matemática - MTSK, realizando a definição e descrição dos domínios e subdomínios capazes de caracterizar o conhecimento especializado de professores das disciplinas. O objetivo deste artigo foi avaliar a proposta de elaboração do modelo de Língua Portuguesa nomeado como Portuguese Language Teacher's Specialized Knowledge (Conhecimento Especializado de Professores de Língua Portuguesa – PLTSK) a partir da transposição direta do MTSK. Para realizar a modelagem do PLTSK, inicialmente, será feita a identificação de evidências do conhecimento especializado em artigos científicos classificados como Professional and Pedagogical Experience Repertorie (PaP-eRs), descrito por Loughran et al. como artigos que ilustram para o pesquisador os elementos que caracterizam o conhecimentos dos professores e permitem que sejam reconhecidos os aspectos da pedagogia, do conteúdo e do contexto. O encaminhamento metodológico será de cunho analítico-interpretativo, sendo a pesquisa qualitativa, o que possibilitará fazer a determinação sistemática do conhecimento especializado de professores de Língua Portuguesa. A elaboração do PLTSK trará inúmeros benefícios para a educação, como: melhor formação profissional, maior valorização da profissão docente e melhoria na qualidade do ensino da disciplina.
[1]PTSK - Sigla em inglês para: Physical Teacher's Specialized Knowledge.
4CTSK - Sigla em inglês para: Chemistry Teacher's Specialized Knowledge.
Referências
Antunes, I. (2003). Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola. 40.
Azevedo, F. (1976). A cultura brasileira. São Paulo: Melhoramentos/INL. Parte 3: A transmissão da cultura. 5.
Bakhtin, M. (1989). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec.
Ball, D. L., Thames, M. H., &; Phelps, G. (2008). Content Knowledge for Teaching: What Makes It Special? Journal of teacher education, 59 (5), 389-407.
Brasil. (2017). Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP (Comp.). Censo escolar da educação básica 2016: Notas estatísticas. Brasília, 29.
Carrillo, J., Avila, D. I. E., Mora, D. V., Medrano, E. F. (2014). Un marco teórico para el conocimiento especializado del professor de matemáticas, Universidad de Huelva Publicaciones.
Day, C. (1999). Developing Teachers: The Challenges of Lifelong Learning. Edição original. Porto: Porto Editora.
Fernandes, M. (2020). Concepções de linguagem e o ensino/aprendizagem de língua portuguesa. In: Interestudos. Recuperado de http://www.interletras.com.br/ed_an teriores/n1/inter_estudos/concepcoes.html
Fernandez, C. (2011) PCK - Conhecimento Pedagógico do Conteúdo: perspectivas e possibilidades para a formação de professores. In: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – ENPEC, Campinas, SP. Atas... Rio de Janeiro, RJ: ABRAPEC. (1), 1-12.
Loughran, J., Milory, P., Berry, A., Gunstone, R. & Mulhall, P. (2001). Documenting science teachers' pedagogical content knowledge through PaP-eRs. Research in Science Education, 31 (2), 289-307.
Lima, S. S.; Costa, L. D.; Soares, S. T. C., Silva Filho, V. P., Moriel Junior, J. G., & Mello, G. J. (2017) Análise de PaP-eRs como primeira aproximação metodológica para configurar o modelo de conhecimento especializado de professores de física (PTSK). In: Congresso Internacional de Formação e Desenvolvimento Profissional Docente – Residência Docente: Paradigma de Integração Teoria-Prática, 3, 1 - 5.
Lima, S. S. (2018) Conhecimento Especializado de Professores de Física: Proposta de Modelo. (Dissertação de mestrado). Instituto Federal de Mato Grosso em associação com Universidade de Cuiabá, Cuiabá.
Luís, M. (2015). Conhecimento Especializado de Professores de Biologia. (Tese de doutorado). Universidad de Huelva, Espanha.
Marques, M. (2018). Conhecimento Especializado de Professores de Biologia para ensinar Reprodução. (Dissertação de mestrado). Instituto Federal De Mato Grosso em associação com a Universidade de Cuiabá, Cuiabá.
Moreira, J.; Evangelista, E.; Mello, G. (2019). Conhecimento Especializado de Professores: Potencialidades do modelo da matemática para o ensino de língua portuguesa. In: IV Congresso Ibero-Americano de Conhecimento Especializado do Professor de Matemática, Huelva, Espanha.
Moriel Junior, J. G., & Alencar, A. P. (2019). Conhecimento especializado para ensinar Cálculo: um panorama da produção do COBENGE 2012-2017. Brazilian Journal of Development, 5(7), 7687-7702.
Moriel Junior, J. G. Conhecimento especializado para ensinar divisões de frações. (2014). Tese de Doutorado. (Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática – PPGECEM/REAMEC) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 162.
Moriel Junior, J. G.; y Wielewski, G. D. (2017). Base de conhecimento de professores de matemática: do genérico ao especializado. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 18 (2), 126-133.
Moriel Junior, J. G.; Alencar, A. P. (2018). Panorama quantitativo do COBENGE 2012-2017 sobre conhecimento especializado para ensinar Cálculo. In: WorkIF. Workif. Cuiabá: IFMT, 2018. 5, 11.
Novais, R. M. (2015). Docência Universitária: a base de conhecimentos para o ensino e o conhecimento pedagógico de conteúdo de um professor de ensino superior. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Física, ao Instituto de Química, ao Instituto de Biociências e à Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Nóvoa, A. (1992). Profissão professor. Porto: Porto. 72.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica [recurso eletrônico]. Santa Maria, RS: UFSM, NTE. (1)
Savola, L. (2008). Video-based analysis of mathematics classroom practice: examples from finland and Iceland. Doctoral dissertation. Universidad de Columbia. United States.
Silva, L. L. M. et al. (1986). O ensino de língua portuguesa no primeiro grau. São Paulo: Atual. (2).
Shulman, L. S. (1986). Those who understand: Knowledge growth in teaching. Education Researcher, 15 (2), 4 - 14.
Soares, S. T. C. (2018). Conhecimento Especializado de Professores de Química: Proposta de Modelo com detalhamento do Conhecimento dos Tópicos. (Dissertação de mestrado). Instituto Federal de Mato Grosso em associação com Universidade de Cuiabá, Cuiabá.
Tardif, M. (2013). Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes. 230-235.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Joseany Sebastiana da Silva Moreira; Marcela Marques Silva; Edson Gomes Evangelista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
