Caracterização do molho cremoso elaborado com extrato de soja crioconcentrado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9528Palavras-chave:
Emulsão; Produtos de soja; Maionese; Goma xantana; Aceitação sensorial.Resumo
Os molhos cremosos são consumidos em todo o mundo e podem ser formulados com diferentes ingredientes, obtendo produtos com algumas características específicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físico-químicas, a aceitação sensorial e as condições higiênico-sanitárias do molho cremoso feito com extrato de soja crioconcentrado. O extrato de soja crioconcentrado, sal, açúcar, ácido cítrico, goma xantana, ácido fosfórico e sorbato de potássio foram homogeneizados, o óleo de soja foi adicionado devagar sob agitação para formar a emulsão. O molho cremoso, elaborado sem a adição de ovos, foi avaliado pelas características físico-químicas, condições higiênico-sanitárias e aceitação sensorial. O molho cremoso apresentou boas características nutricionais, com maior teor proteico, menor teor lipídico e sem colesterol, comparando com maionese comercial. O pH e a acidez do molho cremoso foram baixos. A avaliação das condições higiênico-sanitárias do molho cremoso indicou que o produto é seguro para o consumo e atenderam às especificações da legislação. A microestrutura do molho cremoso foi dispersa com gotículas de óleo altamente embaladas, de diferentes tamanhos e polidispersas. A cor do molho foi clara e com tendência para o verde e amarelo. A aceitação foi satisfatória com 70% de aprovação e os atributos mais aceitos foram cor e textura. A intenção de compra foi superior a 90%. A formulação do molho cremoso utilizando o extrato de soja crioconcentrado e diferentes ingredientes pode ser modificada para melhorar algumas características e validade do produto.
Referências
Aider, M., & Halleux, D. (2009) Cryoconcentration technology in the bio-food industry: principles and applications. LWT - Food Science and Technology, 42(3), 679–685. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2008.08.013.
AOAC. (2016) .Official methods of analysis of AOAC International. 20 ed.
BRASIL. (2001). Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União da República, Brasília, DF, Brasil.
BRASIL. (2005). Resolução RDC n°268, de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para produtos protéicos de origem vegetal. Diário Oficial da União da República, Brasília, DF, Brasil.
Campos, D. C. P. Antoniassi, R., Deliza, R., Freitas, S. C., & Felberg, I. (2009). Molho cremoso à base de extrato de soja: estabilidade, propriedades reológicas, valor nutricional e aceitabilidade do consumidor. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 29(4), 919-926.
Chang, C., Li, J., Li, X., Wang, C., Zhou, B., Su, Y., Yang, Y. (2017). Effect of protein microparticle and pectin on properties of light mayonnaise. LWT - Food Science and Technology, 82(1), 8-14. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2017.04.013.
Chirife, J., Vigo, M. S., Gómez, R. G., & Favetto, G. J. (1989). Water activity and chemical composition of mayonnaises. Journal of Food Sicence, 54(6), 1658–1659. https://doi.org/10.1111/j.1365-2621.1989.tb05184.x.
Chivero, P., Gohtani, S., Yoshii, H., & Nakamura, A. (2016). Assessment of soy soluble polysaccharide, gum arabic and OSA-Starch as emulsifiers for mayonnaise-like emulsions. LWT - Food Science and Technology, 69, 59-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2015.12.064.
CIELAB system (2020). Color models. From: <http://sensing.konicaminolta.com.br/2013/11/entendendo-o-espaco-de-cor-lab/>. Acess in: mar 2020.
Cornelia, M., Siratantri, T., & Prawita, R. (2015). The Utilization of Extract Durian (Duriozibethinus L.) Seed Gum as an Emulsifier in Vegan Mayonnaise. Procedia Food Science, 3, 1-18. https://doi.org/10.1016/j.profoo.2015.01.001.
Di Mattia, C., Balestra, F., Sacchetti, G., Neri, L., Mastrocola, D., & Pittia, P. (2015). Physical and structural properties of extra-virgin olive oil based mayonnaise. LWT - Food Science and Technology, 62(1), 764-770. http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2014.09.065.
FDA, Food and Drug Administration. (1999). FDA final rule for food labeling: health claims: soy protein and coronary heart disease. Federal Register, 64, 57700-57733.
FIB, Food Ingredients Brasil. (2011). Dossiê Conservantes. From: <https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060507789001467204027.pdf>
FIB, Food Ingredients Brasil. (2015). Dossiê Gomas. From: <https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060956712001466776436.pdf>
Giacintucci, V., Mattia, C., Sacchetti, G., Neri, L., & Pittia, P. (2016). Role of olive oil phenolics in physical properties and stability of mayonnaise-like emulsions. Food Chemistry, 213, 369–377. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2016.06.095.
Hernández, E., Raventós, M., Auleda, J. M., & Ibarz, A. (2010). Freeze concentration of must in a pilot plant falling film cryoconcentrator. Innovative Food Science & Emerging Technologies, 11(1), 130–136. https://doi.org/10.1016/j.ifset.2009.08.014.
IMeN. Instituto de Metabolismo e Nutrição (2011). Perfil nutricional de maionese industrializada. A partir de laudos técnicos. From: <http://www.nutricaoclinica.com.br/_n1/pdfs/dossie_tecnico_cientifico_perfil_nutricional_maionese_industrializada.pdf>
Izidoro, D. R., Scheer, A. P., Negre, M. F. O., Haminiuk, C. W. & Sierakowski, M. R. (2008). Avaliação físico-química, colorimétrica e aceitação sensorial de emulsão estabilizada com polpa de banana verde. Revista Instituto Adolfo Lutz, 67(3), 167-176.
Jay, J. M., Loessner, M. J., & Golden, D. A. (2005). Modern Food Microbiology (7th ed.). New York: Springer. doi 10.1007/b100840.
Lersch, M. (2008). Texture – A hydrocolloid recipe collection. From: <http://blog.khymos.org/wp-content/2009/02/hydrocolloid-recipe-collection-v3.0.pdf>
Liu, H., Xu, X. M., & Guo, Sh. D. (2007). Rheological, texture and sensory properties of low-fat mayonnaise with different fat mimetics. LWT - Food Science and Technology, 40(6), 946-954. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2006.11.007.
Ma, Z. & Boye, J. I. (2013). Advances in the Design and Production of Reduced-Fat and Reduced-Cholesterol Salad Dressing and Mayonnaise: A Review. Food and Bioprocess Technology, 6, 648–670.
Mendes, M., Formigoni, M., Santos, S., Rodrigues, L., & Madrona, G. (2016). Determinação da qualidade físico-química e instrumental de maionese desenvolvida à base de óleo de coco. Higiene Alimentar, 30(260/261), 90-93.
Mun, S., Kim, Y. L., Kang, C. G., Park, K. H., Shim, J. Y., & Kim, Y. R. (2009). Development of reduced-fat mayonnaise using 4aGTase-modified rice starch and xanthan gum. International Journal of Biological Macromolecules, 44(5), 400–407. https://doi.org/10.1016/j.ijbiomac.2009.02.008.
Nakagawa, K., Nagahama, H., Maebashi, S., & Maeda, K. (2010). Usefulness of solute elution from frozen matrix for freeze-concentration technique. Chemical Engineering Research and Design, 88(5-6), 718–724. https://doi.org/10.1016/j.cherd.2009.11.007.
Nikzade, V., Tehrani, M. M., & Tarzjan, M. (2012). Optimization of low-cholesterol e low-fat mayonnaise formulation: Effect of using soy milk and some stabilizer by a mixture design approach. Food Hydrocolloids, 28(2), 344-352. https://doi.org/10.1016/j.foodhyd.2011.12.023.
Paulo, A. F. S., Silva, N. L. V., Seibel, N. F. (2018). Extrato de soja crioconcentrado aplicado na elaboração de maionese. In: Oliveira, A. F. Tópicos em Ciências e Tecnologia de Alimentos: Resultados de Pesquisas Acadêmicas. São Paulo: Blucher, v.4, p.139-174. DOI: 10.5151/9788580393538-06.
Petzold, G., Moreno, J., Lastra, P., Rojas, K., & Orellana, P. (2015). Block freeze concentration assisted by centrifugation applied to blueberry and pineapple juices. Innovative Food Science and Emerging Technologies, 30, 192-197. https://doi.org/10.1016/j.ifset.2015.03.007.
Quintana, S. E., Franco, J. M., Garcia-Zapateriro, L. (2015). Physico-chemical and bromatological characteristics of Arenca and rheological properties of oil-in-water emulsions containing isolated protein. Ciência e Agrotecnologia, 39(6), 634-641. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-70542015000600010
Ribeiro, G., Andrade, A., Daniels, J. & Seibel, N. F. (2014). Desenvolvimento de bebidas à base de soja com polpas de mamão e manga. Acta Scientiarum. Technology, 36(2), 341-347. https://doi.org/10.4025/actascitechnol.v36i2.21958.
Salgado, J., Carrer, J. & Danieli, F. (2006). Avaliação sensorial de maionese tradicional e maionese enriquecida com ervas aromáticas. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 26(4), 731-734. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-20612006000400002.
Seibel, N. F. (2018). Soja: cultivo, benefícios e processamento. Curitba: Editora CRV. DOI: 10.24824/978854442088.1.
Silva, J. B., Prudêncio, S. H., Felberg, I., Deliza, R. & Carrão-Panizzi, M.C. (2007). Aceitabilidade de bebidas preparadas a partir de diferentes extratos hidrossolúveis de soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira. 42(12), 1179-1784. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2007001200016.
Silva, N., Junqueira, V. C. A., Silveira, N. F. A., Taniwaki, M. H., Gomes, R. A. R., Okazaki, M. M. (2017). Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água (5ed). São Paulo: Blucher.
Villanueva, N. D. M., Petenate, A. J., & Silva, M. A. A. P. (2005). Performance of the hybrid hedonic scale as compared to the traditional hedonic, self-adjusting and ranking scales. Food Quality and Preference, 16(8), 691-703. https://doi.org/10.1016/j.foodqual.2005.03.013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ana Carolina Silva José; Ana Flávia Sampaio Paulo; Nadine Letícia Vieira da Silva; Elza Iouko Ida; Neusa Fátima Seibel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.