Perfil dos pacientes diagnosticados com esclerose múltipla em uma cidade da região Sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9533

Palavras-chave:

Esclerose Multipla; Diagnóstico; Manifestações Neurológicas; Epidemiologia.

Resumo

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica caracterizada pela desmielinização de feixes de fibras nervosas do Sistema Nervoso Central. Dessa forma, a condução neuronal deixa de ser saltatória, o que acarreta diminuição da velocidade dos impulsos nervosos. O objetivo desta pesquisa foi analisar o perfil dos pacientes portadores de EM nos últimos 7 anos em 3 centros de atendimento localizados na cidade de Cascavel, oeste do Paraná, região Sul do Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo de caráter transversal, com análise de prontuários médicos dos pacientes em 3 centros de atendimento no período de 2012 à 2018. Os dados foram coletados com um questionário (roteiro) elaborado pelos pesquisadores. As informações foram armazenadas no programa SPSS versão 20.0 obtendo valores de média, desvio padrão, mínimo, máximo, amplitude interquartil e valores de frequência absoluta e relativa. Foram estudados 24 pacientes do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A amostra estava diagnosticada, em média, há 6,6 anos. Os primeiros sintomas relatados foram motores/sensitivos, visuais ou cefaleia e cerca de 50% foram diagnosticados em menos de 1 ano. A idade média de diagnóstico dos pacientes foi com 34,8 anos. Constatou-se que 67,9% faziam ou já fizeram tratamento psicológico. Quanto ao tratamento medicamentoso para a EM, predominou entre os pacientes o uso de acetato glatirâmer, β-interferona 1a e natalizumabe. Por meio deste estudo verificou-se que a maior parte dos portadores de EM eram mulheres, em idade produtiva e com ensino médio completo. Em relação ao tempo entre o primeiro sintoma e a realização do diagnóstico, variou entre alguns dias até 20 anos.

Biografia do Autor

Barbara Biffi Gabardo, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

Acadêmica do Curso de Medicina no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, PR, Brasil

Everton Paulo Roman, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente e Docente no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, PR, Brasil.

Renatto Endler Iachinski, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

Neurologista com residência médica pelo Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), especialista em Neurofisiologia Clínica e Docente no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, PR, Brasil.

Heboni Sabadin, Universidade do Planalto Catarinense

Médica pela Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), Lages, SC, Brasil

Leonardo Silva Grassi, Universidade do Planalto Catarinense

Acadêmico do Curso de Medicina na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), Lages, SC, Brasil

João Pedro Zanatta, Universidade de Passo Fundo

Médico pela Universidade de Passo Fundo, RS, Brasil.

Layane Sanches Fernandes, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz

Acadêmica do Curso de Medicina no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, PR, Brasil

Referências

Aires A., Barros A., Machado C., Fitas D., Cação G, Pedrosa R, … Andrade C. (2019) Diagnostic Delay of Multiple Sclerosis in a Portuguese Population, Acta Med Port, 32(4):289-294. Recuperado de https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/ amp/article/view/11187. doi: 10.20344/amp.11187

Carmona N. P, Jover E. F, Sempere A. P. (2019) Epidemiología de la esclerosis múltiple en España. Revista de Neurología, 69(01):32-38. Recuperado de https://www.neurologia. com/articulo/2018477. doi:10.33588/rn.6901.2018477.

Cavenaghi V. B, Dobrianskyj F. M, Olival G. S, Carneiro R. P. C. D, Tilbery C. P. (2017) Characterization of the first symptoms of multiple sclerosis in a Brazilian center: cross-sectional study. Sao Paulo Medical Journal, 135(3):222-225. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-31802017000300222. doi:10.1590/1516-3180.2016.0200270117

Cerqueira, A. C. R., Nardi, A. E. (2011) Depressão e esclerose múltipla: um; a visão geral. Revista Brasileira de Neurologia, 47(4), 11-16. Recuperado de http://files.bvs.br /upload/S/0101-8469/2012/v47n4/a2944.pdf.

Gajofatto, A., Benedetti, M. (2015) Treatment strategies for multiple sclerosis: When to start, when to change, when to stop? World Journal of Clinical Cases, 3(7):545. Recuperado de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4517331/. doi: 10.12998/wjcc.v3.i7.545.

Mapping Multiple Sclerosis around the World [Internet]. Msif.org. 2013. Recuperado de http://www.msif.org/wp-content/uploads/2014/09/Atlas-of- MS.pdf

McDonald, W. I., Compston, A., Edan, G., Goodkin, D., Hartung, H. P., Lublin, F. D., Wolinsky, J. S. (2001) Recommended diagnostic criteria for multiple sclerosis: Guidelines from the international panel on the diagnosis of multiple sclerosis. Annals of Neurology, 50(1), 121-127. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11456302/. doi: 10.1002/ana.1032.

Mendes, M. F., Balsimelli, S., Stangehaus, G., Tilbery, C. P. (2004) Validação de escala de determinação funcional da qualidade de vida na esclerose múltipla para a língua portuguesa. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 62(1), 108-113. Recuperado de https://www.scielo.br/s cielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2004000100019&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. doi: 10.1590/S0004-282X2004000100019

Mendes, M. F., Tilbery, C. P., Balsimelli, S., Moreira, M. A., Barão-Cruz, A. M. (2003) Depressão na esclerose multipla forma remitente-recorrente. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 61(3A), 591-595. Recuperado de https://www.scielo.br/scielo.php?scr ipt=sci_arttext&pid=S0004-282X2003000400012&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. doi: 10.1590/S0004-282X2003000400012

Merritt, H., Rowland, L.. (2011) Tratado de neurologia. (12a ed.), Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2011.

Miller, D., Barkhof, F., Montalban, X., Thompson, A., Filippi, M. (2005) Clinically isolated syndromes suggestive of multiple sclerosis, part I: natural history, pathogenesis, diagnosis, and prognosis. The Lancet Neurology, 4(5):281-288. Recuperado de https://www.thelancet.com/journals/laneur/article/PIIS1474-4422(05)70071-5/fulltext. doi: 10.1016/S1474-4422(05)70071-5

Minguetti, G. (2001) Ressonância magnética na esclerose múltipla: análise de 270 casos. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 59(3A):563-569. Recuperado de https://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2001000400015&lng=en&nrm= iso&tlng =pt. doi: 10.1590/S0004-282X2001000400015

MS Treatments Multiple Sclerosis. MS International Federation. 2018. Recuperado de https://www.msif.org/living-with-ms/treatments/.

Noseworthy, J. H., Lucchinetti, C., Rodriguez, M., Weinshenker, B. G. (2000) Multiple Sclerosis. New England Journal of Medicine, 343(13):938-952. Recuperado de https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJM200009283431307?url_ver=Z39.88-2003&r fr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed doi: 10.1056/NEJM 20000928 3431307.

Oliveira, E., Souza, N. (1998) Esclerose Múltipla. Revista Neurociências, 6(3),114-118. Recuperado de http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/1998/RN%2006%2003/P ages%20from%20RN%2006%2003-4.pdf

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esclerose Múltipla. Conitec.gov.br. 2018 Recuperado de http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2018/Relatorio_PCDT_Escle roseMultipla.pdf.

Pugliatti, M., Rosati, G., Carton, H., Riise, T., Drulovic, J., Vecsei, L., et al. (2006) The epidemiology of multiple sclerosis in Europe. European Journal of Neurology, 13 (7), 700-722. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16834700/ doi: 10.1111/j.1468-1331.2006.01342.x

Thompson, A. J., Baranzini, S. E., Geurts, J., Hemmer, B., Ciccarelli, O. (2018) Multiple Sclerosis. Lancet, 391(10130), 1622-1636. Recuperado de https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2 9576504/ doi: 10.1016/S0140-6736(18)30481-1

Turner, A. P., Hartoonian, N., Hughes, A. J., Arewasikporn, A., Alschuler, K. N., Sloan, A. P., et al. (2019) Physical activity and depression in MS: The mediating role of behavioral activation. Disability and Health Journal,1-6. Recuperado de https://www.scien cedirect.com/science/article/abs/pii/S1936657419300639?via%3Dihubdoi: 10.1016/j.dhjo.2019.04.004

Wallace, C. J., Seland, T. P., Fong, T. C. (1992) Multiple sclerosis: the impact of MR imaging. American Journal of Roentgenology, 158(4):849-857. Recuperado de https://www.ajronline.org/doi/abs/10.2214/ajr.158.4.1546605. doi: 10.2214/ajr.158.4.1546605

Yadav, S., Mindur, J., Ito, K., Dhib-Jalbut, S. (2015) Advances in the immunopathogenesis of multiple sclerosis. Current Opinion in Neurology, 28(3), 206-219. Recuperado de https://journals.lww.com/co-neurology/Abstract/2015/06000/Advances_in_the_immunopatho genesis_of_multiple.2.aspx. doi: 10.1097/WCO.0000000000000205

Downloads

Publicado

06/11/2020

Como Citar

GABARDO, B. B. .; ROMAN, E. P.; IACHINSKI, R. E. .; SABADIN, H. .; GRASSI, L. S. .; ZANATTA, J. P.; FERNANDES, L. S. . Perfil dos pacientes diagnosticados com esclerose múltipla em uma cidade da região Sul do Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e1169119533, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9533. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9533. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde