Caracterização das pessoas atendidas em ambulatórios de saúde mental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9700

Palavras-chave:

Serviços de saúde mental; Assistência à saúde mental; Transtornos mentais; Medicalização.

Resumo

O objetivo do artigo foi identificar as características sociodemográficas e clínicas na admissão de pacientes adultos atendidos por equipe multiprofissional em ambulatórios de saúde mental. Pesquisa quantitativa realizada entre janeiro e março de 2019, em quatro ambulatórios de saúde mental, na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Nos 1780 prontuários contemplados, a maioria dos usuários eram do sexo feminino, entre 30 a 39 anos, sem parceiros, com poucas informação sobre raça/cor, com diagnóstico e utilização de psicofármacos anterior ao primeiro atendimento médico. 52,5% verbalizaram algum tipo de diagnóstico médico anterior, destes o de maior frequência foi transtorno depressivo 30,1%, seguido de transtornos ansiosos e alimentares 20,4%. Evidencia-se relação de sofrimento mental com o gênero feminino e a centralidade no trabalho do médico, mesmo com a presença de equipe multiprofissional.

Biografia do Autor

Mirelly Thaina de Oliveira Cebalho , Universidade Federal de Mato Grosso

Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, Mato Grosso. Graduanda de Enfermagem do 6° semestre

Kleici Kleslly Brito de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso

Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem, Cuiabá, Mato Grosso. Graduanda de Enfermagem do 6° semestre.

Referências

Bezerra, I. C., Morais, J. B., Paula, M. L., Silva, T. M. R., & Jorge, M. S. B. (2016). Uso de psicofármacos na atenção psicossocial: uma análise à luz da gestão do cuidado. Saúde em Debate, 40(110), 148-161. Disponível em https://doi.org/10.1590/0103-1104201611011.

Boeff, M. C, & Souza, T. C. (2020). Gênero e diagnóstico em saúde mental: que relação é essa? Revista Relações Sociais, 03(01), 50-55. Recuperado de https://periodicos.u fv.br/reves/article/view/9520/5309.

Borba, L. O.; Maftum, M. A., Vayego, S. A., Kalinke, L. P., Ferreira, A. C. Z., & Capistrano, F. C. (2017). Perfil do portador de transtorno mental em tratamento no centro de atenção psicossocial (CAPS). Revista Mineira de Enfermagem, 21: e1010, 1-7. Recuperado de http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20170020.

Brasil. (2001). Congresso Nacional. Lei 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Recuperado de http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10216.htm.

Brasil. (2017). Ministério da saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° Nº 3.588, de 21 de dezembro de 2017. Altera as Portarias de Consolidação n° 3 e nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a Rede de Atenção Psicossocial, e dá outras providências. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12_2017.html.

Cardozo, T. B., & Monteiro, R. A. P. (2020). Da psiquiatria tradicional à reforma psiquiátrica: o ambulatório de saúde mental como serviço de tratamento. Revista Psicologia e Saúde, 12(2), 31-44. Recuperado de https://dx.doi.org/10.20435/pssa.v0i0.768.

Crocetta, D., Araujo, D., & Garcia, L. (2020). Análise do perfil epidemiológico dos pacientes atendidos pela psiquiatria em um ambulatório escola. Arquivos Catarinenses de Medicina, 49(2), 104-116. Recuperado de http://acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/ article/view/676/426

Cruz, D., Sena, E., Moreira, R., Teixeira, J., Lira, L., Anjos, K., & Santos, V. (2015). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes atendidos em ambulatório psiquiátrico. Revista Cubana De Enfermería, 30(3). Recuperado de http://www.revenfermeria.sld. cu/index.php/enf/article/view/217/93.

Damous, I., & Erlich, H. (2017). O ambulatório de saúde mental na rede de atenção psicossocial: reflexões sobre a clínica e a expansão das políticas de atenção primária. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 27(4), 911-932. Disponível em https://doi.org/10.1590/s0103-73312017000400004.

Ferreira, C., Costa, C. P. Gastaud, M. (2017). Perfil de idosos que buscam psicoterapia em ambulatório de saúde mental. Revista Brasileira de Psicoterapia (Online), 19(3), 17-32. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-906297?lang=es.

Fernandes, C. S. E., Lima, M. G., & Barros, M. B. A. (2020). Problemas emocionais e uso de medicamentos psicotrópicos: uma abordagem da desigualdade racial. Ciência & Saúde Coletiva, 25(5), 1677-1688. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1413-8123202025 5.33362019.

França, G. K. C. S., & França, H. A. (2016). A estigmatização da loucura e a exclusão social. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade, 2(1), 65-81. Recuperado de http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/4541.

Freitas, F., & Amarante, P. (2015). Medicalização em psiquiatria, Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

Gomes, A. L. C., & Nagashima, A. M. S. (2018). O Feminino Aprisionado, Patologizado e Medicalizado: Impactos na Saúde Mental das Mulheres. In: Amarante, P., Pitta, A. M. F., & Oliveira, W. F. (Orgs). Patologização e Medicalização da vida: epistemiologia e política. São Paulo: Zagodoni.

Hiany, N., Vieira, M. A., Gusmão, R. O., & Barbosa, S. (2018). Perfil Epidemiológico dos Transtornos Mentais na População Adulta no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, 86(24). Recuperado de https://revistaenfermagematual.co m.br/index.php/revista/article/view/676.

Lemos, F. C. S., Galindo, D., Rodrigues, R. V., & Ferreira, E. T. A. (2019). Resistências frente à medicalização da existência. Fractal: Revista de Psicologia, 31(2), 158-164. https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i2/5567.

Naloto, D. C. C., Lopes, F. C., Barberato Filho, S., Lopes, L. C., Del Fiol, F. S., & Bergamaschi, C. C. (2016). Prescrição de benzodiazepínicos para adultos e idosos de um ambulatório de saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, 21(4), 1267-1276. https://doi.org/10.1590/1413-81232015214.10292015.

Nascimento, L. A., & Leão, A. (2019). Estigma social e estigma internalizado: a voz das pessoas com transtorno mental e os enfrentamentos necessários. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 26(1), 103-121. https://doi.org/10.1590/s0104-59702019000100007.

Nunes, M. O., Lima Júnior, J. M., Portugal, C. M., & Torrenté, M. (2019). Reforma e contrarreforma psiquiátrica: análise de uma crise sociopolítica e sanitária a nível nacional e regional. Ciência & Saúde Coletiva, 24(12), 4489-4498. https://doi.org/10.1590/1413-812320182412.25252019.

Paiano, M., Maftum, M. A., Haddad, M. C. L., & Marcon, S. S. (2016). Ambulatório de saúde mental: fragilidades apontadas por profissionais. Texto & Contexto - Enfermagem, 25(3). https://doi.org/10.1590/0104-07072016000040014.

Park, S-C., Shinfuku, N., Maramis, M. M., Lee, M-S., Park, Y. C. (2015). Adjunctive Antipsychotic Prescriptions for Outpatients with Depressive Disorders in Asia: The Research on Asian Psychotropic Prescription Patterns for Antidepressants (REAP-AD) Study. American Journal of Psychiatry, 172(7), 684-685. https://doi.org/10.1176/a ppi.ajp.2015.14121590

Peixoto, F. M. S., Silva, K. V. L. G., Carvalho, I. L. N., Ramos, A. G. B., Silva, I. L., Lacerda, G. M., Lemos, I. C. S., Kerntopf, M. R. (2017). Perfil Epidemiológico de Usuários de um Centro de Atenção Psicossocial em Pernambuco, Brasil. Journal Health Sciences, 19(2), 114-9. Recuperado de https://revista.pgsskroton.com/index.php/JHealthSci/a rticle/view/4014.

Pereira, M. O., Souza, J. M., Costa, Â. M., Vargas, D., Oliveira, M. A. F., & Moura, W. N. (2012). Perfil dos usuários de serviços de Saúde Mental do município de Lorena - São Paulo. Acta Paulista de Enfermagem, 25(1), 48-54. https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000100009.

Ponte, A. S., Bolli, A. C. V. B., Vogt, M. S. L., Delboni, M. C. C., & Piovezan, R. A. (2014). Caracterização demográfica de usuários do ambulatório de saúde mental de Santa Maria – RS. Saúde (Santa Maria), 40(2), 105-114. http://dx.doi.org/10.5902/2236583412535.

Quinderé, P. H. D., Jorge, M. S. B., & Franco, T. B. (2014). Rede de Atenção Psicossocial: qual o lugar da saúde mental? Physis: Revista de Saúde Coletiva, 24(1), 253-271. https://doi.org/10.1590/S0103-73312014000100014.

Santos, N. H. F., Barbosa, S. F. A., Rodrigues, C. A. O., Araújo, D. D., Gusmão, R. O. M., Vieira, M. A. (2019). Perfil de pacientes atendidos em um centro de atenção psicossocial. Revista de enfermagem UFPE online, 13 (242177). https://doi.org/10.5205/1981- 8963.2019.242177.

Severo, A. K., & Dimenstein, M. (2011). Rede e intersetorialidade na atenção psicossocial: contextualizando o papel do ambulatório de saúde mental. Psicologia: Ciência e Profissão, 31(3), 640-655. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932011000300015.

Silva, N. G., Barros, S., Azevedo, F. C., Batista, L. E., & Policarpo, V. C. (2017). O quesito raça/cor nos estudos de caracterização de usuários de Centro de Atenção Psicossocial. Saúde e Sociedade, 26(1), 100-114. https://dx.doi.org/10.1590/s0104-12902017164968.

Smolen, J. R., & Araújo, E. M. (2017). Raça/cor da pele e transtornos mentais no Brasil: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, 22(12), 4021-4030. https://dx.doi.org/10.1590/1413-812320172212.19782016.

Sousa, F. S. P., Silva, C. A. F., & Oliveira, E. N. (2010). Serviço de Emergência Psiquiátrica em hospital geral: estudo retrospectivo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 44(3), 796-802. https://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342010000300035.

Serafim, M. P. S., Gomes, K. M., Silva, D. M., & Brunél, J. L. (2019). Perfil das crianças usuárias do ambulatório de saúde mental do município de Içara – SC. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 10(2), 192-209. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org /scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072019000200012&lng=pt&tlng=pt.

Downloads

Publicado

06/11/2020

Como Citar

WUNSCH, C. G.; CEBALHO , M. T. de O. .; SILVA, A. K. L. da .; OLIVEIRA, K. K. B. de . Caracterização das pessoas atendidas em ambulatórios de saúde mental. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e1279119700, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9700. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9700. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde