Efeitos do treinamento resistido auto selecionado de curto prazo sobre escores de ansiedade e depressão de indivíduos sedentários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9755

Palavras-chave:

Transtornos mentais; Treinamento de força; Exercício físico; Escala hospitalar de ansiedade e depressão.

Resumo

Uma experiência afetiva positiva, tornando o exercício mais prazeroso, menos estressante, alcançando maior satisfação e experiência de motivação intrínseca através do treinamento resistido, pode ser alcançada através da realização de exercícios auto selecionados. Esses exercícios também podem levar a outros resultados relacionados à saúde e desempenho. Assim, este estudo teve como objetivo analisar os efeitos de um treinamento resistido auto selecionado de curto prazo sobre os níveis de ansiedade e depressão em indivíduos sedentários. Vinte e um indivíduos, com idades entre 20 e 50 anos, foram alocados no Grupo Treinamento (GT) e no Grupo Controle (GC). O GT realizou 4 semanas de treinamento resistido, 2 sessões semanais, com intensidades auto selecionadas. Os escores de ansiedade e depressão foram coletados antes e após a intervenção usando a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD). Os resultados mostraram que o GT apresentou redução significativa nos escores de ansiedade (8,9 ± 2,0 para 7,1 ± 2,1; p = 0,008) com grande tamanho de efeito (d = 0,71). Os escores de depressão não mostraram diferença significativa após a intervenção (6,3 ± 2,6 a 5,4 ± 2,6; p = 0,094), com um pequeno tamanho do efeito (d = 0,346). O GC apresentou leve aumento não significativo nos escores de depressão (6,3 ± 3,1 para 6,8 ± 3,7; p = 0,297), com pequeno tamanho do efeito (d = 0,146). Em conclusão, o treinamento resistido com intensidade auto selecionada reduziu os escores de ansiedade e manteve os escores de depressão em um nível saudável em indivíduos sedentários.

Referências

Anderson, E. H., & Shivakumar, G. (2013). Effects of exercise and physical activity on anxiety. Frontiers in psychiatry, 4, 27.

Baechle, T. R., & Earle, R. W. (Eds.). (2008). Essentials of strength training and conditioning. Human kinetics.

Bodin, T., & Martinsen, E. W. (2004). Mood and self-efficacy during acute exercise in clinical depression. A randomized, controlled study. Journal of sport and exercise psychology, 26(4), 623-633.

Botega, N. J., Bio, M. R., Zomignani, M. A., Garcia Jr, C., & Pereira, W. A. (1995). Transtornos do humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão. Revista de saude publica, 29, 359-363.

Silva, L. A. D., Tortelli, L., Motta, J., Menguer, L., Mariano, S., Tasca, G., ... & Silveira, P. C. L. (2019). Effects of aquatic exercise on mental health, functional autonomy and oxidative stress in depressed elderly individuals: A randomized clinical trial. Clinics, 74.

de Melo Araújo, K. C., de Deus, L. A., Barreto Rodrigues, F., Edilma Bezerra, M., Magalhães Sales, M., dos Santos Rosa, T., ... & Gustavo Simões, H. (2017). Exercício resistido melhora a ansiedade e depressão de mulheres de meia-idade. Journal of Physical Education (24482455), 28(1).

Ferreira, R. M., Alves, W. M. G. D. C., Lima, T. A. D., Alves, T. G. G., Alves Filho, P. A. M., Pimentel, C. P., ... & Cortinhas-Alves, E. A. (2018). The effect of resistance training on the anxiety symptoms and quality of life in elderly people with Parkinson's disease: a randomized controlled trial. Arquivos de neuro-psiquiatria, 76(8), 499-506

Fleck, S. J., & Kraemer, W. (2014). Designing resistance training programs, 4E. Human Kinetics.

Garber, C. E., Blissmer, B., Deschenes, M. R., Franklin, B. A., Lamonte, M. J., Lee, I. M., ... & Swain, D. P. (2011). Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise.

Gordon, B. R., McDowell, C. P., Lyons, M., & Herring, M. P. (2017). The effects of resistance exercise training on anxiety: a meta-analysis and meta-regression analysis of randomized controlled trials. Sports Medicine, 47(12), 2521-2532.

Herring, M. P., Jacob, M. L., Suveg, C., & O’Connor, P. J. (2011). Effects of short-term exercise training on signs and symptoms of generalized anxiety disorder. Mental Health and Physical Activity, 4(2), 71-77.

IBGE. (2013). Pesquisa Nacional de Saúde: Manual de Antropometria.

Ieraci, A., Mallei, A., & Popoli, M. (2016). Social isolation stress induces anxious-depressive-like behavior and alterations of neuroplasticity-related genes in adult male mice. Neural plasticity, 2016.

Katula, J. A., Blissmer, B. J., & McAuley, E. (1999). Exercise intensity and self-efficacy effects on anxiety reduction in healthy, older adults. Journal of behavioral medicine, 22(3), 233-247.

Levinger, I., Goodman, C., Hare, D. L., Jerums, G., Toia, D., & Selig, S. (2009). The reliability of the 1RM strength test for untrained middle-aged individuals. Journal of science and medicine in sport, 12(2), 310-316.

Lincoln, A. K., Shepherd, A., Johnson, P. L., & Castaneda-Sceppa, C. (2011). The impact of resistance exercise training on the mental health of older Puerto Rican adults with type 2 diabetes. Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 66(5), 567-570.

Lohman, T. G., Roche, A. F., & Martorell, R. (1988). Anthropometric standardization reference manual (Vol. 177, pp. 3-8). Champaign: Human kinetics books.

Matsudo, S., Araújo, T., Marsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., & Braggion, G. (2001). Questinário internacional de atividade f1sica (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev. bras. ativ. fís. saúde, 05-18.

Meeusen, R., & De Meirleir, K. (1995). Exercise and brain neurotransmission. Sports Medicine, 20(3), 160-188.

Nóbrega, S. R., Barroso, R., Ugrinowitsch, C., da Costa, J. L. F., Alvarez, I. F., Barcelos, C., & Libardi, C. A. (2018). Self-selected vs. Fixed repetition duration: Effects on number of repetitions and muscle activation in resistance-trained men. The Journal of Strength & Conditioning Research, 32(9), 2419-2424.

Perez-Sousa, M. A., Olivares, P. R., Gonzalez-Guerrero, J. L., & Gusi, N. (2020). Effects of an exercise program linked to primary care on depression in elderly: fitness as mediator of the improvement. Quality of life research, 1-8.

Rebar, A. L., Stanton, R., Geard, D., Short, C., Duncan, M. J., & Vandelanotte, C. (2015). A meta-meta-analysis of the effect of physical activity on depression and anxiety in non-clinical adult populations. Health psychology review, 9(3), 366-378.

Robertson, R. J., Goss, f. L., Rutkowski, J., Lenz, B., Dixon, C., Timmer, J., ... & Andreacci, J. (2003). Concurrent validation of the OMNI perceived exertion scale for resistance exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise, 35(2), 333-341.

Szabó, M., & Lovibond, P. F. (2006). Anxiety, depression, and tension/stress in children. Journal of Psychopathology and Behavioral Assessment, 28(3), 192-202.

Vancini, R. L., Rayes, A. B. R., Lira, C. A. B. D., Sarro, K. J., & Andrade, M. S. (2017). O treinamento de Pilates e aeróbio melhoram os níveis de depressão, ansiedade e qualidade de vida em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 75(12), 850-857.

World Health Organization. (2017). Depression and other common mental disorders: global health estimates (No. WHO/MSD/MER/2017.2). World Health Organization.

Yang, Z., & Petrini, M. A. (2018). Self-Selected and Prescribed Intensity Exercise to Improve Physical Activity Among Inactive Retirees. Western journal of nursing research, 40(9), 1301-1318.

Zigmond, A. S., & Snaith, R. P. (1983). The hospital anxiety and depression scale. Acta psychiatrica scandinavica, 67(6), 361-370.

Downloads

Publicado

11/11/2020

Como Citar

SOUZA, G. V. E.; DINIZ, Y. M. .; PENA, R.; NASCIMENTO , D. dos S. .; GUERRA, M.; SOUTO FILHO , J. M. .; QUEIROZ , J. L. D.; SIMÕES , H. G.; SANTANA , H. A. D. P.; ERNESTO , C. .; SOUSA , C. V. .; SILVEIRA, E. A.; SALES, M. M. Efeitos do treinamento resistido auto selecionado de curto prazo sobre escores de ansiedade e depressão de indivíduos sedentários. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e1889119755, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9755. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9755. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde