Extração de metabólitos bioativos de sementes de sucupira (Pterodon emarginatus) com cachaça
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9795Palavras-chave:
Semente de sucupira; CG-EM; Fitoterápicos; Sesquiterpenos.Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a presença de metabólitos bioativos de sementes de sucupira em fitoterápicos preparados pela maceração de sementes de sucupira em cachaça, variando-se as características físico-químicas da cachaça utilizada; o método de preparo do fitoterápico (tempo de extração do material vegetal) e as condições de armazenamento (com e sem sementes imersas). O perfil químico dos extratos foi determinado por CG-EM. Observou-se a presença de alguns metabólitos bioativos, que foram extraídos com a cachaça de menor teor alcoólico (44,5%) após dois meses de contato com as sementes. Esses metabólitos não foram identificados em amostras armazenadas por quatro meses. A cachaça com concentração de álcool de 46,5%, após 2 meses de maceração, promoveu a extração do β-elemeno, apenas e as demais com teores de 48,5%, 49,5% e 50,4%, respectivamente, extraíram os metabólitos bioativos: espatulenol, D -germacreno, δ-cadieno, cariofileno e β-elemeno nos períodos de maceração de 15 dias e 2 meses. Nos extratos armazenados sem sementes, os metabólitos espatulenol e δ-cadieno foram os únicos que permaneceram em todas as amostras após dois e quatro meses de armazenamento. A extração de todos os metabólitos foi possível com as sementes trituradas e maceradas permanecendo 2 meses em cachaça com teor de álcool superior a 45%.
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