Perfil da mortalidade neonatal precoce em Pernambuco e potencial de evitabilidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9953Palavras-chave:
Mortalidade neonatal; Recém-nascido; Causas de Morte; Estatísticas vitais; Assistência integral à saúde.Resumo
Objetivo: Analisar o perfil da mortalidade neonatal no estado de Pernambuco no período de 2013 a 2017 e seu potencial de evitabilidade. Metodologia: Estudo transversal, com população de 4.997 óbitos ocorridos de 0 a 6 dias de vida. Os dados foram oriundos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Para análise descritiva, utilizou-se o programa SPSS. A análise do potencial de evitabilidade dos óbitos foi realizada segundo a “Lista brasileira de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde em menores de cinco anos”. Resultados: Os óbitos predominaram nos recém-nascidos do sexo masculino (56,06%), prematuros (74,87%) e com extremo baixo peso ao nascer (42,4%). Entre os óbitos neonatais precoces, 76,19% foram classificados como evitáveis, por meio de ações de saúde efetivas durante a atenção à mulher na gestação, no parto e a assistência ao recém-nascido. Conclusão: Observou-se alta taxa de mortes por causas evitáveis, especialmente entre recém-nascidos prematuros e com extremo baixo peso, que poderia ser revertida com a oferta de assistência perinatal de qualidade.
Referências
Almeida, M. F. D., Alencar, G. P., Schoeps, D., Novaes, H. M. D., Campbell, O., & Rodrigues, L. C. (2011). Sobrevida e fatores de risco para mortalidade neonatal em uma coorte de nascidos vivos de muito baixo peso ao nascer, na Região Sul do Município de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 27, 1088-1098.
Almeida, B., Couto, R. H. M., & Junior, A. T. (2019). Prevalência e fatores associados aos óbitos em prematuros internados. Arquivos Catarinenses de Medicina, 48(4), 35-50.
Bastos, J. L. D., & Duquia, R. P. (2007). Um dos delineamentos mais empregados em epidemiologia: estudo transversal. Scientia Medica, 17(4), 229-232.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria, RS: UFSM, NTE. Recuperado de: https://www.ufsm.br/app/ uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Informações sobre Mortalidade. Recuperado de: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/pinf10uf.def> Acesso em 26/10/2020.
Brasil. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2019). Recuperado de: www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals/goal-3-good-health-and-well-being.html.
Carlo, W. A.; & Travers, C. P. (2016). Maternal and neonatal mortality: time to act. Jornal de pediatria, 92(6), 543-545. doi: https://doi.org/10.1016/j.jped.2016.08.001
DATASUS. Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal. Recuperado de: <http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/mortalidade/ infantil-e-fetal/ >.
Fonseca, S. C., Flores, P. V. G., Camargo Jr, K. R., Pinheiro, R. S., & Coeli, C. M. (2017). Escolaridade e idade materna: desigualdades no óbito neonatal. Revista de Saúde Pública, 51, 94. doi: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007013
Garcia, L. P., Fernandes, C. M., & Traebert, J. (2019). Fatores de risco para o óbito neonatal na capital com menor taxa de mortalidade infantil do Brasil. Jornal de Pediatria, 95(2), 194-200. doi: https://doi.org/10.1016/j.jped.2017.12.007
Hug, L., Sharrow, D., Zhong, K., You, D., Unicef, ... & World Bank Group. (2018). Levels & Trends in Child Mortality: Report 2018, Estimates Developed by the. United Nations Children's Fund.
Kassar, S. B., Melo, A., Coutinho, S. B., Lima, M. C., & Lira, P. I. (2013). Fatores de risco para mortalidade neonatal, com especial atenção aos fatores assistenciais relacionados com os cuidados durante o período pré-natal, parto e história reprodutiva materna. Jornal de Pediatria, 89(3), 269-277. doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2012.11.005
Malta, D. C., Sardinha, L., Moura, L. D., Lansky, S., Leal, M. D. C., Szwarcwald, C. L., ... & Duarte, E. C. (2010). Atualização da lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 19(2), 173-176. doi: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742010000200010
Malta, D. C., Prado, R. R. D., Saltarelli, R. M. F., Monteiro, R. A., Souza, M. D. F. M. D., & Almeida, M. F. D. (2019). Mortes evitáveis na infância, segundo ações do Sistema Único de Saúde, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 22, e190014. https://doi.org/10.1590/1980-549720190014
Mitra, D. K., Mullany, L. C., Harrison, M., Mannan, I., Shah, R., Begum, N., ... & Baqui, A. H. (2018). Incidence and risk factors of neonatal infections in a rural Bangladeshi population: a community-based prospective study. Journal of Health, Population and Nutrition, 37(1), 6. doi: https://doi.org/10.1186/s41043-018-0136-2
Moreira, K. F. A., Bicalho, B. O., Santos, L. C. S., Amaral, F. M. G. S., Órfão, N. H., & Cunha, M. P. L. (2017). Perfil e evitabilidade de óbito neonatal em um município da Amazônia Legal. Cogitare enfermagem, 22(2), e48950. doi: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v22i1.48950
Oliveira, S. G., Spaziani, A. O., Frota, R. S., de Paula Jacomini, R., Boschi, L., Escher, R. S. S., ... & da Silva, D. P. T. (2020). Bacterial septicemia of the newborn in brazil in the years of 2013 to 2017. Brazilian Journal of Health Review, 3(2), 1404-1421. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv3n2-006
Rêgo, M. G. D. S., Vilela, M. B. R., Oliveira, C. M. D., & Bonfim, C. V. D. (2018). Óbitos perinatais evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, 39, e2017-0084. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2018.2017-0084
Schapko, T. R., Pereira, S. G., Higashi, P., & de Souza, I. F. (2020). Profile of neonatal mortality with a focus on identifying the avoidance of deaths. Revista Paranaense de Enfermagem (REPENF), 3(1), 20-9.
Sleutjes, F. C. M., Parada, C. M. G. D. L., Carvalhaes, M. A. D. B. L., & Temer, M. J. (2018). Fatores de risco de óbito neonatal em região do interior paulista, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 23, 2713-2720. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15142016
Teixeira, J. A. M., Araujo, W. R. M., Maranhão, A. G. K., Cortez-Escalante, J. J., Rezende, L. F. M. D., & Matijasevich, A. (2019). Mortalidade no primeiro dia de vida: tendências, causas de óbito e evitabilidade em oito Unidades da Federação brasileira, entre 2010 e 2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 28, e2018132. doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742019000100006
Vieira, F. M. D. S. B., Kale, P. L., & Fonseca, S. C. (2020). Aplicabilidade da Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por intervenção do Sistema Único de Saúde, para análise de óbitos perinatais em municípios dos estados Rio de Janeiro e São Paulo, 2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29, e201942. doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200019
World Health Organization. (2020). World Health Statistics data visualizations dashboard. Recuperado de: http://apps.who.int/gho/data/node.sdg.3-2-viz-3?lang=en.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Maria Gabriela Silva dos Santos; Mylena Patrícia Queiroz; Nataly Barbosa de Oliveira; Jones Sidnei Barbosa de Oliveira; Nayara Francisca Cabral de Sousa; Luciana Pedrosa Leal; Ana Paula Esmeraldo Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.