Incidência de cesarianas, suas indicações e a classificação de Robson em maternidades de alto risco de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28272Palavras-chave:
Enfermagem; Enfermagem obstétrica; Cesárea.Resumo
Esse estudo tem como objeto de pesquisa as indicações e os indicadores de cesariana de acordo com a Classificação de Robson. Atualmente tem sido tratado como um fenômeno que requer inúmeras intervenções médicas que menosprezam o protagonismo da mulher e esta por sua vez, é tendenciada pela cultura medicalicista e se vê tomada pelo medo deste evento desconhecido e mistificado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde não há justificativas para números acima de 10-15% de todos os partos independente da região. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em duas maternidades de referência para as gestantes de alto risco no estado de Alagoas. Durante o período de agosto de 2019 a agosto de 2020, houve 3131 nascimentos em ambas as maternidades, destes 2098 (67%) foram partos cesáreos e 1033 (32,9%) foram partos normais. Após análise dos dados foi possível identificar quais foram os grupos de maior composição, que foram 5,2,10 respectivamente. Isto é importante para se identificar os fatores que contribuíram para estes números expressivos, possibilitando com que estratégias sejam criadas para reduzir o número de cesarianas. Dentre as iniciativas para que se reduzam as taxas de cesariana está a inserção da(o) enfermeira(o) obstetra/obstetrizes que atuam durante o pré-natal, parto e o puerpério.
Referências
Aragão, J. (2011). Introdução aos estudos quantitativos utilizados em pesquisas científicas. Revista práxis, 3(6), 1-4. https://revistas.unifoa.edu.br/praxis/article/view/566/528.
Betrán, A. P., Torloni, M. R., Zhang, J. J., & Gülmezoglu, A. M. (2016). WHO statement on caesarean section rates. Bjog, 123(5), 667-670.https://www.researchgate.net/publication/280914692_WHO_Statement_on_Caesarean_Section_Rates/link/5c8636d192851c69506bac4d/download.
Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, (32). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde (2016). Diretrizes de Atenção à Gestante: a Operação Cesariana. http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2016/Relatorio_Diretrizes-Cesariana_final.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. (2022). Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: Autor. Recuperado de file:///C:/Users/onifu/Downloads/manual_gestacao_alto_risco.pdf.
Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde (2014). Departamento de Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2013: uma análise da situação de saúde e a vigilância da saúde da mulher.
Entringer, A. P., Gomes, M. A. D. S. M., Costa, A. C. C. D., & Pinto, M. (2018). Impacto orçamentário do parto vaginal espontâneo e da cesariana eletiva sem indicação clínica no Brasil. Revista panamericana de salud pública, 42 (116), 1-7. https://www.scielosp.org/article/rpsp/2018.v42/e116/.
Ferraz, L. M. (2015). Contribuição à análise das taxas de cesarianas utilizando a classificação de Robson, a partir do estudo de mulheres com cesariana prévia, em um hospital universitário. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais.] https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ACEMAH/1/texto_final_disserta__o___vers_o_corrigida_para_impress_o_em.pdf.
Freitas, P. F., & Vieira, H. G. M. (2020). Uso do Sistema de Classificação de Robson na avaliação das taxas de cesariana em Santa Catarina e sua associação com perfil institucional. Journal Of Health & Biological Sciences, 8 (1), 1-9. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/06/1100451/2736-publicado.pdf.
Lins, J. J. A., de Lima Sanches, M. E. T., dos Santos, A. A. P., & de Oliveira, J. M. (2021). A aplicação da Classificação de Robson nas maternidades brasileiras como ferramenta para redução das taxas de cesariana: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, 10(13), 1-10, e13101320953-e13101320953. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20953.
Leal, M. D. C., & Gama, S. G. N. D. (2014). Nacer en Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 30, S5-S5. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2014001300001&lng=en&nrm=iso.
Mascarello, K. C., Matijasevich, A., Santos, I. D. S. D., & Silveira, M. F. (2018). Complicações puerperais precoces e tardias associadas à via de parto em uma coorte no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 21, e180010, 1-13. https://doi.org/10.1590/1980-549720180010.
Moura, V. D. A., & Feitosa, F. E. D. L. (2017). Avaliação de cesáreas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand utilizando o sistema de classificação de Robson em dez grupos. Revista Med UFC, 57(1), 25-29. http://periodicos.ufc.br/revistademedicinadaufc/article/view/19822.
Martel, M. J., & MacKinnon, C. J. (2005). Guidelines for vaginal birth after previous Caesarean birth. Journal of obstetrics and gynaecology Canada: JOGC 27(2), 164-188. https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1016/j.ijgo.2005.03.015.
Montenegro, C.A.B., & De Rezende Filho. (Orgs.). (2017). Rezende Obstetrícia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
OTANI, Nilo; FIALHO, Francisco Antonio Pereira (2011) TCC: métodos e técnicas. 2. ed. Rev. atual. – Florianópolis: Visual Books.
Paulo, M. C., Seixas, J. A., Silveira, F. A., Silva, I. F., & Godefroy, P. (2021). Aplicabilidade da classificação de Robson na avaliação das cesarianas na Maternidade Escola de Valença-RJ. Revista Saber Digital, 14(2), 56-68. http://revistas.faa.edu.br/index.php/SaberDigital/article/view/1135#:~:text=Conclus%C3%A3o%3A%20Medidas%20devem%20ser%20implementadas,de%20informa%C3%A7%C3%A3o%20e%20esclarecimento%20das.
Reis, A. M., Beltrame, R. C. T., Arantes, R. B. S., de Paula Correa, Á. C., & Martins, D. P. (2020). Taxas de cesarianas em um hospital universitário a partir da classificação de Robson/Cesarean section rates in a university hospital based on the Robson classification. Ciência, Cuidado e Saúde, 19, e47196, 1-9. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/47196#:~:text=Conclus%C3%A3o%3A%20o%20uso%20da%20Classifica%C3%A7%C3%A3o,das%20taxas%20elevadas%20de%20cesariana.
Resolução nº 580 de 22 de Março de 2018. Regulamentar o disposto no item XIII.4 da Resolução CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012, que estabelece que as especificidades éticas das pesquisas de interesse estratégico para o Sistema Único de Saúde (SUS) serão contempladas em Resolução específica, e dá outras providências. Conselho Nacional de Saúde https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso580.pdf.
Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. Conselho Nacional de Saúde. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf.
Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade científica e ao Estado. Projetos de pesquisa envolvendo seres humanos deverão atender a esta Resolução. Conselho Nacional de Saúde https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.
Ribeiro, L. B. (2016). Nascer em Belo Horizonte: cesarianas desnecessárias e prematuridade. [Dissertação de Mestrado em Enfermagem
, Universidade Federal de Minas Gerais]. 1-115. https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-AASPDJ/1/luciene_barra_ribeiro.pdf.
Silva, A. P., Romero, R. T., Bragantine, A., Barbieri, A. A. D. M., & Lago, M. T. G. (2019). As indicações de cesáreas no Brasil: uma revisão de literatura integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (24), e624-e624, 1-9. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/624/498.
Souza, A. S. R., Medeiros Junior, W. D. M., Araújo, B. B. T. F. D., Coelho, I. C. C. D. A. N., & Guerra, G. V. D. Q. L. (2015). Método mecânico de indução do parto em gestantes de alto risco com cesariana anterior. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 37, 127-132. https://www.scielo.br/j/rbgo/a/XgYtF5y7QqjGjbpnWhDz7Lq/?format=pdf&lang=pt.
Timor-Tritsch, I. E., & Monteagudo, A. (2012). Unforeseen consequences of the increasing rate of cesarean deliveries: early placenta accreta and cesarean scar pregnancy. A review. American journal of obstetrics and gynecology, 207(1), 14-29. https://www.ajog.org/article/S0002-9378(12)00278-5/fulltext.
Widle, W. G., Medeiros, C. R. G., Grave, M. T. Q., & Dal Bosco, S. M. (2014). Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cadernos Saúde Coletiva, 22, 46-53. https://www.scielo.br/j/cadsc/a/wRvpVrnwmPcqVLqJTLLcvbb/?format=pdf&lang=pt.
Organização Mundial de Saúde (2015). Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_por.pdf;jsessionid=86AB3414835A9AA2DA9861D0B9A07992?sequence=3.
Organização Mundial de Saúde (2017). Robson classification: implementation manual. https://www.who.int/publications/i/item/9789241513197.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Luana Carla Gonçalves Brandão Santos Almeida; Lavínia Helena Rufino da Silva ; Maria Elisangela Torres de Lima Sanches ; Patrícia Maria da Silva Rodrigues; Sandra Taveiros de Araújo; Marinnara Danielly Batista Porfirio Silva; Ericássia Vanessa da Silva Albuquerque; Núbia Vanessa da Silva Tavares; Anne Caroline Gonçalves Cardoso; Thamires Ribeiro Marques de Mendonça
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.