O uso de benzodiazepínicos por acadêmicos do curso de Medicina de uma universidade no sul do estado do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31804Palavras-chave:
Benzodiazepínicos; Depressão; Psicotrópicas; Saúde mental; Psicofármacos.Resumo
Os benzodiazepínicos cujas propriedades farmacológicas propiciam ação sedativa, hipnótica, ansiolítica, anticonvulsivante e relaxante muscular são os psicofármacos mais utilizados globalmente potencial para causar dependência química. Objetivou-se analisar o uso de benzodiazepínicos por acadêmicos de um curso de medicina e seus efeitos sistêmicos e sobre o níveis de atenção, ansiedade e desempenho escolar, uma vez que os efeitos sedativos e hipnóticos desta droga são potencializados podendo refletir em ação depressora no Sistema Nervoso Central. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória e transversal, no qual foi aplicado questionário eletrônico, sobre o uso de substâncias psicoativas especificamente os benzodiazepínico em acadêmicos matriculados do 1º ao 9º período de medicina de uma faculdade de medicina do sul do Estado do Tocantins, com idade superior a 18 anos, ambos os sexos. Das 126 respostas, 64,3% (81) foram do sexo feminino e 35,7% (45) foram do sexo masculino. Observa-se que que o fármaco mais utilizado é o clonazepam 0,5mg, seguido de alprazolam 0,5mg e em quantidades igual o alprazolam 1mg, e 2mg, clonazepam 2mg e diazepam 5mg e 10mg. A vulnerabilidade dos estudantes em interface ao cenário da saúde mental tem ido cada vez mais ao encontro de perfis ansiosos e depressivos, os quais foram evidenciados no presente estudo. A pesquisa obteve que o uso de benzodiazepínicos por acadêmicos do curso de medicina está associado com a rotina extenuante de estudos e ao volume de requisitos para preparação de um médico, o que evolui para a utilização de medicamentos após o ingresso na faculdade.
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