Avaliação do impacto da COVID-19 na pecuária leiteira no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40123Palavras-chave:
COVID-19; Pecuária de leite; Biossegurança; Questionário.Resumo
A COVID-19 trouxe inúmeros desafios para as fazendas leiteiras. Esta pesquisa teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na pecuária leiteira brasileira. O estudo foi realizado de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 via plataforma Google Forms®. Os dados foram tabulados e avaliados por meio de análises descritivas e multivariada, Shapiro-Wilk, Kruskall-Wallis, Análise de Variância (ANOVA) e comparação post-hoc de Dunn. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. No total, foram obtidas 73 respostas viáveis, com participações das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. Dentre as medidas de biossegurança adotadas, 86% dos empregados das fazendas passaram a higienizar as mãos com mais frequência para evitar a transmissão da COVID-19. O uso de máscaras durante o todo o trabalho foi exigido em 17 propriedades (23%), apesar do uso da máscara não ter sido exigida em 40 (55%) fazendas e 16 propriedades exigirem durante parte do trabalho (22%). Em relação à produção de leite, 99% dos entrevistados não tiveram problemas com a coleta do leite e mais da metade dos produtores tiveram dificuldades em adquirir animais. Além disso, trinta e sete porcento dos entrevistados afirmaram desconhecer as formas de transmissão do vírus. Com relação ao tamanho das propriedades, as pequenas fazendas foram mais propensas a não ter assistência médica veterinária. A pandemia trouxe impactos positivos e negativos para as propriedades leiteiras, dependendo de fatores como número de animais, atendimento médico veterinário e produção média diária de leite.
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