Epidemiologia da meningite pneumocócica em um município do sudoeste da Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49366Palavras-chave:
Meningite Pneumocócica, Epidemiologia, Vacinas Pneumocócicas.Resumo
Embora as hospitalizações devido à doença pneumocócica invasiva tenham diminuído após a vacinação de rotina de crianças pequenas com a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (PCV10) iniciada no calendário vacinal brasileiro em 2010, as informações sobre a epidemiologia e os desfechos da meningite pneumocócica são ainda limitados. Objetivos: Caracterizar o perfil epidemiológico da meningite pneumocócica e analisar as variáveis relacionadas aos casos confirmados no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, realizado no período de 2016 a 2023, com abordagens descritiva e quantitativa. Dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais foram obtidos através das fichas de notificação de meningite da Secretaria Municipal de Saúde. As análises foram realizadas através do cálculo de incidência, medidas de tendência central e frequência simples. Resultados: A maior prevalência dos casos ocorreu entre indivíduos com idade entre 30 e 59 anos (83,3%) e entre pessoas do sexo masculino (66,7%) Os sinais e sintomas mais relatados foram cefaleia, febre, vômito e convulsões (83,3%; 81,8%; 58,3% e 33,3%, respectivamente), enquanto que rigidez de nuca, coma, sinais de Kernig/Brudzinski e petéquias ocorreram em menor frequência (25%; 16,6%; 8,3%; 8,3% respectivamente). A taxa de letalidade foi de 27,3%. Conclusão: Apesar das estratégias de prevenção, o pneumococo tem se tornado ainda mais substancial no cenário da meningite. Ressalta-se a importância de estudos como esse para melhor compreensão da doença e o direcionamento das ações da Vigilância Epidemiológica e implementação das políticas de saúde.
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