Envelhecimento e respostas do potencial P300 no ruído: Uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49369

Palavras-chave:

Envelhecimento, Potenciais Relacionados a Eventos, P300, Ruído.

Resumo

Introdução: A capacidade de compreensão da fala se tornar mais difícil em um ambiente ruidoso e, tende a se degradar ainda mais com o envelhecimento. Ouvir diante um ruído é um processo complexo, que necessita do emprego de múltiplos sistemas, incluindo a cognição, que pode ser avaliada através do potencial auditivo P300. Apesar de ser difundido que o desempenho da percepção de fala piora na presença no ruído, existe uma variabilidade de desempenhos entre os indivíduos, mesmo com audiogramas de tons puros semelhantes. Objetivo: Analisar se existem diferenças significativas na latência e amplitude do P300 entre idosos e adultos jovens, no silêncio e na presença do ruído.  Método: Revisão sistemática de estudos observacionais que comparam as diferenças das medidas de latência e amplitude do P300 entre idosos e adultos jovens no silêncio e na presença do ruído, sem restrições de idiomas ou datas, nas seguintes bases de dados: MEDLINE, ScienceDirect, Scopus, Web of Science, SciELO, Cochrane Central, Embase, LILACS, Circumpolar Health Bibliographic. Resultado: Dos 21.727 resultados presentes a partir das buscas nas bases de dados, foram selecionados 302 títulos, e desses, foram excluídos 61 títulos repetidos, ficando assim, 241 resumos para serem lidos, e desses, 40 textos completos foram selecionados. Após a leitura, 37 artigos foram excluídos por não se adequar aos critérios de elegibilidade, restante 3 artigos elegíveis. Conclusão: Os idosos apresentaram latência média do P300 no silêncio prolongada quando comparada com os jovens. Na presença do ruído, a latência média do P300 é prolongada, em ambos os grupos.

Referências

Anderer, P., Saletu, B., Semlitsch, H. V., & Pascual-Marqui, R. D. (2003). Non-invasive localization of P300 sources in normal aging and age-associated memory impairment. Neurobiology of Aging, 24(3), 463–479.

Anderson, S., White-Schwoch, T., Parbery-Clark, A., & Kraus, N. (2013). A dynamic auditory-cognitive system supports speech-in-noise perception in older adults. Hearing Research, 300, 18–32.

Bertoli, S., Smurzynski, J., & Probst, R. (2005). Effects of age, age-related hearing loss, and contralateral cafeteria noise on the discrimination of small frequency changes: Psychoacoustic and electrophysiological measures. Journal of the Association for Research in Otolaryngology, 6(3), 207–222.

Billings, C. J., & Madsen, B. M. (2018). A perspective on brain-behavior relationships and effects of age and hearing using speech-in-noise stimuli. Hearing Research, 369, 90–102.

Decker, F. M., Jelinek, J., Korb, K., Fogaing Kamgaing, F., Alam, M., Krauss, J. K., Hermann, E. J., & Schwabe, K. (2025). Neural processing of auditory stimuli in rats: Translational aspects using auditory oddball paradigms. Behavioural Brain Research, 482, 115428.

Dirks, D. D., Morgan, D. E., & Dubno, J. R. (1982). A procedure for quantifying the effects of noise on speech recognition. Journal of Speech and Hearing Disorders, 47, 114–123.

Farwell, L. A., & Donchin, E. (1988). Talking off the top of your head: Toward a mental prosthesis utilizing event-related brain potentials. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, 70, 510–523.

Gaal, Z. A., Csuhaj, R., & Molnar, M. (2007). Age-dependent changes of auditory evoked potentials–effect of task difficulty. Biological Psychology, 76(3), 196–208.

Goodin, D. S., Squires, K. C., Henderson, B. H., & Starr, A. (1978). Age-related variations in evoked potentials to auditory stimuli in normal human subjects. Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, 44(4), 447–458.

Helfer, K. S., & Freyman, R. L. (2014). Stimulus and listener factors affecting age-related changes in competing speech perception. Journal of the Acoustical Society of America, 136(2), 748–759.

Higgins, J. P. T., Altman, D. G., & Sterne, J. A. C. (2016). Assessing risk of bias in included studies. In J. P. T. Higgins & S. Green (Eds.), Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions (pp. 8–73). Wiley.

Karunathilake, I. M. D., Dunlap, J. L., Perera, J., Presacco, A., Decruy, L., Anderson, S., Kuchinsky, S. E., & Simon, J. Z. (2023). Effects of aging on cortical representations of continuous speech. Journal of Neurophysiology, 129(6), 1359–1377.

Kestens, K., Van Yper, L., Degeest, S., & Keppler, H. (2023). The P300 auditory evoked potential: A physiological measure of the engagement of cognitive systems contributing to listening effort? Ear and Hearing, 44(6), 1389–1403.

Kok, A. (2001). On the utility of P3 amplitude as a measure of processing capacity. Psychophysiology, 38(3), 557–577.

McCullagh, J., Musiek, F. E., & Shinn, J. B. (2012). Auditory cortical processing in noise in normal-hearing young adults. Audiological Medicine, 10, 114–121.

McCullagh, J., & Shinn, J. B. (2018). Auditory P300 in noise in younger and older adults. Journal of the American Academy of Audiology, 29(10), 909–916.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., & The PRISMA Group. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. PLoS Medicine, 6(7), e1000097.

Obert, A. D., & Cranford, J. L. (1990). Effects of neocortical lesions on the P300 component of the auditory evoked response. American Journal of Otology, 11(6), 447–453.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria: Editora da UFSM.

Peters, A. (2002). The effects of normal aging on myelin and nerve fibers: A review. Journal of Neurocytology, 31(8–9), 581–593.

Pichora-Fuller, M. K. (2003). Cognitive aging and auditory information processing. International Journal of Audiology, 42, 2S26–2S32.

Picton, T. W. (2010). Human auditory evoked potentials. Plural Publishing.

Polich, J., Howard, L., & Starr, A. (1985). Stimulus frequency and masking as determinants of P300 latency in event-related potentials from auditory stimuli. Biological Psychology, 21(4), 309–318.

Rönnberg, J., Lunner, T., Zekveld, A., Sörqvist, P., Danielsson, H., Lyxell, B., Dahlström, O., Signoret, C., Stenfelt, S., Pichora-Fuller, M. K., & Rudner, M. (2013). The ease of language understanding (ELU) model: Theoretical, empirical, and clinical advances. Frontiers in Systems Neuroscience, 7, 31.

Salisbury, D. F., Desantis, M. A., Shenton, M. E., & McCarley, R. W. (2002). The effect of background noise on P300 to suprathreshold stimuli. Psychophysiology, 39(1), 111–115.

Sellers, E. W., & Donchin, E. (2006). A P300-based brain–computer interface: Initial tests by ALS patients. Clinical Neurophysiology, 117, 538–548.

Sterne, J. A. C., Egger, M., & Moher, D. (2008). Addressing reporting biases. In J. P. T. Higgins & G. S. Chichester (Eds.), Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions (pp. 297–325). Wiley.

Downloads

Publicado

2025-08-13

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Envelhecimento e respostas do potencial P300 no ruído: Uma revisão sistemática. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 8, p. e3114849369, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i8.49369. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/49369. Acesso em: 6 dez. 2025.