Prevalência da Síndrome de Burnout e sua relação com a sonolência em fisioterapeutas intensivistas de um hospital de referência da cidade do Recife-PE
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.35555Palavras-chave:
Fisioterapia, Unidade de Terapia Intensiva, Burnout.Resumo
O sono é vital para o descanso, a recuperação e a sobrevivência do indivíduo. O setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é altamente estressante e com vários fatores, como por exemplo, sonolência excessiva, que levam os profissionais de saúde a desenvolver um quadro de estresse. A síndrome de Burnout é definida como esgotamento profissional, despersonalização e baixa realização pessoal, que pode acontecer em pessoas que trabalham com contato direto com outras pessoas em decorrência do estresse prolongado. Os fisioterapeutas estão vulneráveis ao Burnout devido a sua importância na reabilitação que requer um contato estreito com o paciente. Objetivo: Avaliar a síndrome de Burnout e sua relação com o sono em fisioterapeutas intensivistas. Método: estudo analítico, observacional do tipo transversal, realizado nas unidades de terapia intensiva de um hospital de referência da cidade do Recife-PE onde foram aplicados três questionários: Escala de Sonolência de Epworth, um questionário preliminar de identificação da Burnout (QPIB) adaptado do Maslach Burnout Inventory – MBI e um sócio, demográfico em 25 fisioterapeutas intensivistas. Resultados e discussões: Foi verificada correlação significativa entre os escores do QPIB e a escala de Epworth (p<0,01; r= 0,47), indicando uma relação diretamente proporcional entre as variáveis. Conclusão: Este estudo observou que se faz necessária novas pesquisas para conscientizar e alertar os profissionais dos fatores desencadeantes da síndrome de Burnout.
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