Adição de Peróxido de Hidrogênio em lecitina de soja e análise de possíveis alterações de seus padrões Físico-Químicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29316Palavras-chave:
Glycine max, Degomagem, Peróxidos, Viscosidade, Umidade.Resumo
Dentre os diversos produtos da industrialização do grão de soja, a lecitina, configura-se como um dos componentes industriais comumente adicionados aos alimentos. Este artigo tem como premissa avaliar, teoricamente, o que a indústria produtora de lecitina deve garantir em relação aos seus parâmetros físico-químicos e microbiológicos, garantindo aos seus clientes, que o produto final tenha padrão de qualidade adequado. Como segundo tema, objetiva-se analisar o efeito da adição de diferentes concentrações de peróxido de hidrogênio (PH) (1 a 10%) analisando seu impacto nos padrões de qualidade físico-químico da lecitina de soja. As análises realizadas foram para determinação de viscosidade, acidez, peróxidos, insolúvel em acetona, umidade e cor. Com o resultado da adição de PH foi observado que quanto a insolubilidade, há diferença para acetona e hexano, sendo que a insolubilidade em acetona não sofreu influência do acréscimo de PH, enquanto para hexano, entre 1 e 2% não houve elevação de sua insolubilidade, todavia a partir de 3% houve elevação, mas torna-se estável até 10%. Em relação a acidez, mostrou-se sensível a adição de PH, sendo que com decréscimo gradativo de acordo com a adição deste peróxido. Para análises de viscosidade e cor, não houve diferença significativa. O impactante trata-se da umidade, sendo está mais sensível, sendo observado elevação gradativa de acordo com a adição de PH. Conclui-se que a adição de PH interfere na qualidade da lecitina de soja, principalmente em relação a sua acidez e umidade, podendo haver comprometimento de qualidade.
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