Constelações de consciência e liberdade: considerações sobre o conceito de barbárie a partir do pensamento de Walter Benjamin e os documentos norteadores da educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30728Palavras-chave:
Educação Brasileira, Ensino de História, História a contrapelo, Teoria da História.Resumo
Este trabalho é parte de pesquisa ainda em andamento e desenvolvida junto ao GEPETHE - Grupo de Estudos e Pesquisa em Teoria da História e Educação. Seu objetivo é analisar as relações de interesse e investimento que permeiam a educação brasileira e ainda ponderar sobre como os moldes institucionais que se estabeleceram são, conforme coloca Walter Benjamin, monumentos de barbárie. Atravessam este texto, ainda, os trabalhos de teóricos da educação, como István Mészáros, Dermeval Saviani e Paulo Freire, e de pesquisadores do ensino de história e educação histórica, como Jörn Rüsen, Michel de Certeau, Ana Maria Monteiro e, novamente, Walter Benjamin. Com esses autores busca-se compreender aproximações e afastamentos das teorias mais humanistas do ensino de história e da educação com os documentos que norteiam e embasam os moldes da educação básica brasileira, como a BNCC, a Base Nacional Comum Curricular, e a Nova Lei de Diretrizes e Bases, bem como sua relação com as ferramentas didáticas, como os livros didáticos e as ementas dos cursos superiores que formam professores, de forma a refletir sobre os efeitos sociais que isso acarreta e repensar a abordagem e teorias do ensino de história nas escolas através do que delimitam os documentos basais da educação brasileira. Questiona-se, ainda, a hierarquização do conhecimento e seus locais de produção e pondera-se, ainda, sobre as possibilidades de uma educação a contrapelo.
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