Perfil epidemiológico da Doença de Chagas no estado do Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49537Palavras-chave:
Perfil Epidemiológico, Doença de Chagas, Amazonas.Resumo
A Doença de Chagas, ou tripanossomíase, é classificada pela Organização Mundial da Saúde como doença tropical negligenciada, permanecendo um relevante problema de saúde pública. Estima-se que cerca de sete milhões de pessoas estejam potencialmente infectadas, principalmente na América Latina, afetando sobretudo populações vulneráveis e associando-se a fatores socioambientais, como degradação ambiental, migrações, condições de moradia, saneamento, educação e renda. Tem como objetivo identificar os desafios epidemiológico e monitoramento de casos da doença de Chagas do Amazonas. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada a partir da coleta de artigos científicos completos, em português e de livre acesso. Foram incluídos estudos que abordaram prevalência, distribuição geográfica, estratégias de controle e desafios na prevenção e tratamento da doença. Excluíram-se artigos de outras regiões ou sem relevância para o tema. A amostra final foi composta por 16 estudos. Como resultado os dados indicaram maior frequência de alterações cardíacas em casos isolados. A maioria dos registros ocorreu em homens pardos, entre 20 e 39 anos, residentes em áreas rurais, o que sugere associação a fatores ocupacionais e menor acesso a serviços de saúde. Em 98% dos casos, o diagnóstico foi realizado pelo método parasitológico direto. O conhecimento da população sobre a doença apresentou relação com o nível de escolaridade, sendo os homens os que demonstraram maior entendimento sobre o vetor transmissor. A Doença de Chagas no Amazonas mantém-se como desafio de saúde pública, demandando estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e educação em saúde voltadas às populações mais vulneráveis.
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