Autismo em meninas: Invisibilidade e desafios no diagnóstico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50105Palavras-chave:
Mulheres, Disparidades em Saúde, Transtorno do Espectro Autista, Diagnóstico Tardio.Resumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Sua prevalência é significativamente maior no sexo masculino, com diagnósticos ocorrendo de três a quatro vezes mais frequentemente do que no sexo feminino. O diagnóstico no sexo feminino frequentemente acontece tardiamente, muitas vezes na fase adulta, devido a características fenotípicas menos evidentes e estratégias compensatórias que mascaram os sintomas. Estudos mostram que mulheres com TEA enfrentam desafios sociais profundos e, antes do diagnóstico, frequentemente se sentem confusas e forçadas a se adaptar às expectativas sociais, o que pode levar a problemas adicionais. Objetivo(s): Analisar as disparidades apresentadas pela literatura científica contemporânea, sobre o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em meninas devido a características fenotípicas menos evidentes e a recepção tardia do diagnóstico. Método: O presente artigo visa compreender os fenômenos citados anteriormente através de uma revisão da literatura dos últimos 5 anos sobre autismo e gênero utilizando bancos de dados eletrônicos. Conclusão: As manifestações dos sinais de TEA em meninas podem ser facilmente ignorados devido a critérios de avaliação padronizados para meninos. A camuflagem social adotada pelas meninas evidencia a necessidade de critérios diagnósticos sensíveis ao gênero, garantindo suporte adequado e reduzindo os impactos do diagnóstico tardio.
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