Os impactos da falta de visão ergonômica em projetos de design de equipamentos de mineração na saúde dos trabalhadores do setor de manutenção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21933

Palavras-chave:

Ergonomia centrada na atividade, Manutenção de equipamentos, Projetos de equipamentos de mineração.

Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar e compreender possíveis influências da ausência de visão ergonômica na concepção dos projetos de equipamentos, na saúde dos trabalhadores do setor de manutenção, no contexto de uma indústria de mineração. Observa-se que lesões no sistema osteomuscular foram responsáveis por 63,45% dos afastamentos na indústria brasileira no ano de 2018. Por meio de uma análise ergonômica do trabalho (AET), foram analisadas as atividades de manutenção de três equipamentos: bomba, britador e peneira. Assim, verificou-se a necessidade de efetuar mudanças nessas atividades, uma vez que algumas posturas adotadas para a sua realização foram consideradas de grande risco e grave severidade. Suportar peso acima dos ombros e posições incômodas, são condições decorrentes de falhas na concepção desses equipamentos. Para atenuar o problema, sugere-se o emprego de ferramentas de inovação ou criação de novos dispositivos de apoio para melhoria das condições do trabalho desses profissionais de manutenção.

Referências

Ahonen, M., Launis, M., & Kuorinka, T. (1989). Ergonomic Workplace Analysis-Helsinki: Institute of Occupational Health.

Amalberti, R. (1996). La conduite de systèmes à risques: le travail à l'hôpital. Presses universitaires de France.

Bascur, O. A., & Kennedy, J. P. (2002). Reducing maintenance costs using process and equipment event management. Mineral Processing Plant Design, Practice and Control, Proceedings, 507-527.

Béguin, P. (2007). O ergonomista, ator da concepção. Ergonomia, 317-330.

Bureau of Labor Statistics. (2012). Nonfatal occupational injuries and illnesses requiring days away from work, 2018.

Braga, C. D. O. (2007). Análise ergonômica do trabalho e exigências laborais em unidades de beneficiamento de tomate de mesa.

Bolis, I., Morioka, S. N., Brunoro, C. M., Zambroni-de-Souza, P. C., & Sznelwar, L. I. (2020). The centrality of workers to sustainability based on values: Exploring ergonomics to introduce new rationalities into decision-making processes. Applied Ergonomics, 88, 103148.

Bulduk, S., Bulduk, E. Ö., & Süren, T. (2017). Reduction of work-related musculoskeletal risk factors following ergonomics education of sewing machine operators. International journal of occupational safety and ergonomics, 23(3), 347-352.

Carballeda, G. (1997). La contribution des ergonomes à l'analyse et à la transformation de l'organisation du travail: l'exemple d'une intervention relative à la maintenance dans une industrie de processus continu (Doctoral dissertation, Paris, CNAM).

CRUZ, J. A. Análise dos fatores ergonômicos do ambiente e sua relevância para a melhoria das condições de trabalho e do clima organizacional: um estudo de caso no Fórum da Comarca de Gloria – BA. 2010. Monografia (Graduação) – Faculdade Sete de Setembro, Bahia, 2010.

Daniellou, F., & Garrigou, A. (1992). Human Factors in design: sociotechnics or ergonomics. Design for manufacturability, 55-63.

Daniellou, F., Laville, A., & Teiger, C. (1989). Ficção e realidade do trabalho operário. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 17(68), 7-13.

Daniellou, F. (2004). A ergonomia em busca de seus princípios debates epistemológicos. In A ergonomia em busca de seus princípios debates epistemológicos (pp. 244-244).

Daniellou, F. (2007). A ergonomia na condução de projetos de concepção de sistemas de trabalho. Ergonomia, 1.

Das, S. K. (2016). Design and methodology of line follower automated guided vehicle-a review. International Journal of Science Technology & Engineering, 2, 9-13.

De Looze, M. P., Bosch, T., Krause, F., Stadler, K. S., & O’Sullivan, L. W. (2016). Exoskeletons for industrial application and their potential effects on physical work load. Ergonomics, 59(5), 671-681.

Dejours, C., & Deranty, J. P. (2010). The centrality of work. Critical Horizons, 11(2), 167-180.

Fernandes, R. D. C. P., Assunção, A. Á., & Carvalho, F. M. (2010). Tarefas repetitivas sob pressão temporal: os distúrbios musculoesqueléticos e o trabalho industrial. Ciência & saúde coletiva, 15, 931-942.

Figueredo, L. F., Aguiar, R. C., Chen, L., Chakrabarty, S., Dogar, M. R., & Cohn, A. G. (2020). Human Comfortability: Integrating Ergonomics and Muscular-Informed Metrics for Manipulability Analysis During Human-Robot Collaboration. IEEE Robotics and Automation Letters, 6(2), 351-358.

Fore, S., & Msipha, A. (2010). Preventive maintenance using reliability centred maintenance (RCM): A case study of a ferrochrome manufacturing company. South African Journal of Industrial Engineering, 21(1), 207-234.

Giovanelli, Y., & Vareille, A. (2018). Dispositif d’assistance physique pour lutter contre les troubles musculosquelettiques. Archives des Maladies Professionnelles et de l'Environnement, 79(3), 351.

Guérin, F., Kerguelen, A., & Laville, A. (2001). Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. Editora Blucher.

Huysamen, K., de Looze, M., Bosch, T., Ortiz, J., Toxiri, S., & O'Sullivan, L. W. (2018). Assessment of an active industrial exoskeleton to aid dynamic lifting and lowering manual handling tasks. Applied ergonomics, 68, 125-131.

Ishwarya, G. A., & Rajkumar, D. (2021). Analysis of ergonomic risk factors in construction industry. Materials Today: Proceedings, 37, 2415-2418.

Jasiulewicz-Kaczmarek, M., & Drożyner, P. (2013, July). Social dimension of sustainable development–safety and ergonomics in maintenance activities. In International Conference on Universal Access in Human-Computer Interaction (pp. 175-184). Springer, Berlin, Heidelberg.

Joshi, M., & Deshpande, V. (2021). Identification of indifferent posture zones in RULA by sensitivity analysis. International Journal of Industrial Ergonomics, 83, 103123.

Katz, D., Horrell, E., Yang, Y., Burns, B., Buckley, T., Grishkan, A., ... & Learned-Miller, E. (2006, August). The umass mobile manipulator uman: An experimental platform for autonomous mobile manipulation. In Workshop on manipulation in human environments at robotics: science and systems. Citeseer.

Kim, W., Peternel, L., Lorenzini, M., Babič, J., & Ajoudani, A. (2021). A Human-Robot Collaboration Framework for Improving Ergonomics During Dexterous Operation of Power Tools. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing, 68, 102084.

Lacomblez, M., & Teiger, C. (2007). Ergonomia, formações e transformações. Ergonomia.

Laville, A. (2007). Referências para uma história da ergonomia francófona. Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 21-32.

Leite, A. L., Silva, C. M., & BARBOSA, R. (2003). Análise ergonômica no processo da extração de calcário laminado: estudo de caso. ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 23, 1-7.

Montmollin, M. Vocabulaire de l’Ergonomie. Tolouse, France: Octarès Editions, 2007.

McPhee, B. (2004). Ergonomics in mining. Occupational Medicine, 54(5), 297-303.

Mulder, W., Blok, J., Hoekstra, S., & Kokkeler, F. (2012). Design for maintenance: guidelines to enhance maintainability, reliability and supportability of industrial products.

Nadri, H., Fasih, F., Nadri, F., & Nadri, A. (2013). Comparison of ergonomic risk assessment results from Quick Exposure Check and Rapid Entire Body Assessment in an anodizing industry of Tehran, Iran. Journal of Occupational Health and Epidemiology, 2(4), 195-202.

Nor, N. N., Sunar, M. S., & Kapi, A. Y. (2020). A Review of Gamification in Virtual Reality (VR) Sport. EAI Endorsed Transactions on Creative Technologies, 6(21).

Olszewski, R., Pałka, P., & Turek, A. (2018). Solving “Smart City” Transport Problems by Designing Carpooling Gamification Schemes with Multi-Agent Systems: The Case of the So-Called “Mordor of Warsaw”. Sensors, 18(1), 141.

Paula, A., Haiduke, I. F., & Marques, I. A. A. (2016). Ergonomia e Gestão: complementaridade para a redução dos afastamentos e do stress, visando melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Revista Conbrad [ISSN 2525-6815] Qualis B5, 1(1), 121-136.

Sharan, D. (2012). Ergonomic workplace analysis (EWA). Work, 41(Supplement 1), 5366-5368.

Spada, S., Ghibaudo, L., Gilotta, S., Gastaldi, L., & Cavatorta, M. P. (2017). Investigation into the applicability of a passive upper-limb exoskeleton in automotive industry. Procedia Manufacturing, 11, 1255-1262.

Qian, G. U. O., Lu, Z. H. A. N. G., Fuyang, Z. H. A. N. G., Shande, L. I. U., & Nongliang, S. U. N. (2018). Research on ultra-fast laser experiment simulation system based on virtual reality. 实验科学与技术, 16(6), 124-128.

Viteckova, S., Kutilek, P., & Jirina, M. (2013). Wearable lower limb robotics: A review. Biocybernetics and biomedical engineering, 33(2), 96-105.

Więcek-Janka, E. (2011). Games & decisions. Publishing House of Poznan University of Technology.

Yamada, Y., Nagasaka, S., & Morita, T. (2011). Development of weight switching mechanical gravity canceller. Nihon Kikai Gakkai Ronbunshu, C Hen/Transactions of the Japan Society of Mechanical Engineers, Part C, 77(777), 2042-2051.

Downloads

Publicado

2021-11-02

Edição

Seção

Engenharias

Como Citar

Os impactos da falta de visão ergonômica em projetos de design de equipamentos de mineração na saúde dos trabalhadores do setor de manutenção. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e158101421933, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21933. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/21933. Acesso em: 13 dez. 2025.