Governo municipal, lixo e saúde no contexto Amazônico: Até que ponto as capacidades afetam a gestão dos serviços básicos?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15221Palavras-chave:
Saúde pública, Gestão municipal, Implementação, Degradação socioambiental.Resumo
Os cuidados médicos podem prolongar a vida, mas a saúde depende das condições que causam doenças e os resíduos sólidos e o lixo são fontes de diversos problemas de saúde. A ausência de uma postura mais ativa do Estado pode ampliar os problemas de saúde oriundos da má gestão dos resíduos sólidos e do lixo. Trabalhos têm indicado problemas na gestão do lixo em uma cidade do contexto amazônico. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é identificar quais as causas dos problemas da má gestão dos resíduos sólidos e do lixo nesta cidade no contexto amazônico a partir da análise destes trabalhos. Para tanto, recorreu-se à análise documental de um conjunto de trabalhos oriundos do Plano Nacional de formação de professores para identificar os principais gargalos quanto à gestão dos resíduos e do lixo na cidade de Alenquer-PA. Os resultados apontam que os problemas da má gestão dos resíduos e do lixo figuram como um reflexo dos problemas políticos enfrentados pela gestão municipal. Os problemas estão atrelados à disputa de poder entre os grupos políticos da cidade que levam à inação política e degradação dos diferentes serviços ofertados à população. Constata-se que os contextos locais e as capacidades têm o poder de limitar os serviços basicos, impulsionar os problemas políticos, sociais e ambientais que colocam a saúde humana em risco.
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