Percepção e satisfação de pais e fonoaudiólogos referente ao desempenho em habilidades auditivas e de linguagem de crianças usuárias de implante coclear
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22633Palavras-chave:
Implante coclear, Perda de audição, Reabilitação da deficiência auditiva.Resumo
Analisar e discutir comparativamente a percepção de pais e fonoaudiólogos – quanto às habilidades auditivas e de linguagem em crianças usuárias de implante coclear, a satisfação com o processo e os fatores responsáveis por isso. Foram sujeitos dessa pesquisa crianças de até quinze anos de idade, usuárias de implante coclear há no mínimo seis meses. Com isso, seus respectivos pais e fonoaudiólogos também foram considerados sujeitos. Às categorias de linguagem comparadas aos pais e terapeutas respondentes e não respondentes não houve uma associação estatisticamente significativa (p=0,143). Nos dois grupos a maior parte das crianças apresentam categoria 5 de linguagem, porém nas crianças dos pais não respondentes observa-se um maior número de crianças nas categorias 1, 2 e 3. Já nas categorias de audição, também não houve uma associação estatisticamente significativa (p=0,099) entre pais e terapeutas respondentes e não respondentes, porém observa-se um maior número de crianças nas categorias 1, 2, 3 e 4 dos pais não respondentes. A grande maioria dos participantes do estudo demostraram satisfeitos com o desempenho das crianças. Os resultados sugerem que os marcadores clínicos no que tange as categorias de linguagem e audição tem potencial para fortalecer a parceria entre pais e fonoaudiólogos (terapeutas e programadores) e podemos destacar que os fatores em comum de pais e fonoaudiólogos relacionados à satisfação o desempenho comunicativo, audibilidade/ IC, desempenho escolar e envolvimento das partes envolvidas.
Referências
AlSanosi, A. & Hassan, S. M. (2014). The effect of age at cochlear implantation outcomes in saudi children. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology,78, 272–276.
Bevilacqua, M. C., & Tech, E. A. (1996). Elaboração de um procedimento de avaliação de percepção de fala em crianças deficientes auditivas profundas a partir de cinco anos de idade. In: Marchesab, I. Q. Zorzi, J. L. Gomes, I. C. D. (Ed.). Tópicos em fonoaudiologia (pp. 411-433). Lovise.
Black, A. J., Hickson, A. L., & Black, B. (2012). Defining and evaluating success in paediatric cochlear implantation – Na exploratory study International. Journal of Pediatric Otorhinolaryngology, 1317–1326.
Bevilacqua, M. C., Moret, A. M., & Costa, O. A. (2011). Tratado de Audiologia (Cap. 25, pp. 413). Santos.
Beadle, Elizabeth, A. R, McKinley, D. J., Nikolopoulos., Thomas, P., Brough, J., O'Donoghue, G. M., & Archbold Sue, M. (2005, novembro). Long-Term Functional Outcomes and Academic-Occupational Status in Implanted Children After 10 to 14 Years of Cochlear Implant Use. Otol. Neurotol, 26(6),1152-60.
Buarque, L. S. P., Brazorotto, J. S., Cavalcanti, H. G. C., Júnior, L. P. L, Lima, D. V. P., & Ferreira, M. A. F. (2014, Julu/Aug). Satisfação dos usuários do implante coclear com perda auditiva pós-lingual. Rev. CEFAC, 16(4).
Castiquini, E. A. T. Escala de integração auditiva significativa: procedimento adaptado para a avaliação da percepção da fala [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica; 1998. Adaptado de: Zimmerman¬Phillips S; Osberger MJ; Robbins AM. Infant¬Toddler: Meaningful Auditory Integration Scale (IT¬MAIS). Sylmar, Advanced Bionics Corporation, 1997.
Comerlatto, M. P. S. (2015). Habilidades auditivas e de linguagem de crianças usuárias de implante coclear: análise dos marcadores clínicos de desenvolvimento. Tese, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Costa, O. A., Bevilacqua, M. C., & Tabanez, L. N. Implantes cocleares em crianças. In: Lavinsky L. Tratamento em otologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2006. cap. 79, p. 478-484.
Delgado, E. M. C, Castiquini, E. A. T, Lopes, A. C., & Bevilacqua, M. C. (2003). Aspectos relevantes em procedimentos de avaliação da percepção dos sons da fala. Pró-Fono. 15(3), 317-24.
Geers, A. E. (1994). Techiniques for assessing auditory speech percepcion and lipreading anchancement in Young deaf children, (5), 85-96.
Gutiérrez, T., & Soda Merhy, A. (2001). Expectativas del implante coclear. Revista del Instituto Nacional de Enfermedades Respiratórias, 14 (3), 160-163.
Huttunen, K., & Välimaa, T. (2010). Parents’ views on changes in their child’s communication and linguistic and socio emotional development aftercochlear implantation. J Deaf Stud Deaf Educ, 15(4), 383-404.
McKinney, S. (2017). Cochlear implantation in children under 12 months of age. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 25 (5), 400-4. http://dx.doi. org/10.1097/MOO.0000000000000400. PMid:28719394.
Moret, A. L. M., Bevilacqua, M. C., & Costa, A. A. (2007, July/Sept). Implante coclear: audição e linguagem em crianças deficientes auditivas pré-linguais. Pró-Fono R. Atual. Cient, 19(3).
Moret, A. L. M., & Costa, O. A. (2015). Conceituação e indicação do implante coclear. In: Boéchat E. M., Menezes, P. L., Couto., C. M, Frizzo, A. C. F, Scharlach, R. C., Anstasio, A. R. T. (Org.). Tratado de audiologia (pp. 327-34). Editora Santos.
Mair, K., Robinson, J., & Abubakar, B. (2008). Employee morale: an effort to improve customer service in the emergency department at Good Samaritan Hospital. ABR & TLC Conference Proceedings Orlando, Florida, USA. http://www.cluteinstituteonlinejournals.com/Program s/Disney_2008/Article%20274.pdf.
Nascimento, L. T. Uma proposta de avaliação da linguagem oral [monografia]. Bauru: Hospital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, 1997. Adaptado de: Robins, A M; Osberger, M J. Meaningful use of speech scales. Indianápolis: University of Indiana School of Medicine, 1990.
Novaes, B. C. A. C. (1986). Hearing Imparled children ins São Paulo, Brasil: Knowledge and atitudes of mothers regarding hearing impairment and Early intervention programs, and the implications for habilitation. Tese, Columbia University, Columbia, Estados Unidos.
Portaria GM/MS Nº 2.776, de 18 de dezembro de 2014 (2014). Ministério da Saúde. Diretrizes gerais para a atenção especializada às pessoas com deficiência auditiva no sistema único de saúde (SUS). Brasília, DF. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_ger ais_atencao_especializada_pessoas_deficiencia_auditiva_SUS.pdf
Quintino, C. A, & Bevilacqua, M. C. (2007). Desenvolvimento de um software para avaliação da percepção de fala em crianças deficientes auditivas. Tese, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, SP, Brasil.
Reynell, J. K., & Gruber, C. P. Reynell developmental language scales. Western Psychological Services. 1990.
Rovere, Natália, C., Castilho, Arthur, M., & Lima, Maria Cecília, M. P. (2021). Percepção das famílias de crianças usuárias de implante coclear sobre o desenvolvimento de linguagem e condições do dispositivo. Revista Saúde (Sta. Maria), 47.
Sarant, J. Z., Harris, D. C., & Bennet, L. A. (2015, June). Academic Outcomes for School-Aged Children With Severe–Profound Hearing Loss and Early Unilateral and Bilateral Cochlear Implants. Journal of Speech, Language, and Hearing Research, 58, 1017-1032.
Silva, J. M., Yamada, M. O., Guedes, E. G, & Moret, A. L. (2020). Factors influencing the quality of life of children with cochlear implants. Braz J Otorhinolaryngol, 86, 411-8.
Tavares, T. F., Lopes, D. B., Bento, R. F., & Andrade, C. R. F. (2011). Children with cochlear implants: communication skills and quality of life. Braz J Otorhinolaryngol,78(1),15-25.
Vieira, S. S., Dupas, G., & Chiari, B. M. (2018). Cochlear implant: the family’s perspective.Cochlear Implants,19 (4), 216-24. https://doi.org/10.1080/14670100.2018.1426406
Wang, N.M., Liu, C.J., Liu, S.Y, Huang, K., & Kuo, Y. C. (2011). Predictor of auditory performance in mandarin chinese children with cochlear implants. Otol Neurotol, 32(6), 937-42.
Zumpano, C. E., Bevilacqua, M. C., Frederigue-Lopes, N. B., & Costa, O. A. (2009). Programação remota dos sistemas de implante coclear. Rev Soc Bras Fonoaudiol, 14(3), 539-46.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marcella Ferrari Martins; Beatriz Castro Andrade Mendes; Sinara Costa de Castro; Juliana Constantino de Araujo; Beatriz Cavalcanti de Albuquerque Caiuby Novaes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
