Perfil epidemiológico dos casos de Hepatite B no Estado de Pernambuco entre 2012 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i1.48014Palavras-chave:
Hepatite B, Fatores epidemiológicos, Infecções sexualmente transmissíveis.Resumo
A hepatite B é uma doença causada por um DNA vírus com transmissão predominantemente sexual, embora outras vias também se notabilizem por um relevante número de casos, como a via vertical e a parenteral - pelo uso de drogas injetáveis. A doença é bastante prevalente e tal exposição, muitas vezes assintomática, favorece o processo de cronificação, um quadro grave caracterizado por uma clínica capaz de manifestar, por exemplo, cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). No Brasil, o vírus da hepatite B (HBV) está presente e é responsável por milhares de casos no país. Assim, sabendo disso, o presente estudo tem o objetivo de analisar o perfil da população acometida pela hepatite B em um recorte espacial do estado de Pernambuco, e temporal, de 2012 a 2020. Essa análise foi feita a partir de informações coletadas da base de dados secundária do DATASUS e tabulada no programa Microsoft Excel®. No período analisado, foram contabilizados 1.719 casos. O perfil da doença no estado é, principalmente, de indivíduos do sexo masculino, adultos (20 a 59 anos), pardos, residentes da região metropolitana, com ensino médio completo e transmissão via sexual. A faixa etária da população com mais óbitos é a idosa. Nesse sentido, pôde-se concluir que a hepatite B, com altos índices em Pernambuco - apesar da grande subnotificação-, possui estreita relação com a idade e a transmissão sexual, apesar da existência da vacinação, denotando um desconhecimento da população concomitante à uma falha do poder público em realizar campanhas de testagens e conscientização da comunidade.
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