Limites e avanços na prática pedagógica: Métodos e recursos no ensino de Matemática no Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i2.48298Palavras-chave:
Ensino, Ensino Superior, Estratégias Pedagógicas, Matemática, Formação Docente.Resumo
Este artigo investiga os limites e avanços na prática pedagógica do ensino de matemática no ensino superior, com base em uma pesquisa qualitativa realizada em um centro universitário de Santa Catarina. O objetivo do estudo foi compreender as percepções docentes sobre os desafios do ensino de matemática e identificar avanços na oferta de recursos pedagógicos e tecnológicos. A metodologia adotada foi qualitativa, com entrevistas semiestruturadas aplicadas a docentes bacharéis dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, cujos dados foram analisados segundo a abordagem de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelam que os principais desafios dos alunos incluem deficiências nos conteúdos matemáticos básicos, dificuldades de interpretação e ansiedade matemática. Já os docentes destacam a necessidade de contínuo aprimoramento pedagógico, a adaptação a diferentes perfis de aprendizagem e a busca por estratégias didáticas mais dinâmicas. Em relação aos avanços, as disposições são um maior uso de tecnologias educacionais e uma crescente valorização de metodologias ativas, sem menção a avanços pedagógicos ou didáticos. No debate com os autores destacando, Zabalza, Masetto, Valdeleón, Acosta e Ramírez, Chevellard, Shulmann, Hill. Ball e Schiling, Carrillo-Yañez, Climent, conclui-se que a profissionalização do ensino e a sistematização das práticas são essenciais para superar os desafios e melhorar a qualidade do ensino da matemática.
Referências
Ball, D. L., & Bass, H. (2009). With an Eye on the Mathematical Horizon: Knowing Mathematics. 43º Jahrestagung für Didaktik der Mathematik, Oldenburg, Alemanha. Acesso em 20 de 07 de 2021, https://eldorado.tu-dortmund.de/bitstream/2003/31305/1/003.pdf
Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Barg, G., Cuadros, A., Hoyos, S., & Coord. (2019). Neurocognición y Aprendizaje. (F. Díaz, Ed.) Montevideo: Grupo Magro Editores.
BRASIL. (2023). Programa Internacional de Avaliação de Estudantes PISA 2022 | RESULTADOS. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). INEP. Acesso em 06 de 02 de 2025, /download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2022/apresentacao_pisa_2022_brazil.pdf
Carrillo-Yañez, J., Climent, N., Montes, M., Contreras, L., Flores-Medrano, E., Escudero-Ávila, D., . . . Muñoz-Catalán, M. (2018). The Mathematics
Teacher’s Specialised Knowledge (MTSK) model. Research in Mathematics Education, 20(3), 236-253. doi: https://doi.org/10.1080/14794802.2018.1479981
Chevallard, Y. (1999). L´analyse des pratiques enseignantes en théorie anthropologique du didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques Grenoble: La Pensée SauvageÉditions, 19, 221-265.
Chevallard, Y. (2000). La transposición didactica: Del saber sabio al saber enseñado. Buenos Aires: Aique Grupo Editor S.A.
CNN, B. (13 de 11 de 2024). Ansiedade com matemática cresce entre alunos brasileiros, aponta PISA . CNN Brasil.
Consenza, R. M., & Guerra, L. B. (2011). Neurociência e Educação - Como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed.
Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3ª edArtmed Editora S.A.
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6ª ed.). Editora Atlas S/A.
Hill, H. C., Ball, D. L., & Schiling, S. G. (2008). Unpacking Pedagogical Content Knowledge: Conceptualizing and measuring teacher's topic-specific knowledge of students. Journal for Research in Matematics Education, 39(4), 372-400. https://pubs.nctm.org/view/journals/jrme/39/4/article-p372.xml
Masetto, M. T. (2012). Competência pedagógica do professor universitário. Editora Summus.
Morsanyi, K., Mammarella, I., Szücs , D., Tomasetto, C., Primi, C., & Maloney, E. (janeiro de 2017). Mathematical and Statistics Anxiety: Educational, Social, Developmental and Cognitive Perspectives. Frontiers in Psychology, 196.
OCDE, O. e. (2016). Brasil no PISA 205: análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros. Fundação Santillana, São Paulo.
Ryan, M. D. (2019). An investigation into the extent and derivation of mathematics anxiety among mature students in Ireland. Tese (Doutorado em filosofia) University of Limerick, Limerick.
Shulman, L. S. (fev de 1986). Those Who Understand: Knowledge Growth in Teaching. Educational Researcher, 15, 4-14. https://www.jstor.org/stable/1175860
Valdeleón, W. A., Acosta, J., & Ramírez, M. (2017). Competencias docentes para la educación superior en la sociedad del conocimiento en América Latina. Bogotá: Ediciones Unisalle.
Veselka, M. C. (2016). Mathematics anxiety and attitudes towards mathematics in adult developmental learners: an exploratory examination of the relationship between mathematics anxiety, attitudes towards mathematics, and successful adult developmental learners. Dissertação (Mestrado em artes) Baylor University, Baylor.
Zabalza, M. Á. (2007). Competencias docentes del profesorado universitario: Calidad y desarrollo profesional. Madrid: Narcea, S.A. De Ediciones.
Zabalza, M. A. (2007). O ensino universitário: Seu cenário e seus protagonistas. Editora Artmed.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Rosangela Luçoli; Rosa Maria da Motta Azambuja
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
