Propostas de intervenções para reduzir as mortes por Leishmaniose no Estado de Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48774Palavras-chave:
Leishmaniose, Epidemiologia, Revisão Sistemática, Doenças Negligenciadas.Resumo
Objetivos: A leishmaniose é uma zoonose tropical negligenciada que se manifesta desde a forma cutânea até a visceral. O objetivo desta pesquisa é analisar o perfil epidemiológico da leishmaniose no Estado de Minas Gerais e propor intervenções no território mineiro com base em uma revisão sistemática. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico que utiliza dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 2018 a 2022, que descrevem os óbitos por Leishmaniose em Minas Gerais. Ademais, realizou-se uma revisão sistematizada da literatura nas bases de dados PubMed, Cochrane e Embase, na qual se incluiu artigos de revisões sistemáticas dos últimos cinco anos que tratassem de intervenção, controle ou prevenção da leishmaniose, excluindo-se trabalhos com dados primários e duplicatas. Resultados: Registraram-se 157 mortes pela doença no Estado, sendo o sexo masculino (66,88%), as raças parda e preta (73%) e a faixa etária idosos (48%) os mais acometidos. Os óbitos concentraram-se na capital, embora a maior parte das vítimas fosse natural de cidades do Norte e Nordeste, tendo também associação com o trabalho rural. Na revisão de literatura, 11 artigos embasaram a proposta de intervenção pautada no controle do vetor, empoderamento da comunidade e intersetorização entre poderes públicos. Conclusão: Notou-se subnotificação dos óbitos devido à pandemia da COVID-19. Ademais, as regiões menos afetadas possuíam maior renda domiciliar. Quanto às intervenções, destacam-se a redução da vulnerabilidade social nas zonas rurais, abertura de Unidades Básicas de Saúde, educação em saúde e combate ao mosquito vetor.
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