O papel da microbiota no envelhecimento cutâneo: Uma revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48790Palavras-chave:
Envelhecimento, Pele, Microbiota intestinal, Trato gastrointestinal.Resumo
A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha um papel fundamental na proteção contra agressões externas e na manutenção da homeostase. Com o envelhecimento, ocorrem alterações celulares e na matriz extracelular, resultando em perda de elasticidade, hidratação e maior suscetibilidade a danos. Evidências científicas sugerem que a microbiota intestinal exerce influência sobre a saúde cutânea por meio do eixo intestino-pele, modulando processos inflamatórios e imunológicos que impactam o envelhecimento da pele. Este estudo tem como objetivo investigar a relação entre a microbiota intestinal e o envelhecimento cutâneo, analisando como seu equilíbrio ou disbiose podem afetar a saúde da pele. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura conduzida conforme as diretrizes PRISMA. Foram consultadas bases de dados como PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando descritores em português e inglês, como "microbiota", "envelhecimento cutâneo" e "pele". Os resultados indicam que a composição da microbiota intestinal pode modular a resposta inflamatória e oxidativa da pele, influenciando diretamente seu envelhecimento. Estudos apontam que a suplementação com probióticos, como Lactobacillus plantarum HY7714, pode melhorar a hidratação, elasticidade e reduzir rugas faciais. Conclui-se que a manutenção de um microbioma intestinal equilibrado pode contribuir positivamente para a saúde da pele, retardando os sinais do envelhecimento cutâneo. Assim, estratégias voltadas para o equilíbrio da microbiota intestinal podem representar uma abordagem promissora na dermatologia preventiva.
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