Avaliação da qualidade de vida e emprego da fotobiomodulação no manejo da dor na Síndrome de Eagle: Um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i7.49211Palavras-chave:
Osso Temporal, Qualidade de Vida, Terapia com Luz de Baixa Intensidade, Dor Crônica.Resumo
A Síndrome de Eagle (SE) é caracterizada pela manifestação sintomatológica provocada pelo alongamento anormal do processo estiloide ou calcificação do ligamento estilo-hioideo. A condição é rara, com etiologia provavelmente multifatorial, afetando uma pequena porcentagem da população e sua sintomatologia inclui odinofagia, disfagia, dor orofacial e sensação de corpo estranho na garganta. O diagnóstico é feito através da avaliação clínica e exames de imagem, sendo o tratamento tradicionalmente executado por via cirúrgica ou conservadora, podendo ser utilizada a fotobiomodulação. O presente estudo teve como objetivo relatar o caso de uma mulher brasileira de 53 anos com diagnóstico de SE captada no Serviço de Controle da Dor Orofacial do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) em João Pessoa-PB. Foi realizada uma análise de dados epidemiológicos, clínicos e a Qualidade de Vida (QV) da paciente, com as informações obtidas e registradas por meio de questionários aplicados de forma presencial, sendo comparadas posteriormente com a Literatura já existente. Além disso, foi analisada a aplicação de fotobiomodulação empregando Luz Emitida por Diodo (LED) em 10 sessões como tratamento complementar para o gerenciamento da dor em pacientes com SE e sua intensidade foi avaliada antes e após as sessões utilizando a Escala Visual Analógica da Dor (EVA). Os resultados foram compatíveis com a Literatura e sugerem o caráter multifacetário do impacto da SE na QV dos pacientes. A intervenção com LEDterapia pareceu melhorar aspectos do domínio físico, contudo os dados coletados devem ser interpretados com cautela, devido às limitações do Estudo. Ademais, conclui-se que a LEDterapia teve efeitos benéficos na redução da dor na paciente e destacou a potencial eficácia da fotobiomodulação como uma intervenção promissora para o manejo da dor em SE, mas enfatizou a necessidade de estudos adicionais com amostras maiores para confirmar esses achados.
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