Medicina integrativa no brasil: Revisão crítica das definições e aplicações
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49356Palavras-chave:
Medicina integrativa, Bem-estar, Qualidade de vida, Longevidade.Resumo
Introdução: No Período Arcaico, a saúde era ligada à religião, enquanto no Período Clássico surgiram divindades da cura e prevenção. Evoluiu-se para modelos biomédico, processual, sistêmico e, no século XXI, para a medicina integrativa, que associa abordagens convencionais e alternativas, tratando o paciente de forma holística. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a Medicina Integrativa no Brasil, investigando definições, práticas e desafios associados à sua implementação. Métodos: A revisão seguiu os critérios PRISMA. Foram realizadas buscas nas bases SciELO, PubMed, BVS e Google Acadêmico, com os descritores combinados: 'medicina integrativa', 'bem-estar', 'qualidade de vida' e 'longevidade'. Foram identificados 12.618 estudos, dos quais 14 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados integralmente. Resultados: As definições de Medicina Integrativa variam entre abordagens voltadas às práticas alternativas e complementares e propostas que integram tais práticas à medicina convencional. Observou-se uma ênfase crescente na centralidade do paciente e na utilização de terapias baseadas em evidência. Conclusão: Apesar da diversidade conceitual, a Medicina Integrativa tem se consolidado como estratégia promissora de atenção integral à saúde no Brasil, alinhando-se a políticas públicas como as Práticas Integrativas e Complementares do SUS.
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